Paris (França) – A vitória desta segunda-feira pelas oitavas de final de Roland Garros foi especial para Novak Djokovic, que alcançou sua centésima vitória na competição. A marca histórica veio pouco mais de uma semana depois de o sérvio conquistar o centésimo título de ATP da carreira, em Genebra. E ele não esconde que buscar novos recordes é sua principal fonte de motivação.
“É um número muito bonito, mas 101 vitórias soa ainda melhor”, afirmou Djokovic, após derrotar o britânico Cameron Norrie por 6/2, 3/6 e 6/2. “Vou continuar em busca de mais uma vitória, está claro que ainda não terminei aqui. Sinto-me muito honrado por fazer história neste esporte, que me deu tudo na vida”.
“Sinto-me bem. Sempre tenho grandes expectativas e sei que posso jogar melhor a cada dia. Mas no fim das contas, são 12 sets disputados e 12 sets vencidos, então até agora está tudo positivo e sólido”, acrescenta o sérvio, que ainda não perdeu sets em Roland Garros e enfrenta o alemão Alexander Zverev nas quartas de final.
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Djokovic se tornou apenas o terceiro homem na história a alcançar 100 vitórias em um mesmo Grand Slam, juntando-se a Rafael Nadal também em Paris e a Roger Federer na grama de Wimbledon. “Fazer história neste esporte, que me deu tudo na vida, significa muito para mim”.
“Sempre tento fazer história onde posso… Em todos os torneios que disputo, todos os treinos, todas as partidas, e especialmente nos maiores torneios do mundo. Existe sempre uma oportunidade de construir mais história, e essa é uma das maiores motivações que tenho para continuar competindo, trabalhando e me aprimorando”.
Festa do PSG e dificuldade para voltar
O sérvio também falou sobre o episódio do último sábado, quando jogou à noite e teve dificuldades para retornar ao hotel, por conta das comemorações nas ruas de Paris pelo título do PSG na Liga dos Campeões da Europa. “Quero agradecer ao chefe de segurança, que não está aqui, mas foi incrível junto com sua equipe. Em certo momento, a situação estava bem tensa para voltarmos ao hotel. Eles chegaram a sugerir que talvez não voltássemos naquela noite e encontrássemos um lugar por perto para dormir, porque já era depois da meia-noite e havia bombas de gás, carros pegando fogo e outras situações perigosas na rua”.
“Nosso hotel fica perto do Arco do Triunfo, então tudo estava acontecendo ali por perto. No fim, conversamos, esperamos um pouco e decidimos ir. Acabou dando tudo certo, conseguimos chegar bem, mas estava bastante barulhento e com muitas coisas acontecendo do lado de fora”, contou o tricampeão em Paris. “De certa forma, é interessante observar da janela o que está acontecendo. Em algum momento, as coisas saíram do controle, mas dá pra entender, as pessoas estavam muito empolgadas. Foi o primeiro título de Liga dos Campeões para a cidade, uma das mais importantes do mundo. Então sim, todos estavam comemorando. E ainda estão. Acho que a festa vai durar vários dias”.
Inteligência artificial e notícia falsa
Durante a entrevista coletiva, Djokovic também foi questionado sobre uma publicação viral atribuída a ele nas redes sociais, dizendo que teria feito uma doação a um zelador de sua antiga escola. A história, no entanto, havia sido criada por inteligência artificial.
“Vou começar respondendo sobre a fake news. Acho que é parte do mundo em que vivemos hoje. Nos últimos 15 anos, com o crescimento das redes sociais, estamos mais suscetíveis a ver esse tipo de coisa acontecer”, comentou. “Parece que quem publica primeiro recebe mais atenção ou visualizações, ao invés de se preocupar em checar a credibilidade da fonte. Existe sempre o risco de que, se você não verifica e apenas tenta ser o primeiro, acabar divulgando algo falso”.
“Mas não quero me aprofundar muito nessa história do zelador. A única coisa que posso dizer é que tenho ajudado financeiramente a minha escola, mas é só isso. Não vou entrar em detalhes sobre quem ou quanto. Sinto que esse não é o lugar para isso, nem vejo motivo para falar mais. Mas sim, tento apoiar a escola sempre que posso, durante toda a minha carreira”.
Excelentes palavras do GOAT de ouro. Assisti a íntegra de sua entrevista coletiva como sempre e estou muito contente com a positividade e fome de vencer.
Agora vai ser pra valer, temos o número 3 e vice-campeão pela frente. Esta eu estou confiante que leva. A semifinal com Sinner já será parada duríssima, mais do que eventual final com Carlos Tevez Jr., creio eu.
De acordo, para o sérvio é mais difícil hoje bater o Sinner do que o Alcaraz.
Exato. Demos muito azar de Tevez. Jr. ter pego o número 2 logo antes do torneio.
Se for para Novak não levar e perder para Sinner na semi, preferia ver ele antes derrubar Alcaraz nas quartas, kkkkk.
Não apostaria nesse jogo do Djokovic com Zverev. Acho que pode ir para qualquer lado. O problema do Nole não é qualidade do jogo, mas manter a condição fisica durante o jogo e recuperar depois de jogos desgastantes. O positivo é que Djokovic teve 4 jogos vencidos com certa facilidade e pouco desgaste, então chega inteiro contra Zverev. Por outro lado é o primeiro jogo que vai pegar contra um adversário que tem condições de endurecer o jogo, levar para 4 ou 5 sets ou até ganhar. Mesmo Djokovic ganhando deve chegar baleado na semi. Mas vamos ver, pode ser tipo a olimpíada, onde elevou o nivel e jogou como se tivesse 30 anos. Custou o resto da temporada mas levou o ouro.
Entendo seu ponto, Leonardo. Mas Zverev sempre pipoca nos Slams e Nole está focado. Eu aposto em 3×1 ou mesmo 3×0. Não acredito que chega a 5 sets.
Sérvio foi muito claro , muito motivado em TODOS os Torneios, para fazer mais história. 12 Sets vencidos até então. Dito isso , o Cara está ON , sem nenhuma lesão. Abs !
“especialmente nos maiores torneios do mundo”
Palavras do gênio. Desenhando: Grand Slams.
Uma das coisas que me chamam a atenção e que admiro em Djokovic é que depois de tudo que alcançou ainda encontra motivação e tenta se aprimorar . Muitas pessoas desistem dos sonhos e culpam outras pelo mal desempenho mas , arregaçar as mangas é pra quem tem propósito. Idemo Champion!
Em tempo: belíssima foto. A taça assistindo o maior campeão do torneio em atividade, ansiando ser erguida por ele mais uma vez.
Era a taça da Champions…
Sim. A de RG é bem diferente.
Percebi depois o equívoco, mas obrigado pela correção!
Dando um pouco de asas à imaginação, a foto ficou poética, ainda assim, kkkkk.
Disponha!
É, realmente ficou, rsrs.
Tudo na vida se faz a partir de uma boa saúde, s\dde se estar saudável. No momento parece que o Nole está saudável e isso permite a ele traçar novas metas e objetivos. Pelo jeito, continuando saudável, ele pensa em continuar a carreira até onde der, pra desespero de alguns. De 2024 pra cá, os maiores favoritos nos torneios são a dupla Sinner e Alcaraz. Tirando esses dois, acho que o Nole é o maior favorito, mas não com tanta vantagem. O que me parece mais importante é que ele está consciente dos seus limites e deve traçar estratégias para enfrentar os dois líderes da nova geração caso tenha oportunidade. Se acontecer esses confrontos, ele terá suas chances, acredito que na proporção 40% pra ele e 60% tanto para o italiano quanto para o espanhol, e a pressão maior estará sobre os garotos. Vamos ver o que aontece porque o Zverev não pode ser descartado.
Não passa do zverev vai perder de 3 a 0
Nervosismo?
O que mais me chama atenção na carreira desse gênio é o fato de aos 3.8, estar jogando contra adversários, que são seus maiores concorrentes, 16 anos mais novos e outro fato é que até hoje, seus outros maiores concorrentes – seus anti- torcedores brasileiros – atribuirem seus méritos aos seus parcos 5 anos mais para seu outrora segundo maior adversário.
Ele dá a cara a tapa mesmo, incrível, poderia estar em casa curtindo seus milhões e a família, mas ainda segue jogando a nível top 5 do mundo. É como ele mesmo disse, joga pelos recordes, fazer ainda mais história no esporte.
Não enfrenta ninguém 4-5 anos de diferença, que esteja entre os tops.
Em tempo: Federer também possui 102 vitórias na Austrália :-)
Tem que ter calma. Os recordes de longevidade ainda serão batidos. Não vejo ele aposentando antes disso. A não ser que passe a levar taca uma atrás da outra.