Washington (EUA) – A ausência de nomes de peso no Masters 1000 de Toronto, que não terá na disputa o italiano Jannik Sinner, o espanhol Carlos Alcaraz, o sérvio Novak Djokovic e o britânico Jack Draper, todos top 10, está repercutindo no circuito. Antes de sua estreia no ATP 500 de Washington, o norte-americano Taylor Fritz analisou a situação e fez ponderações sobre o calendário atual.
“É uma questão complicada, estranha considerando os últimos anos. Provavelmente, quase todos os jogadores vêm pedindo uma temporada mais curta há algum tempo, no entanto tudo o que estamos fazendo é torná-la ainda mais longa, adicionando mais coisas, mais pausas e até mesmo desenvolvendo torneios mais longos”, Fritz em uma clara crítica aos Masters 1000 de duas semanas.
“Vi que a Hopman Cup foi realizada neste verão, depois de Wimbledon. Eu nem sabia que esse torneio estava acontecendo”, acrescentou Fritz, lamentando que um torneio tradicional acabou acontecendo meio que escondido e sem os devidos holofotes.
O norte-americano manteve o tom das críticas ao calendário longo, com torneios um atrás do outro. “Eles tiveram jogadores como Félix Auger-Aliassime e Flavio Cobolli no evento depois de jogar um Grand Slam como Wimbledon. Se você pensar bem, é uma loucura. Continuamos adicionando coisas ao calendário, repetidamente”, disparou.
“Claro que algumas partes foram encurtadas para encontrar uma conexão melhor entre os torneios, mas deveríamos trabalhar em outra direção. É interessante ver como podemos encurtar certos elementos, como o espaço entre os torneios, mas não conseguimos encontrar espaço para encurtar o próprio calendário”, comentou Fritz, cobrando mais tempo sem torneios.
Tenho certeza que cada jogador tem uma visão sobre a situação. Os jogadores da elite, que geralmente chegam nas fases finais dos torneios, querem menos competições e temporada mais curta. Por outro lado, para os jogadores que não são da elite e costumam ser eliminados nas primeiras rodadas, uma maior quantidade de torneios é uma oportunidade pra compensar um pouco o que deixam de ganhar por serem eliminados no início das competições. E aí as federações e entidades organizadoras dos eventos têm que se esforçar pra procurar atender todas as situações. Sendo assim, agradar a todos fica praticamente impossível.
Querem temporada mais curta, mas aceitam ganhar menos?
Temporada mais curta, mas no meio das férias, disputando uma exibição nas arábias da vida?
Entendo que é um tema complicado, imagino que não é fácil ficar no alto nível, mas , são escolhas e muitos tem escolhas ruins , seja de calendário, exibição.
Esse é o problema da nova geração. Sem ambições e com problemas de saúde mental. Poderiam deixar de lado as redes sociais e se dedicar mais ao esporte. Caminhemos.
Todos estão olhando para as fotos de viagem do Instagram. Então ficam pensando como a vida esta passando. É geracional.
O problema não está no calendario longo, mas sim na falta de descanso padronizado entre torneios. O calendario deve durar 12 meses, cada tenista tira ferias quando quiser, as transmissões nunca param. Sao 14 sequencias iguais de 3 torneios 250 – 500 – 1000 ou entao 250 – 500 – 2000, tanto para ATP como WTA, com intervalo de 1 semana entre cada sequencia, para quem nao quer disputar torneios 250, ou intervalo de 2 semanas para quem não quer disputar torneios 250 e 500. Somente quem estuda o calendario há anos como eu, sabe o que precisa ser feito.