Paris (França) – O último ato da carreira profissional de Richard Gasquet teve o cenário que muitos tenistas sonhariam ter: em uma quadra principal de Grand Slam e contra o número 1 do mundo. Homenageado na quadra Philippe Chatrier nesta quinta-feira, após a partida contra o italiano Jannik Sinner, o francês de 38 anos falou com orgulho sobre a trajetória construída nas quadras.
Ex-número 7 do mundo e vencedor de 16 títulos de ATP, Gasquet já havia afirmado desde a temporada passada que planejava se despedir em Roland Garros. E ele até conseguiu vencer a partida de estreia, contra o também francês Terence Atmane, antes de ser superado pelo atual líder do ranking.
“Eu não poderia sonhar com nada melhor do que jogar nesta quadra, a Chatrier, contra o número 1 do mundo. É o final perfeito para mim. Claro que eu gostaria de vencer e não é fácil ganhar do Sinner”, disse Gasquet após a derrota por 6/3, 6/0 e 6/4. “Mas no início do torneio, eu assinaria embaixo para me despedir em uma quadra lotada, na Chatrier, diante do público francês. Estava completamente cheia. Foi perfeito para mim”.
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Com uma das esquerdas de uma mão mais elegantes do circuito e uma longa trajetória que começou ainda na adolescência, o veterano francês também comentou sobre a nova sensação que viverá a partir de agora, sem a rotina exigente do circuito profissional. “É um pouco estranho, porque agora não tem mais estresse. Não tem recuperação, nem treino, nem temporada de grama pela frente. Essa é a parte mais curiosa. A minha cabeça ainda está me dizendo para descansar e me recuperar”, afirmou. “Mas estou muito tranquilo com a decisão de parar. E fico feliz de ter parado hoje, nessa quadra, contra o número 1 do mundo. O estádio estava cheio, o tempo estava ótimo. Estou muito feliz”.
‘It was a great end for me’ — Richard Gasquet in press conference after his career-ending loss to Sinner ⤵️#RolandGarros pic.twitter.com/XVqkf7OWdL
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Gasquet também refletiu sobre os altos e baixos da carreira, lembrando que apesar das derrotas dolorosas, sente-se realizado com tudo o que conquistou. “Claro que tem partidas que eu gostaria de jogar de novo. Algumas derrotas que eu adoraria ter transformado em vitórias. Mas tive sorte de construir uma bela carreira e de ter me realizado como tenista”
E mesmo com o fim da carreira profissional, o francês garantiu que continuará próximo do esporte. “Quando era criança, jogava tênis por amor ao esporte. E agora vou continuar jogando, mesmo que não seja mais profissional. Só por prazer, com amigos. Isso já me basta. Não sei ainda exatamente o que farei no futuro, mas estou feliz. Tenho sorte de estar com saúde, mesmo prestes a completar 39 anos. E eu simplesmente adoro jogar tênis”.
It’s time for Richard Gasquet’s farewell ceremony 🥹#RolandGarros pic.twitter.com/AgPt8Vi8XT
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