Nova York (EUA) – Mais uma vez uma manifestação contra o uso de combustíveis fósseis paralisou uma partida de Grand Slam. A semifinal entre Coco Gauff e Karolina Muchova no US Open precisou ser interrompida por aproximadamente 50 minutos nesta quinta-feira. Principais afetadas pelo ocorrido, as tenistas não reclamaram muito do ocorrido e a jovem norte-americana inclusive se mostrou bastante compreensiva com tudo.
“Acho que há coisas que podemos fazer melhor sobre meio ambiente, acredito 100% nisso. Eu sei que os torneios estão fazendo coisas melhores para o meio ambiente. Preferiria que isso não acontecesse na minha partida? Com certeza sim. Não vou sentar aqui e mentir, mas as coisas são como são”, afirmou a norte-americana de 19 anos.
“Eu acredito nas mudanças climáticas. E sempre defendi que as pessoas possam falar sobre o que elas acreditam. Foi feito de forma pacífica, então não posso ficar muito brava com isso. Obviamente, não quero não esperava que acontecesse na minha partida, eu estava vencendo por 6/4 e 1/0. Mas se é isso que eles achavam que precisavam fazer para que suas vozes fossem ouvidas, não posso ficar chateada”.
“Tive a sensação de que isso aconteceria neste torneio. Aconteceu em Roland Garros, aconteceu em Wimbledon. Então, seguindo a tendência, isso definitivamente iria acontecer aqui”, acrescentou Gauff.
Muchova contou que levou um tempo para perceber o que era e também se mostrou resignada com a situação. “No começo eu nem percebi, pensei que eram apenas fãs gritando, torcendo. Aconteceu em Wimbledon também. Vemos isso de vez em quando e não apenas no tênis. É o que é. Obviamente mudou um pouco o ritmo do jogo, mas o que podemos fazer sobre isso?”, falou a tcheca
“Foi um pouco desafiador, porque não era um atraso típico. Então não sabíamos quanto tempo iria demorar. Estávamos conversando com o supervisor e a segurança. Eles disseram que poderia durar apenas cinco minutos ou até uma hora. Foi difícil descobrir se permaneceremos aquecidas ou conservamos energia”, disse a norte-americana, comentando o momento da paralisação.
“Pensei que poderia ser rápido, mas então o supervisor me disse que poderia levar cinco minutos ou uma hora, você sabe. Então eu pensei: ‘ok, então podemos sair da quadra?’ Demorou algum tempo e eu só queria sair da quadra e me manter um pouco aquecida e não ficar ali parada. Então nos disseram que sim. Só aí eu vi o cara colado ali”, falou a tcheca sorrindo ao recordar a situação.