Madri (Espanha) – A inevitável comparação com o catarinense Gustavo Kuerten é algo recorrente na curta carreira de João Fonseca, que em entrevista ao AS mais uma vez abordou o assunto. O jovem carioca destacou as conversas que teve com Guga e a ajuda que o ex-número 1 do mundo teve com ele, mas reforça que pretende traçar o seu próprio caminho.
“Quando dizem que serei o próximo Guga, não gosto muito de comparações. Cada um tem sua própria história e pode ganhar coisas diferentes. Não quero ser o próximo Guga, quero ser o João Fonseca. Espero poder fazer algo parecido com o que ele fez, mas estou trabalhando para criar minha própria história”, afirmou o tenista de apenas 18 anos.
Fonseca conta que não viu muito o Guga porque tinha apenas dois anos quando o catarinense se aposentou e acompanhou um pouco mais a carreira de Thomaz Bellucci. “O cara com quem mais conversei foi o Guga, que falou com a gente numa Copa Davis. Ele nos contou sobre o prazer de competir pelo seu país e sobre o trabalho duro”, disse o carioca..
“Nunca falou muito direto comigo, mas conversa bastante com meu treinador. Ele acha que é melhor para o meu desenvolvimento se eles conversarem um com o outro”, afirmou Fonseca, que tem aproveitado a ascensão no ranking para entrar direto nos principais torneios.
Depois de estrear no Masters 1000 de Madri no ano passado, através de convite, desta vez ele se classificou direto e fez o mesmo nas chaves de Roma e Roland Garros. “Vou jogar em Roma pela primeira vez, que é um Masters 1000 de duas semanas, e estrear na chave principal de Roland Garros”, comemorou o brasileiro, que fez uma boa preparação no Rio antes da temporada europeia de saibro.
Fonseca analisa pontos fortes e fracos
O número 1 do Brasil e 65 do mundo falou sobre seus principais pontos fortes e também os pontos fracos, começando pelo que mais se destaca em seu jogo. “Minha força é mental e a direita. Tenho a mentalidade de aproveitar e aprender coisas novas. Este é um jogo difícil, que envolve muito nervosismo”, observou Fonseca.
“E quanto à minha fraqueza, acho que pesa em mim o fato de sentir muita falta de casa e da minha família, mesmo que eles venham muito aos torneios. É algo em que preciso trabalhar. Quanto aos golpes, o voleio, que estou trabalhando muito”, acrescentou o carioca.
Um dos nomes da nova geração, Fonseca destaca outros jovens jogadores que assim como ele já estão brilhando no circuito. “Já existem muitos top 100 no NextGen, então é realmente muito parelho. Essa nova geração da qual faço parte está jogando muito bem. (Learner) Tien, (Alex) Michelsen, (Jakub) Mensil. Há muitos jogadores bons, mas a diferença é a idade e a experiência.”, comentou.
“Tento aproveitar cada momento em quadra e observar o que os jogadores mais velhos fazem de diferente em momentos importantes. Cada novo torneio é uma nova oportunidade de aprender”, acrescentou Fonseca, que vai estrear em Madri contra o quali dinamarquês Elmer Moller, de 21 anos e atual 114 do mundo.
Mentalidade de quem sabe o que quer, ou seja, campeão
Esse cara é bom até parado, quanto mais jogando, kkk…
O menino já mostrou que tem um trato fino com a bolinha, muito além que 99,9% do circuito, mas como disse, tênis é principalmente consistência. Se for regular, vai chegar ao topo do esporte. Se não for, vai chegar em um top 20, que já é um excelente lugar.
Essa mesma comparação falaram pro Acaraz sobre ser sucessor de Nadal, ele respondeu o mesmo do João Fonseca sobre o Guga, eles querem serem eles mesmos, sem comparação, por isso eles poucos falam referente aos dois que tiveram la os seus momentos de sucessos, agora eles querem ser eles mesmos e conquistarem o sucessos deles.
Até porque para ser um excelentíssimo Gustavo Kuerten tem que se ganhar 3 Roland Garros… O que não é nada fácil, não é mesmo???
Nem um pouco fácil hehe….mas vai bem além disso, Guga é um cara único, uma peça rara, uma história muito singular.
Que o João trilhe um caminho lindo, mas o Guga é insubstituível.
“O cara com quem mais conversei foi o Guga, que falou com a gente numa Copa Davis. Ele nos contou sobre o prazer de competir pelo seu país e sobre o trabalho duro”
Gustavo Kurten liderou o boicote tenistas em 2004 para derrubar o presidente da CBT (Nelson Nastás).
Na época, o Brasil foi rebaixado para terceira divisão da Copa Davis, gerando uma crise gigante, que acabou com o afastamento de Nastás (acusado de corrupção, foi inocentado anos depois) e a entrada de Jorge Lacerda (acusado de corrupção, foi julgado e condenado).
Lacerda foi apoiado por Kuerten.
No mundo político do tênis brasileiro, o “prazer” é relativo, está muito ligado aos interesses de cada um.
(idolos, sempre eles)
Dá um sono essas histórinhas “ah o próximo Senna”….”o próximo Guga” etc…os repórteres precisam mudar o disco! Além de deixarem os entrevistados desconfortáveis, as respostas serão sempre as mesmas! Muito chato
Como assim “quero ser”? Já não é?
Esse é o problema de explodir tão novo, te jogam na fogueira o tempo todo e as declarações não são exatamente maduras ainda.