Beatriz Haddad Maia deixou escapar uma incrível vantagem no terceiro set em seu melhor jogo da temporada, João Fonseca perdeu duas chances de fechar cada um dos sets disputados. E assim o tênis brasileiro se despediu das chaves de simples de Madri, porém em ambos os casos de cabeça erguida.
Bia não conseguiu aprofundar a bola como seria necessário no primeiro set e isso foi um convite perfeito para a excelente Belinda Bencic disparar seus golpes para todos os lados. A falha enfim acabou corrigida e a brasileira passou a jogar um grande tênis. Até mesmo o saque, que andava tão descalibrado e medroso, desta vez aparecia em momentos importantes.
Com variações espertas, que incluíram saque-voleio e deixadinha, Bia tirou o ritmo de Bencic. Abriu 3/0 nos dois sets seguintes. No segundo, conseguiu manter a vantagem. No terceiro, ainda fez 4/1 e serviço, o que deveria determinar uma importante vitória. Mas eis que faltou confiança, muito provavelmente oriunda da longa série de derrotas e má atuações.
Como a campeã olímpica e ex-top 10 não é nada boba, aproveitou o momento de dúvida, empatou e virou para 5/4. Ainda foi bom ver que Bia segurou um pouco mais a cabeça e confirmou de zero seus dois serviços seguintes, tendo ainda deixado escapar dois break-points cruciais no 11º game. Quando chegou o tiebreak, a brasileira se encolheu e a suíça dominou com categoria e eficiência.
É de se lamentar muito a derrota de Bia, porque tudo indicava um momento perfeito para iniciar a reerguida numa temporada tenebrosa. Além de jogar enfim um tênis competitivo e vistoso, uma vitória com esse peso seria altamente motivacional. Não deu certo e agora é de se esperar para ver o quanto de pontos positivos a brasileira consegue tirar para Roma.
Fonseca viveu seus altos e baixos, mas no geral fez uma partida de nível muito bom contra o experiente Tommy Paul, o 12º do mundo, que não é exatamente um especialista em saibro, mas soube usar a altitude de Madri para tirar o máximo do saque aberto e da transição à rede.
O jovem carioca teve seis chances de quebrar o saque do norte-americano antes do tiebreak e pelo menos em uma delas exagerou na força do forehand. Nada a se contestar, porque Fonseca tentou jogar o mais solto possível. Como destaque, a aposta tática corretíssima de explorar o lado direito de Paul, que definitivamente não soube como se defender.
O tiebreak foi uma judiação. Fonseca abriu vantagem de 4-1 com saque, mas aí deixou uma bola escapar. Assim assim, chegou ao 6-4 com serviço e aí outra vez abusou do forehand, numa bola de meio de quadra que não exigia tanta força. Paul respirou aliviado, voltou a jogar bem e sacar com precisão para completar uma série muito suada.
O brasileiro não começou bem o segundo set. Conservou o primeiro serviço, mas daí em diante foi uma pressa só, até mesmo para repor a bola em jogo. Quando Paul fez 3/1 e 0-30, parecia que a sorte estava selada. Mas foi a vez de o norte-americano se perder em quadra. Passou a errar bolas um tanto ridículas, levou a virada para 4/3. O saque outra vez o salvou, incluindo mais dois set-points evitados no 10º game. Por fim, Fonseca perdeu intensidade no segundo desempate e não teve novas chances.
Ao se passar a régua, vemos que o brasileiro, ainda tão em início de carreira, continua a encarar de frente os melhores do circuito. Ainda falta saber controlar o ímpeto agressivo em momentos chave de uma partida de tamanha envergadura. Porém seu potencial segue enorme e cada entrada em quadra é o acúmulo de experiências que fará diferença um pouco mais à frente.
E mais
– Embora tenha jogado melhor do que em Monte Carlo, Novak Djokovic mostrou-se irregular e impreciso contra um tenista de nível médio como Matteo Arnaldi e isso foi o bastante para nova queda de estreia, a quarta da temporada e a segunda seguida em nível Masters 1000, algo que só aconteceu outra vez para ele em 2018.
– Na entrevista oficial, Nole afirmou que agora entra nos torneios para fazer ao menos dois jogos, sem maiores expectativas, o que soa no mínimo estranho. O fato é que está sem ritmo e lhe falta confiança, como ficou patente nos lances incríveis que perdeu junto à rede. Fica difícil acreditar que isso mude até Roland Garros.
– Terceira rodada masculina promete três bons jogos: Draper-Berrettini, Khachanov-Paul e Tsitsipas-Musetti. Há duelo argentino entre Francisco Cerúndolo-Comesana para ver quem provavelmente pegará Zverev. Outro argentino, Juan Manuel Cerúndolo, desafia Medvedev.
– O feminino já tem uma turma nas oitavas, com favoritismo para Swiatek, Gauff, Keys e Andreeva. O melhor jogo deve ser Gauff-Bencic.
– Na parte superior, ainda se joga a terceira rodada neste domingo, com Sabalenka, Pegula, Paolini e Rybakina. Aliás, a cazaque deve fazer o duelo mais atrativo do dia contra Svitolina.
Lamento muito pela Beatriz Haddad… Hoje realmente ela deixou transparecer que ganharia de uma grande jogadora como a Belinda Bencic, mas a grande jogadora, como uma Phoenix, ressurgiu das cinzas e deu a virada na Bia…
Essas derrotas são boas para o JF, quanto mais ele colocar os pés no chão e se fechar para o externo, onde enchem demais a bolinha dele e depois metem o pau, melhor. Evidente que o garoto tem golpes diferentes, mas há uma grande margem pra evolução, ele só faz 19 anos em agosto.
Essas porradas acabam fazendo bem, lembro que o Sinner foi derrotado pelo Altmaier em Roland Garros e só faltou chorar… meses depois se tornou um monstro, 3 Slams de lá pra cá.
Sobre o Djoko, uma pena o cara ir a passeio nesses torneios, sem dar tanta importância. Fato é que está sem confiança, nem acho que esteja lento ou sem físico como alguns comentaram, ele erra golpes “simples”, como aquele back no final do primeiro set. Hoje cometeu mais de 30 ENF.
Ele precisa vencer partidas como em Miami, começando mal e depois ganhando ritmo. Se começar a tomar pneu em Slam, como fez o Federer, melhor se aposentar mesmo.
Na hora de tirar um dez … Termina de maneira lamentável. Típico dos membros da Kombi. Federer teve a dignidade de terminar a carreira como começou. Jamais largou em 1542 partidas ( recorde absoluto) . Foi a sua última. Jamais jogou uma oficial de Simples. A maneira que Sérvio largou no AOPEN 2025 , depois de um disputado Tiebreak, com um Sasha incrédulo, demonstra o abismo na postura dos jogadores. Esse depoimento de hoje de Djokovic, desmoraliza até seu Staff. Abs !
Ué, você é moderador do blog pra ficar dando nota no comentário dos outros? Rsrs. Dignidade em levar pneu no último jogo na grama sagrada, em plena central de Wb? Nem você acredita nisso.
Se o jogador está lesionado, meu caro, não tem motivo pra continuar e agravar a lesão. Djokovic já entrou em quadra assim contra o Zverev.
Ele ainda consegue chegar a fases decisivas de Slam (final de WB e SF na Austrália atropelando Alcaraz), mas se começar a tomar pneu, passar vergonha aí claro, melhor se retirar porque não tem bobo no circuito, abs.
PS : Faltando duas semanas para 40 anos ( 08/08/81) , Suíço caiu nas Quartas de FINAL de WIMBLEDON 2021 , sua última apresentação. Abs !
Errado. Em 08/08/2025 vai fazer 44 anos sem ouro olímpico. Jogou as temporadas 2020, 2021 e não obteve nenhum título.
Não deu para o nosso João mas vendeu caro. Agora é pegar quilometragem no Challenger de Estoril na semana que vem e contar com quadras mais lentas em Roma e Rolanga, o que na minha opinião favorece o jogo de precisão do garoto – vide Buenos Aires. De se esperar que não coloquem mais o João pra jogar na Central todos os jogos, é muita pressão!!
Ele é jovem ainda vai longe, devemos apoia lo sempre.
Perfeito. Mostrou hoje , com tenros 18 anos , que está pronto para amadurecer nos grandes palcos . O ótimo Tommy Paul, que o diga . Abs !
Pelos break-points que teve e, mais ainda, pelos set-points que teve em ambos os sets, era para ter sido uma vitória de 2×0; se transformou em 0x2. Fica o aprendizado.
No tie break Dalcim , eu chamo falta de sorte ! aliás esse americano tem uma sorte
Bola de meio de quadra e um forehand fácil para fora não é exatamente falta de sorte, Sandra.
Este torneio de Madri está muito chato além da saída precoce de Beatriz Haddad e João Fonseca… Outros tenistas que gosto de ver jogar também já se foram: Gael Monfils, Marin Cilic, Kei Nishikori, David Goffin, Holger Rune, Auger Aliassime, Novak Djokovic, Hubert Hurkacz e Sebastian Baez… O que está acontecendo com Madri que tantos tenistas bons foram eliminados precocemente???
Simplesmente perderam Sandro. Ficou sem graça sim! Ainda mais com a saída do João e o Djokovic.
Que bom foi ver BHM oscilando, ao invés de entrar derrotada em quadra. O ano é longo, o circuito extenso, e é bom ver que a alegria está aos poucos voltando :- )
E ao final, ser derrotada por uma Top10 não é nada fora do normal.
Teria a ver com as mudanças na equipe? Menos pressão ($$$) é sempre bom.
E vida que segue para BHM!!! Agora com mais alegria!!!
Sem ritmo de jogo ,vamos trabalhar joao ,zverev bem.mais velho joga toda semana
Dalcin, sou fã do teu trabalho e a observação que faço é positiva, simplesmente por acreditar ser um erro, ou indelicado, usar expressões preconceituosas, como JUDIAÇÃO, pois a mesma diminui o povo Judeu.
Esta partida serviu para aumentar a experiência do nosso João Fonseca.
Ele está adquirindo aos poucos, a bagagem para aprimorar cada vez mais seu vistoso tênis.
Jogou de igual para igual, perdeu os 2 tie-breaks.
Me deu uma sensação de uma partida de final, pois foi muito bem disputada.
Vamos em frente João!
Quanto a Bia, sabíamos que a adversária era pedreira.
A Bia também jogou de igual para igual, e infelizmente perdeu no tie-break do 3o set.
Mostrou um bom tênis.
Tomara que continue a fazer bons jogos.
Vamos em frente Bia!
O Joãozinho perdeu, não foi Paul que ganhou, como diria a Dilma,o jogo é jogado e o lambari é pescado, derrota muito difícil de engolir,o Fonsequinha foi melhor,mas infelizmente perdeu, que sirva de aprendizado