Em busca do bicampeonato, Sabalenka encara Zheng na final às 5h30

Foto: Paul Zimmer/ITF

por Mário Sérgio Cruz

Atual campeã do Australian Open, Aryna Sabalenka terá a oportunidade de defender o título neste sábado em Melbourne. A número 2 do mundo será desafiada pela jovem chinesa de 21 anos Qinwen Zheng, 15ª do ranking, a partir das 5h30 (de Brasília). Será apenas o segundo duelo entre elas, sendo que Sabalenka venceu o único encontro anterior, nas quartas de final do US Open do ano passado. A final será transmitida na ESPN e Star+.

Em quadra, Sabalenka e Zheng prometem fazer um duelo entre duas jogadoras de estilo agressivo e muita potência nos golpes, especialmente com o forehand, definindo os pontos em poucas trocas. A chinesa é mais fiel a esse plano de jogo, enquanto a bielorrussa consegue quebrar um pouco mais o ritmo, especialmente com as curtinhas, e corrigiu nos últimos anos um problema crônico que tinha no saque. Aos 25 anos, ela disputará sua terceira final de Grand Slam da carreira e ainda não perdeu sets no torneio, ficando em quadra por apenas 6h55 ao longo dos seis jogos em Melbourne.

Consistente ao longo dos últimos anos, Sabalenka chegou em seis semifinais seguidas de Slam e liderou o ranking da WTA por oito semanas no ano passado, mas não tem como ameaçar o número 1 de Iga Swiatek mesmo que seja bicampeã. A bielorrussa pode ser a primeira mulher a defender o título na Austrália desde sua compatriota Victoria Azarenka em 2012 e 2013. Nos últimos anos, Serena Williams e Naomi Osaka chegaram a vencer duas edições, mas em anos não consecutivos. Serena, aliás, tem sete títulos na Austrália e um bicampeonato em 2009 e 2010.

Foto: Corinne Dubreuil/FFT

Por sua vez, Qinwen Zheng é apenas a segunda mulher chinesa a jogar uma final de Grand Slam e recoloca seu país numa decisão dez anos depois da conquista de Na Li em 2014. Li tem também dois vice-campeonatos na Austrália, em 2011 e 2013, e um título de Roland Garros em 2011. A jovem jogadora de 21 anos entrará no top 10 e terá o melhor ranking da carreira, assumindo o sétimo lugar com o vice ou a sexta posição em caso de título. Com três sets perdidos ao longo do torneio, incluindo duas vitórias de virada, ela passou 11h34 em quadra.

Outro trunfo para Zheng é o técnico espanhol Pere Riba, que comanda sua rotina de treinos em Barcelona. Riba foi o técnico da norte-americana Coco Gauff na conquista do US Open do ano passado, vencendo a própria Sabalenka na final. A campeã em Melbourne receberá 2 mil pontos no ranking e um prêmio em dinheiro de 3,15 milhões de dólares australianos. Já a vice fica com 1.300 pontos e vai receber 1,725 milhão de dólares australianos.

O que elas disseram sobre a final:

Apesar de as finalistas em Melbourne terem disputado apenas um duelo anterior, Sabalenka destaca o fato de já ter treinado com a chinesa e conhecer o estilo de jogo da adversária. “Só jogamos uma vez, mas já treinamos muitas vezes juntas. Inclusive aqui, antes do torneio. Ela está jogando muito bem. Acho que o forehand dela é muito pesado e é seu melhor golpe, porque coloca as adversárias sob pressão. Além disso, ela também está se movendo muito bem e luta por cada ponto. Acho que é por isso que ela vai entrar no top 10”.

Por sua vez, Zheng acredita que a Sabalenka é a adversária mais completa para enfrentar no circuito atualmente: “Acho que a Sabalenka é a jogadora que bate mais forte na bola no circuito, ela também tem o saque mais forte, o melhor forehand e backhand. Ela é uma jogadora realmente completa. Ainda não enfrentei as cabeças-de-chave nas últimas rodadas, ela será a primeira que enfrentarei”, comenta a chinesa, que aproveitou as eliminações precoces das cabeças de chave e soube lidar com o favoritismo em seu lado da chave.

A chinesa também destacou o legado de Na Li para o tênis e o apoio da torcida. “É uma sensação incrível de chegar à minha primeira final de Grand Slam. Esse é o meu sonho desde criança. Na Li também venceu aqui, então isso não tem como ser mais especial. Ela já me deu alguns conselhos. Disse para eu não pensar muito e apenas ser agressiva e acreditar em mim mesma. Tem muita torcida chinesa me apoiando no estádio. Parece que estou jogando em casa”.

Relembre o único duelo entre Sabalenka e Zheng no circuito
2023 – US Open – sintético – quartas de final – Aryna Sabalenka, 6/1 6/4

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Evandro
Evandro
9 meses atrás

Qinwen está jogando muito mais agora do que naquelas quartas do US Open. Será um páreo dificílimo para a mais completa jogadora, a Sabalenka! O jogo é imperdível.

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