Riad (Arábia Saudita) – A tunisiana Ons Jabeur, que decidiu fazer uma pausa na carreira profissional desde Wimbledon, garante que a aposentadoria não está nos planos. Em entrevista ao The National, ela contou que irá voltar a competir assim que seu corpo e mente estiverem prontos.
“Minhas férias estão indo muito bem. Estou descobrindo um pouco da vida além do tênis. Tenho estado ocupada com várias coisas: a fundação, a academia. Também estou tentando lançar novos projetos, então tem sido muito divertido. Mas as primeiras semanas foram um pouco estranhas”, disse a tunisiana.
Jabeur contou que o tênis deixou de ser um sonho e se transformou em um pesadelo em determinado momento. “Desde os seis anos de idade, minha vida sempre girou em torno dos meus treinos e eu sentia que mesmo quando fazia coisas fora do tênis, elas sempre estavam relacionadas a ele”, observou a atleta de 31 anos.
“Nas férias, eu sempre tinha que contar os dias porque não queria perder nenhum treino. Eu queria voltar a tempo. Nunca me libertei do tênis. Tentar encontrar algo que me fizesse feliz fora do tênis. Considerando os dois anos muito difíceis que passei, não foi fácil”, acrescentou a tunisiana.
Esta exigência fez com que uma das mais alegres jogadoras do circuito perdesse sua felicidade. “O lugar feliz, o lugar onde encontro minha alegria, de repente se tornou meu lugar de tristeza e, basicamente, o lugar que me causou depressão”, ponderou Jabeur.
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“Fiquei um pouco assustada e pensei: ‘E se nunca mais encontrar alegria na quadra de tênis?’ Mas acho que não é o caso, não estou me aposentando como a maioria das pessoas pensa, voltarei algum dia. Só quero me divertir e, quando minha mente e meu corpo me disserem que estou pronta, então voltarei”, acrescentou.
Jabeur falou que escolherá em quais torneios jogar e quais não jogar em seu retorno, e também continuará lutando pelo avanço do tênis feminino. “Sinto que quero escolher meus torneios. Quero que o calendário se adapte a mim, e não o contrário”, afirmou.
“Honestamente, vou tentar fazer com que minha voz seja mais ouvida e que a comunidade do tênis nos trate melhor como jogadores, como seres humanos e não como robôs que jogam tênis, tênis e mais tênis o tempo todo”, finalizou a tunisiana, que já foi a número 2 do mundo e atualmente ocupa apenas a 78ª colocação.
A volta das que não foram… E nunca serão,..