São Francisco (EUA) – Roger Federer voltou a destacar o sucesso da Laver Cup e revelou que o torneio pode, em breve, desembarcar na América do Sul. O suíço está em São Francisco acompanhando a oitava edição do evento e falou sobre o futuro da competição em entrevista ao podcast Served, do norte-americano Andy Roddick.
Criada em 2017, a Laver Cup rapidamente ganhou espaço no calendário ao reunir grandes nomes do circuito em confrontos por equipes e dar protagonismo a lendas do esporte como capitães. Federer contou que a inspiração surgiu da vontade de homenagear Rod Laver e de oferecer um novo formato ao público.
“Senti que as lendas mereciam um lugar maior de reconhecimento após suas aposentadorias. Foi no banco de trás de um carro que me ocorreu que Rod Laver merecia ser mais lembrado, então tive a ideia da Laver Cup”, explicou o dono de 20 títulos de Grand Slam.
Segundo o suíço, a competição se consolidou como um dos eventos mais aguardados da temporada, mas ainda tem espaço para expandir fronteiras. “Até agora, tem sido um sucesso, e podemos levar o tênis a lugares que talvez não estejam acostumados a ver tanto tênis ao vivo. Embora estejamos de volta a Londres em 2026, é bem possível que em breve estejamos na Ásia ou na América do Sul”, revelou.
Federer chegou a citar diretamente João Fonseca como símbolo do apelo que o torneio poderia ter no continente. “Imagina isso na América do Sul com o João Fonseca no time ou algo assim. Meu Deus do Céu”, comentou. O jovem carioca de 18 anos faz sua estreia no evento nesta semana e já deixou a sua marca, vencendo na sexta-feira o italiano Flavio Cobolli em sets diretos.
O ex-número 1 também relembrou sua própria aposentadoria do circuito, ocorrida justamente na Laver Cup de 2022, quando se despediu ao lado de Rafael Nadal. “Não queria ficar sozinho em quadra quando me aposentasse. Sempre soube que seria muito difícil, mas Londres parecia o lugar certo. Foi lá que vivi alguns dos melhores momentos da minha carreira em Wimbledon”, explicou.
Exibições com Nadal podem sair do papel
Em entrevista ao Tennis Channel, Federer comentou novamente sobre a possibilidade de jogar exibições ao lado de Rafael Nadal. A ideia, já apelidada pelos fãs de Fedal Tour, vem sendo discutida nos bastidores e tem ganhado força. “Sempre falamos de jogar juntos em exibições e poder aproveitar nossa companhia por uma boa causa, como arrecadar fundos. Ambos estamos muito ansiosos por seguir falando do tema”, declarou.
O agente do suíço, Tony Godsick, confirmou que já existem conversas para colocar o projeto em prática em locais icônicos pelo mundo. Federer, inclusive, tem intensificado os treinos físicos para estar em condições de competir. “Eu o pressionei um pouco, dizendo: ‘Vamos lá, as pessoas querem te ver jogar de novo. Você pode fazer algumas exibições’. Também conversamos com o Rafa sobre a ideia de organizar uma turnê, e ele está interessado”, disse Godsick.
Simplesmente Roger Federer imaginando como seria uma edição da Laver Cup na América do Sul com o João no time, ao falar sobre possíveis sedes para o evento.
O que acham de uma Laver Cup no Rio? 🤯
[Via Tennis Channel] pic.twitter.com/XqajNyMHAT
— João Fonseca Updates (@fonsecaupdates) September 21, 2025
Não sei se a ideia do “Fedal Tour” seja uma boa, lembro, quando Luciano do Valle promoveu uma seleção de veteranos, com jogadores que haviam deixado o futebol, num determinado momento, o jogo dos veteranos tinha mais apelo que as partidas dos profissionais.
Assim também aconteceu no Boxe, onde lutadores com mais de 40 anos, começaram a lutar novamente, o esporte perdeu espaço, várias organizações (promotoras) foram criadas, dividindo o esporte.
Acho que o tênis não precisa de concorrência dele mesmo, pois não são veteranos comuns, são duas lendas.
Na realidade é a busca da “imortalidade” esportiva, jogaram, deixaram um legado imenso…está bom.
Federer já entendeu que o eixo do planeta, o futuro, não está na Europa ou nos EUA, mas sim na Ásia, no Oriente Médio e na América Latina.