Federer vai à África do Sul e sonha com desenvolvimento infantil até 2030

Foto: Hanro Havenga/ Roger Federer Foundation

Johannesburg (África do Sul) – Na quadra, Roger Federer frequentemente tornava possível o que parecia impossível. Agora, a lenda suíça quer levar esse mesmo espírito de “posso fazer” para as salas de aula sul-africanas.

Aos 43 anos e aposentado, o 20 vezes campeão de Grand Slam falou recentemente em nome da Fundação Roger Federer em um evento matinal em Johannesburg, onde pediu aos líderes locais que garantam que todas as crianças na África do Sul tenham acesso a serviços de desenvolvimento infantil até 2030.

“É uma experiência alegre entrar em salas de aula vibrantes, cheias de crianças aprendendo, lendo e brincando, assim como as crianças em todos os lugares deveriam ter permissão para fazer”, disse Federer. “Testemunhá-los crescer e se tornarem enfermeiros, professores e programadores de computador me enche de esperança.”

Ex-número 1 do mundo, que colecionou 103 títulos de ATP, Federer traçou analogias entre sua carreira profissional no tênis e sua missão filantrópica.

“Trabalhei incansavelmente para alcançar o sucesso no tênis. Exigiu muito de mim, mas tive a sorte de ter orientação e oportunidades. É isso que quero oferecer aos outros, uma chance de crescimento e sucesso”, disse Federer, cuja mãe é da África do Sul.

“Por meio do trabalho da nossa fundação na África do Sul, conseguimos oferecer educação pré-escolar de qualidade para mais de 300 mil crianças. No entanto, 1,3 milhão de crianças ainda estão esperando por oportunidades como playgrounds para brincar, blocos de construção e livros para aprender, mas o mais importante, educadores apaixonados e experientes.”

Federer encerrou seu discurso enfatizando a importância de um esforço coletivo. “Queremos aprender com os outros, como no tênis, onde aceitar orientação e novas estratégias leva a vitórias inesperadas. Olhe além das ações atuais e estenda seu alcance”, disse Federer. “Agora sabemos que 1,3 milhão de crianças precisam de lugares para aprender e crescer, e elas precisam disso até 2030. Essa meta ambiciosa, comparável às minhas conquistas aparentemente impossíveis no tênis, é a meta certa.”

Estabelecida em 2003, a Roger Federer Foundation atua em Lesoto, Malawi, Namíbia, África do Sul, Zâmbia, Zimbábue e Suíça. Seu foco é o aprendizado precoce, capacitando educadores por meio de um sistema baseado em tablet, que lhes dá o conhecimento e as ferramentas para ensinar melhor, bem como mobilizar pais e comunidades para contribuir.

A Roger Federer Foundation também defende o ODS 4.2 — “até 2030, garantir que todas as meninas e meninos tenham acesso ao desenvolvimento de qualidade na primeira infância, cuidados e educação pré-primária para que estejam prontos para a escola”, tanto em nível governamental quanto global.

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JClaudio
JClaudio
5 dias atrás

Federer não nasceu apenas para ser o maior tenista de sua geração.
O suíço carrega no seu DNA uma visão transformadora do mundo, aglutinador, consegue fazer coisas grandes, numa sociedade vulnerável (onde não vivenciou, mas teve sensibilidade suficiente para aprender e fazer algo), diz muito sobre o indivíduo (principalmente nos dias atuais).
Com o tempo, o homem Federer será maior do que foi como tenista (o esporte, no fundo é sobre solidariedade, sobre a capacidade de transformar vidas, sempre foi).

Paulo Almeida
Paulo Almeida
5 dias atrás
Responder para  JClaudio

Maior terceiro lugar da história sem dúvida!

Renatapalmeirasmari@gmail.com
Renatapalmeirasmari@gmail.com
5 dias atrás
Responder para  JClaudio

Pois é, a pessoa é educado, humilde, poliglota,campeão…..meus Deus…..e tem brasileiro que ganha dinheiro postando idiotice na Internet (ganha muito dinheiro com isso)e ainda se acha…..

Paulo Almeida
Paulo Almeida
5 dias atrás

Boa atitude do grande freguês do GOAT em todos os pisos e do Nadal no saibro e no hard.

Gilvandro
Gilvandro
5 dias atrás
Responder para  Paulo Almeida

237 > 122
103 > 99
8 > 7
2 > 1

Paulo Almeida
Paulo Almeida
4 dias atrás
Responder para  Gilvandro

2 > 1 seria o quê? Não decifrei.

Fernando
Fernando
3 dias atrás
Responder para  Paulo Almeida

Não estamos aqui discutindo quem é o GOAT, estamos sim, aplaudindo a atitude de um supercampeão que deixou um legado absurdo no tênis, e agora mostra ao mundo que podemos transformar a sociedade, só depende de nós, de nossas atitudes. Acredito que tanto Djoco como o Nadal fazem muito também, dentro de seus horizontes. Temos que Bater palma pra todos eles.

O mundo seria muito melhor se todos os campeões, todas as estrelas do esporte, da música, do entretenimento, mostrasse aos políticos (que infelizmente só pensam em si), que a sociedade muda pra melhor pelo
Exemplo de suas ações.

Cadê os Federes, os Djocos, os Nadais da política ??? Estamos precisando de mais caras feitos eles!!!

Em outro momento, quem sabe podemos debater quem é o verdadeiro GOAT do tênis.

Yan Mateus
Yan Mateus
5 dias atrás

Nunca será

Paulo A.
Paulo A.
5 dias atrás

África, o continente esquecido mas com um povo maravilhoso, muito parecido conosco, brasileiros.
Trabalho maravilhoso o da Fundação Federer. Deveria servir de exemplo mundo afora…

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