Dominando o tênis com elas!

Novo site, novo blog… e haveria momento melhor para estrear um espaço dedicado ao tênis feminino do que esse que estamos vivendo?

Desde 2021 parece que viramos uma chavinha e passamos a assistir a uma nova era das tenistas brasileiras no circuito mundial.

Tudo começou com a histórica medalha olímpica de bronze de Laura Pigossi e Luisa Stefani em Tóquio. A partir dali, a Luisa engatou uma sequência maravilhosa com a canadense Gabriela Dabrowski, disputando três finais, conquistando dois títulos (sendo um WTA 1000) e chegando à semifinal do US Open.

Somente uma fatídica lesão no joelho pôde pará-la naquele momento. Após um ano fora se recuperando, a paulista retornou às quadras empilhando troféus e foi campeã em todos os níveis e com parceiras diferentes, até chegar ao título de duplas mistas do AO 2023 com o gaúcho Rafael Matos. Em apenas dois meses, já estava de volta ao top 50 e desde junho figura novamente no top 20.

Paralelamente a isso, vimos em 2022 o ressurgimento de nossa maior estrela, Beatriz Haddad Maia. Finalista de duplas no Australian Open, campeã de dois WTA 250 na grama inglesa, vice de um WTA 1000 em quadra dura e classificação para o WTA Finals nas duplas. Isso sem contar a brilhante campanha de Roland Garros nesta temporada e as chegadas ao top 10 nas simples e ao top 20 nas duplas.

E hoje ainda vemos mais uma brasileira chegar entre as grandes e disputar seus primeiros Grand Slam. A carioca Ingrid Martins vem desde 2018 escalando o ranking. Se, naquele ano, estava entre as 900 melhores do mundo nas duplas, hoje já chega ao top 50.

Isso sem contar as façanhas de Laura Pigossi, que em 2022 jogou sua primeira final de WTA, disputou a primeira chave principal de Slam da carreira, chegou ao inédito top 100 e conquistou ouro em simples e duplas nos Jogos Pan-americanos, e a guerreira Carol Meligeni, nome constante do time brasileiro na Billie Jean King Cup.

De olho no futuro, temos a gigante Victoria Barros, de apenas 13 anos, mas que já vem conquistando títulos importantes no circuito juvenil e desponta como o principal nome da nova geração.

Como não víamos há muito tempo, estamos bem servidas de grandes atletas. Diferentemente do tênis masculino, chegamos para brigar entre as melhores em todos os níveis.

Por isso, a partir de agora, convido vocês a acompanharem análises, reflexões e novidades aqui neste novo espaço concedido por TenisBrasil para que eu possa aproximá-los ainda mais do tênis feminino.

Ah, e por que “Tênis com Elas”?

Ao longo de 2020, impossibilitada de dar continuidade a diversos projetos sociais do Instituto Patrícia Medrado, em função da pandemia, lancei um quadro de lives intitulado com esse mesmo nome, com a missão de resgatar um pouco da história do nosso tênis feminino. Aprendi muito com as convidadas que enriqueceram essa trajetória tão pouco comentada ao longo do tempo.

Portanto, estou ansiosa para seguir com este quadro, dessa vez em forma de blog, trazendo um alcance que somente a escrita permite.

Assim fica aberta essa troca com os leitores e até sugestões de temas… desde que sejam sobre “Elas”!

9 Comentários
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Maurício Luís *
Maurício Luís *
11 meses atrás

Puxa, era o que estava faltando no site. Que bom que você foi convidada pra escrever aqui.
Patricia, a Bia Maia, pela estatura elevada que tem, por que não tem o saque tão potente? A Serene é bem mais baixa e tem o saque + forte… Acho que se ela melhorasse neste item, poderia brigar pelo Top 5.

José Nilton Dalcim
Admin
11 meses atrás
Responder para  Maurício Luís *

Olá Maurício! Bia figura sim em listas de saques mais rápidos do circuito feminino. Estive pessoalmente no BJKCup em Brasília e observei saques dela a 192 e até 194km embora ache que não só a potência importe. A colocação e média de primeiros saques acertados, faz a diferença. Ela só tem a melhorar, rumo ao topo. Obrigada pelo comentário.

SANDRO
SANDRO
11 meses atrás

Acho o MÁXIMO que por causa da nossa digníssima excelentíssima Beatriz Haddad Maia, o BRASIL tem vaga garantida na COPA DO MUNDO DE TÊNIS, a UNITED CUP disputada pelas Seleções Nacionais em JANEIRO na Austrália !!! O excelente ranking de Beatriz Haddad Maia foi o responsável para a classificar o Time Brasileiro para essa grande disputa !!! A chave é difícil, mas Beatriz Haddad Maia é favorita contra o time espanhol e vai ter jogo duríssimo contra a POLÕNIA da número 1 do mundo !!!

SANDRO
SANDRO
11 meses atrás

Bom Dia Patrícia!!!
Que tal fazer um RAIO X das tenistas que disputarão a UNITED CUP na AUSTRÁLIA em JANEIRO, pra mim a UNITED CUP se tornou um torneio muito interessante por ser uma disputa entre Seleções Nacionais, se tornando uma verdadeira COPA DO MUNDO do tênis…

Valmir da Silva Batista
Valmir da Silva Batista
11 meses atrás

OBVIAMENTE, O “TÊNIS COM ELAS” é importante, providencial até. Por outro lado, em se tratando de universalização não cumprida, me incomoda o fato de este tardio aceno ao tênis feminino sugerir algo paliativo, ou seja, já que não é possível tratar igualitariamente a esfera feminina de fora para dentro, faz-se de dentro para fora, neste caso, não de forma igualitária, obviamente. É como se, invés do dia a dia na fazenda, a mulher passasse a viver sitiada e com abrigo garantido, para que não se fale mais sobre igualdade de gêneros, no caso aqui, em se tratando do universo do tênis. Sim, o “TÊNIS COM ELAS” é um sítio, uma iniciativa carinhosa até, porém, “se eu me chamasse Raimundo/seria uma rima, não seria uma solução”. Muito obrigado, Carlos. Salve as tenistas! Salve todas as mulheres!

Valmir da Silva Batista
Valmir da Silva Batista
11 meses atrás
Responder para  Valmir da Silva Batista

ao* invés

Joaz
Joaz
11 meses atrás

Se Luisa Stefani definir uma parceira fixa nas duplas provavelmente teremos representante brasileira tanto nas duplas quanto em simples com a Bia no WTA Finals em 2024. Parabéns por esse espaço dedicado especialmente ao tênis feminino brasileiro. Super merecido!

Valmir da Silva Batista
Valmir da Silva Batista
11 meses atrás

SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA, campeão paulista de 2023. Salve as Brabas!!

Maurício Luís *
Maurício Luís *
11 meses atrás

Vejo internautas menosprezando o tênis feminino, criticando a equiparação de prêmios… E pra desespero deles, quem está salvando o tênis brasileiro são as nossas três meninas de ouro: Bia, Luísa Stefani e Laura Pigossi, medalha de ouro do Pan.
E mesmo retroagindo no tempo, Maria Esther Bueno é a tenista com mais troféus de peso na carreira, entre homens e mulheres.
Tínhamos ótimos duplistas entre os homens, mas agora nem isso. No individual, Wild é 80 do mundo e olhe lá. Que saudade do Guga…
Falta tudo no Brasil. Trabalho de base, quadras públicas, patrocínio… lamentável.

Ex-tenista profissional e medalhista de prata nos Jogos Pan-Americanos na Cidade do México-1975, foi por 11 anos consecutivos a número 1 do Brasil e chegou ao top 50 em simples. Atualmente, possui 16 títulos mundiais no circuito Masters da ITF e ocupa os cargos de diretora executiva do Instituto Patrícia Medrado e líder do Comitê Esporte do Grupo Mulheres do Brasil.
Ex-tenista profissional e medalhista de prata nos Jogos Pan-Americanos na Cidade do México-1975, foi por 11 anos consecutivos a número 1 do Brasil e chegou ao top 50 em simples. Atualmente, possui 16 títulos mundiais no circuito Masters da ITF e ocupa os cargos de diretora executiva do Instituto Patrícia Medrado e líder do Comitê Esporte do Grupo Mulheres do Brasil.

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