Phoenix (EUA) – Após a conquista do challenger de Phoenix, seu terceiro título na atual temporada, o carioca João Fonseca fez um balanço não apenas de sua semana na competição, mas também de seu desenvolvimento como tenista. Em entrevista ao jornalista Gill Gross, o brasileiro destacou o alto nível dos adversários que enfrentou para conquistar o torneio.
“Esse challenger poderia ser um ATP 250, com tenistas muito bons e de ranking muito alto, que jogam muito bem na quadra dura. Estou muito orgulhoso de como eu lidei mentalmente com essa final e também contra (Jan-Lennard) Struff, sacando bem e focando muito nas devoluções”, comentou Fonseca, que com o troféu entrou pela primeira vez no top 60 da ATP.
“Claro que há algumas frustrações, (na final) saquei duas vezes para fechar o primeiro set e no segundo tive muitas oportunidades para quebrá-lo. Fiquei feliz com o meu lado mental, é difícil ficar no jogo depois de perder uma chance”, comentou o brasileiro, que derrotou na decisão o cazaque Alexander Bublik em dois tiebreaks.
O carioca de apenas 18 anos também relembrou a derrota em Indian Wells para o britânico Jack Draper, que depois acabou faturando o título. “Gostaria de ter sido mais sólido nos meus games de serviço e mais agressivo ao mesmo tempo, ter coragem. Estamos tentando focar nisso, em ser agressivo sem ter que ir para as linhas e isso acho que fiz muito bem nesta semana”, comparou Fonseca.
“Contra Draper o primeiro set foi muito equilibrado, mas no segundo ele me quebrou no primeiro ou segundo game e então pode ir mais para os golpes e ficou mais duro para mim. É algo que acontece, e vou tirar essa experiência para crescer”, acrescentou o jovem tenista.
Fonseca explica como lida com erros e pressão
Com um estilo agressivo, Fonseca sabe que os erros fazem parte do seu jogo e por isso tenta lidar com a situação da melhor forma. “Gosto de ir para os golpes, sei que vou cometer mais winners e também mais erros não forçados. O que tento ser é mais sólido e deixar também para que o cara do outro lado possa errar também”, observou o carioca.
Um dos artifícios que tem usado cada vez mais são os voleios, algo que trabalha duro para melhorar. “No ano passado, quando joguei uma série de torneios indoor, isso me ajudou bastante. Eu e meu técnico estávamos trabalhando nisso, na transição para ir mais à rede. Todos os treinos que tínhamos era para fazer essa transição e aprimorar os voleios.”, comentou Fonseca.
“Na América do Sul jogamos muito no saibro e não precisamos tanto encontrar os pontos, mas para ser um jogador de ponta você precisa jogar bem na dura e isso é algo fundamental”, acrescentou o brasileiro, que tenta também lidar bem com a pressão de ser um dos nomes de destaque da nova geração.
“Tem uma coisa que meu técnico fala que é ‘pressão é um privilégio’. A pressão sempre vai estar lá, as expectativas também e temos que manter o foco. É isso que faço, tento ficar perto de quem está do meu lado, no meu mundo e na minha rotina. Fico feliz que essas pessoas possam me ajudar no que quero alcançar”, finalizou o brasileiro.
Ex-treinador de Del Potro vai trabalhar com Fonseca durante Miami
Com certeza foi um Challenger muito “VITAMINADO” com a presença de tenistas do nível de Bublik, Struff, Nishikori e João Fonseca. O que só valoriza ainda mais a conquista do João!!!
esse Gill Gross e um dos melhores analistas que tem!
Joao bateu Bublic Domingo. Bublic bateu Baez hoje. Acredito que se ele conseguir passar da primeira rodada em Miami, devera’ ir longe. “Vai que e’ sua garotinho.”
Teve mesmo, no geral tava mais forte até que o Rio Open que é um 500!