Paris (França) – Responsável por treinar o atual número 2 do mundo Carlos Alcaraz desde antes do profissional, Juan Carlos Ferrero analisou um pouco a campanha do pupilo neste ano em Roland Garros. O técnico do espanhol acredita que ele esteja crescendo de produção no decorrer do evento e mostra confiança no que pode fazer na reta final do Grand Slam francês.
“Ele está jogando muito bem, na última partida ele deu um salto de qualidade olhando a forma como passou por cima de Tommy Paul”, afirmou o técnico de Alcaraz em entrevista ao amigo e ex-colega de circuito Alex Corretja no canal Eurosport. Para Ferrero, o desempenho mostrado nas quartas de final pode servir de ponto de virada na campanha em paris
“Esta partida nos deu uma ideia clara das coisas que ele tem que fazer e o que não tem. No primeiro set jogou muito tenso, a bola não saía com força. Mas isso nos ajudou, porque ele aprende que pode vencer mesmo quando não está jogando seu melhor tênis. Sua intensidade a luta e a entrega também ganham jogos”, acrescentou o treinador.
Ferrero destacou a importância de tomar as rédeas da partida desde o começo no duelo com Paul. “Pedimos que ele também jogue um pouco mais para frente e vimos desde o primeiro game que saiu bem decidido”, comentou o ex-número 1 do mundo.
Questionado sobre a exigência de Alcaraz consigo mesmo, ele contou que é algo que vem desde criança. “Ele sempre foi muito exigente, já treinando desde pequeno. Ganhava torneios e treinava mal no dia seguinte e dizia que não estava jogando bem. Não é uma coisa nova e de certa forma acho que é bom porque é a exigência que o faz buscar dar um passo a mais”, analisou.
“Mas claro que isso o deixa um pouco mais emocionado dentro de quadra. Prefiro ficar com a parte melhor”, comentou Ferrero, destacando que essa exigência leva o pupilo a sempre querer evoluir, embora reconheça que isso possa atrapalhá-lo às vezes durante os jogos.
Com dois dias de folga antes da semifinal com o italiano Lorenzo Musetti, o treinador já tem tudo planejado. “Não podemos exagerar na preparação, aproveitar um pouco também para descansar mais depois de duas semanas tão exigentes. Ele está com muita vontade e confiança, mas precisamos nos preparar da melhor maneira possível”.
Por fim, Ferro foi perguntado sobre o fato de Alcaraz trazer para si o resultado, seja a vitória quando está bem, ou a derrota quando está mal. “A maioria das partidas passa por suas mãos porque ele tem um grande arsenal que quando as utiliza da maneira correta é muito difícil de derrotá-lo”, resumiu o treinador.
Tanto ele como Sinner não pegaram ninguém que tenha feito muito em campanhas no saibro. Porém a forma como atropelaram nas quartas, deu uma impressão muito boa.
Sinner e ele terão seus primeiros desafios na semi.
Gosto do Musetti e seu estilo de jogo, mas é borracha fraca… seus golpes não são fortes o suficiente. Não vejo ele vencendo o “atual Big 3” nos Slams.
Alcaraz impacta o esporte que prática, ontem vimos Novak Djokovic praticar um tênis onde a estratégia estava nas deixadinhas (prefiro deixadinha, é algo que combina mais com a cultura brasileira que o sisudo drop shot).
O garoto espanhol, mostrou o caminho, não para vencer um jogo, mas para transformar o esporte (o tênis).
Jogadores como Zverev, Medvedev, Rublev, Fritz até mesmo o Ruud, terão muitas dificuldades, aquele jogo de consistência na base, com trocas intermináveis está ficando para trás.
Alcaraz está (nesse momento) transformando a forma de jogar (mesmo com a lentidão dos pisos e das bolas), cada vez mais, os tenistas terão que ter velocidade não apenas para os lados, nos dias atuais terão necessidade de correr para frente, não poderão ficar no fundo da quadra distribuindo (Zverev fez isso ontem, Medvedev faz isso a quase uma década).
Feliz aqueles (tenistas) que tem percepção sobre mudanças no jogo…
Está jogando muito mesmo, mas quero ver como será se enfrentar um jogador que põe dúvidas em sua cabeça — e ainda é o maior da História, rs.
Se ele for pra final, é favorito contra o Sinner mas não contra o Djokovic pois ele se pressiona muito enfrentando o Djokovic
Isso que penso também, Adriano.