Mallorca (Espanha) – A confirmação do retorno de Rafael Nadal ao circuito no ATP 250 de Brisbane, que acontece na primeira semana de janeiro, tem causado enorme entusiasmo e otimismo no mundo do tênis. Entre jogadores e ex-atletas, alguns já tentam prever o que o espanhol de 37 anos possa fazer após quase um ano fora das competições.
Um deles é o norte-americano Taylor Fritz, último jogador a vencer o canhoto de Mallorca numa final, em Indian Wells na temporada de 2022. Segundo o atual número 10 do mundo, a volta do espanhol é uma ótima notícia para a modalidade e acredita que, apesar das dificuldades iniciais, o dono de 22 títulos de Grand Slam dará trabalho para muita gente.
“Eu esperava isso [retorno], é o Rafa. Nunca pensei que ele fosse se aposentar e não tentar de novo. Acho que talvez seja difícil e ele possa estar um pouco enferrujado ou demore um pouco [para retomar o ritmo], mas ele vai jogar muito bem e vai ser difícil para muitos enfrentá-lo no início sem ser cabeça de chave”, afirmou o jogador de 26 anos.
Para entrar nos primeiros torneios do ano, Nadal utilizará o ranking protegido, já que ficou mais de seis meses se recuperando de lesão. Com isso, não poderá ser cabeça de chave e ficará solto nos sorteios, podendo enfrentar qualquer tenista inscrito logo de cara. “Será uma loucura tê-lo nos sorteios sem ser cabeça. Qualquer um pode jogar contra ele na primeira ou na segunda rodada”, alertou Fritz.
Outro nome que comentou o retorno de Rafa foi o treinador e ex-top 5 Sebastian Grosjean, que estará presente nos treinos do espanhol no Kuwait nas próximas semanas como técnico de Arthur Fils. Para o experiente francês, jogadores do nível de Nadal sempre reencontram o melhor ritmo e podem ser cotados a grandes conquistas.
“Sou fã do Rafa, tanto da pessoa quanto do campeão, então adoro ver que ele está de volta. Quero muito vê-lo em quadra e como ele se recupera e treina. Se ele retornará em Brisbane e vai a Melbourne é porque se sente bem fisicamente, o físico está lá. Estes campeões, quando regressam à competição, encontram o ritmo. Federer conseguiu. Em 2016, depois de Wimbledon, foi operado no joelho e seis meses depois venceu o Aberto da Austrália”, disse ao L’Equipe.
Acho que vai levar um tempo pra poder recuperar minimamente o ritmo. Mas vai ser bom demais poder acompanhar um pouco mais do Nadal no circuito.