Eslováquia derruba equipe britânica e volta à final após 22 anos

Eslováquia enfrenta a Itália na final desta quarta-feira (Foto: Santiago/Getty Images for ITF)

Málaga (Espanha) – A Eslováquia está de volta à final da Billie Jean King Cup depois de 22 anos. Campeãs da competição em 2002 e semfinalistas em 2013, a equipe faz grande campanha nesta semana em Málaga. Depois de eliminarem os Estados Unidos nas oitavas de final e a Austrália nas quartas, as eslovacas derrotaram a Grã-Bretanha por 2 a 1. A final será nesta quarta-feira, contra a tetracampeã Itália, que disputa a segunda decisão seguida, mas não vence o título desde 2013.

“Este é um momento especial para o nosso país, para as nossas jogadoras e para o tênis na Eslováquia”, disse o capitão Matej Liptak. “Faz muitos anos que vencemos. E só vencemos uma vez. Mas hoje estamos a apenas um passo da maior vitória que esta equipe já teve. Tentaremos aproveitar amanhã e estamos incrivelmente felizes. Todas as nossas meninas serão lendas agora. Mesmo que não vençam amanhã, este é um momento muito especial para elas e para o nosso país. Todos vão se lembrar de quem estava nesta equipe. Mas tentaremos vencer a mais um confronto”.

A semifinal desta terça-feira começou com uma vitória britânica. A ex-top 10 Emma Raducanu, atual 58ª do ranking, derrotou Viktoria Hruncakova, 238º colocada, por duplo 6/4 em 1h36. Raducanu, de 22 anos, marcou sua sexta vitória em sete jogos pela Billie Jean King Cup e venceu as cinco partidas que fez na temporada pela competição, sendo decisiva no confronto contra a França em abril, pelo Qualificatório Mundial, e vencendo também seus jogos nos confrontos contra Alemanha e Canadá.

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“Minha oponente tinha muita potência nos golpes e já me venceu antes. Então eu sabia que, apesar de seu ranking, ela joga muito acima disso. Fiquei muito satisfeita com a forma como me recompus e saquei em ambos os sets”, disse Raducanu após a partida.

Em grande fase, Sramkova derrotou Boulter

Com o resultado, as britânicas tinham a chance de definir o confronto no segundo jogo de simples. Bastava uma vitória de Katie Boulter, 24ª do ranking, sobre Rebecca Sramkova, 43ª colocada. Boulter até começou melhor na partida e fechou o primeiro set, mas sofreu duas quebras seguidas no começo da segunda parcial e saiu perdendo por 4/1. A britânica buscou o empate, mas voltou a perder o saque. Já no terceiro, Sramkova conseguiu duas novas quebras e fechou a partida com parciais de 2/6, 6/4 e 6/4.

Aos 28 anos, Sramkova vive bom momento no circuito, ela conquistou na atual temprada seu primeiro WTA em Hua Hin e foi finalista em Jiujiang e Monastir para debutar no top 50. A eslovaca tem longo histórico de lesões e também um problema genético. Ela nasceu com pouca visão no olho esquerdo e começou a jogar tênis para ganhar mais coordenação nos movimentos entre as mãos e os olhos. Já ao longo da carreira, teve lesões nas costas, no ombro, abdôme e fratrura por estresse na perna.

“Ela estava jogando muito bem no primeiro set”, disse Sramkova. “Foi difícil para mim disputar os ralis ou fazer qualquer coisa que eu quisesse. Eu estava tentando pressioná-la mais, mas foi impossível no primeiro set. Fico muito feliz por ter subido o nível no segundo e terceiro”.

Partida de duplas definiu a série em Málaga

A definição do confronto ficou para a partida de duplas, em que Viktoria Hruncakova e Tereza Mihalikova venceram Heather Watson e Olivia Nicholls por duplo 6/2 em apenas 1h13 para recolocar a Eslováquia na final depois de 22 anos. O país já enfrentou a Itália três vezes na Billie Jean King Cup e conseguiu duas vitórias.

“A atmosfera estava incrível. Acho que jogamos a melhor partida de duplas de nossas vidas e estamos muito felizes por estar na final”, comemorou Hruncakova.

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