Draper critica calendário e aposta que sua geração não aguentará

Foto: Getty Images for ITF

Manchester (Inglaterra) – Uma semana após alcançar a semifinal do US Open, o britânico Jack Draper estava de volta às competições para defender as cores de sua equipe na disputa da Copa Davis. Incapaz de ajudar a Grã-Bretanha a avançar para a fase final, ele falou sobre a exigência do calendário atual, acreditando que será muito difícil para a próxima geração alcançar uma grande longevidade.

“Na minha opinião, será muito difícil para jogadores da minha idade alcançarem longevidade. Se você olhar quantos torneios eu joguei este ano, acho que são 25 ou 26. Isso é um grande ponto positivo por si só, já que este é meu primeiro ano de verdade no circuito. Definitivamente é difícil, mas minha equipe trabalha para que eu fique livre de lesões e cuide do meu corpo e da minha mente”, comentou.

O britânico revelou que membros da sua equipe sugeriram que seria prudente ele não competir na Davis, mas Draper queria jogar porque ama representar seu país. “É um calendário mental. Desde Miami não tive tempo, fomos direto para o saibro, depois direto para a grama, direto para os Jogos Olímpicos, direto para Montréal e Cincinnati, semana de treinamento, US Open e aqui, depois”.

Por causa desta sequência sem pausas, o tenista de 22 anos não vê sua geração ter a mesma longevidade. “Eu olho para o tipo de calendário e sei que os jogadores fazem isso há anos, mas a forma como a ATP mudou para duas semanas com o Masters 1000, isso não nos dá mais tempo. Não há literalmente pausa alguma. É realmente desafiador mental e fisicamente”, finalizou.

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SANDRO
SANDRO
2 dias atrás

Geração Nutella… Se não dá conta, dispute menos torneios, simples assim… Djokovic não tem um calendário enxuto? Então, quem não está satisfeito, que dispute menos torneios… Se não houvesse torneios para disputar é que seria dureza!

Marcos Roberto Veiga Cabral
Marcos Roberto Veiga Cabral
2 dias atrás
Responder para  SANDRO

Simples assim.
É o mesmo que reclamar por receber muitos convites para festas.
Parece uma criança fazendo birra para não comer.

Marcelo Costa
Marcelo Costa
2 dias atrás
Responder para  SANDRO

Se não houvesse obrigações contratuais, defesa de pontos, você teria razão
Mas assista o documentário do Guga, ele com 25 anos nao tinha condições de competir, seria ele Nutella???

Daniel
Daniel
2 dias atrás
Responder para  SANDRO

Concordo. Cada um que faça sua agenda e agradeça pelo maior número de torneios possível.

Fernando S P
Fernando S P
1 dia atrás
Responder para  SANDRO

“Eu olho para o tipo de calendário e sei que os jogadores fazem isso há anos, mas a forma como a ATP mudou para duas semanas com o Masters 1000″…

Os M1000 são obrigatórios.

Jorge Luiz
Jorge Luiz
2 dias atrás

Geração Nutella,por isso o big 3 será insuperável

Marcelo Costa
Marcelo Costa
2 dias atrás
Responder para  Jorge Luiz

Guga foi vítima deste excesso de jogos, Murray idem, mas você buscar a exceção da exceção nao faz a regra.

André Aguiar
André Aguiar
2 dias atrás
Responder para  Marcelo Costa

Discordo. A lesão irreversível do Guga não foi devida ao excesso de jogos, até porque ela começou a manifestar-se muito cedo, ainda em 2001, quando o tenista contava com apenas 24 anos. Infelizmente ele, como muitas outras pessoas, possuem pequenas alterações no formato do quadril, as quais sofrem desgaste acelerado. Associado a este fato, ele submeteu-se a uma malfadada cirurgia em 2002, que ao extrair-lhe a cartilagem labrum acetabular piorou ainda mais a situação, a ponto de impedir-lhe a prática de tênis até hoje, mesmo como simples recreação.
O Guga infelizmente teve esse duplo azar, pois um ano depois dessa cirurgia, o médico alemão Reinhold Ganz revolucionou o tratamento cirúrgico de lesões e má formações do quadril. O ortopedista brasileiro Lourenço Peixoto afirma que hoje é impensável fazer intervenções da forma como se fazia na época da cirurgia do Guga.
“Se ele fosse tratado hoje, da maneira correta, possivelmente teria se aposentado por outras razões e não pela articulação do quadril. Tudo aquilo que aconteceu de 2003 para cá foi uma grande revolução na área da ortopedia, especificamente na cirurgia de quadril. O que houve de mudança de paradigma, foi o entendimento que o calo ósseo era o problema e não a lesão do labrum. E aí a gente passou a remover o calo ósseo, mantendo e tratando de maneira conservadora o labrum, e esses pacientes melhoraram de maneira significativa”, explicou Peixoto.
Lembro que depois do Guga, outros tenistas passaram por cirurgia no quadril e continuaram jogando em alto nível por mais alguns anos, tais como Lleyton Hewitt, Tommy Haas, David Nalbandian e o próprio Andy Murray.

Marcelo Costa
Marcelo Costa
2 dias atrás
Responder para  André Aguiar

Murray nunca voltou em forma, é nítido ele puxar a perna.
Mas o ponto é que Guga seria Nutella ou só vale a geração atual?

André Aguiar
André Aguiar
1 dia atrás
Responder para  Marcelo Costa

Murray operou o quadril em janeiro de 2018. Chegou anunciar a aposentadoria no AO 2019, mas desistiu após submeter-se a uma nova cirurgia logo após aquele torneio, quando implantou uma prótese de metal na região (recapeamento do osso), sugerida pelo duplista americano Bob Bryan, que implantara esse tipo de prótese com sucesso em 2018.
Murray não voltou puxando a perna, embora, de fato, não tenha sido mais o mesmo jogador que fora até meados de 2017.
Porém, divertiu-se muito competindo em bom nível até julho deste ano. Alguma dúvida de que o Guga adoraria ter a sobrevida de sete anos (!) na carreira que o britânico teve? Fora a possibilidade de poder bater uma bolinha com ex-colegas de profissão?
O ponto não é quem é Nutella, já que para mim isso é bobagem que nem merece comentário. O ponto é que lesões no quadril, do tipo que agora parece ameaçar o Sinner, não são fruto de excesso de jogos provocado por um calendário exagerado, mas sim “defeitos” congênitos, cujas vítimas são atletas e não atletas. Obviamente, os últimos sofrem mais cedo.
Felizmente a medicina já avançou o suficiente na técnica cirúrgica reparadora do quadril, e avançará mais, para oferecer uma sobrevida cada vez mais longa e qualificada na carreira dos tenistas.

André Aguiar
André Aguiar
1 dia atrás
Responder para  André Aguiar

Correção no penúltimo parágrafo: Obviamente, os PRIMEIROS sofrem mais cedo.

Marcelo Costa
Marcelo Costa
1 dia atrás
Responder para  André Aguiar

Diversão não é alto nível, mas o ponto nao é esse, você está desviando do assunto, o ponto é a necessidade de tentar sempre diminuir essa geração, borg era Nutella por ter desistido com 26 anos? Barty foi Nutella? Esse é o ponto do meu comentário.

André Aguiar
André Aguiar
1 dia atrás
Responder para  Marcelo Costa

Não meu caro, se entre nós há alguém desviando do assunto, esse alguém não sou eu, senão vejamos:
discordei com extensa argumentação factual (que espero tenha aumentado o teu conhecimento sobre o assunto tratado) a um comentário teu em que dizias que a malfadada lesão no quadril do Guga foi devida ao excesso de jogos. Apenas e tão somente isso. Tu não mencionaste Nutella ou coisa que o valha, pelo menos no comentário que respondi. Insistir nisso é tergiversar.
Então focando na questão que me importa, pergunto-te se, diante dos fatos que apresentei, refletiste e mudaste de opinião a respeito do real motivo que levou à lesão do Guga?

João Sawao ando
João Sawao ando
2 dias atrás

Acho que cada tenista dependendo do seu ranking pode fazer seu calendário. Tem alguns que tem um calendário a cumprir. Dalcim .quais são? Os 100 primeiros? Outros dependem do tênis para viver e sobreviver…realmente eu não sei…pediria ajuda ao dalcim É ao Mario Sérgio….

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