Em meio a mais um título importante, como o Master 1000 de Paris, novos recordes, conquistas históricas e a perspectiva de chegar ainda mais longe, Novak Djokovic revela-se preocupado com a opinião pública. É aquela história de que o sucesso incomoda muita gente. Em recente entrevista publicada no tabloide Kurir de Belgrado, Sérvia, repostado pela Eurosport, o número 1 do mundo demonstra uma mescla de orgulho e insatisfação, com a seguinte frase:
“I’am going for every possible record all that I can achieve, I’ve never had a problem saying that. That’s why people don’t like me”
Algo mais ou menos assim: vai buscar todos os recordes possíveis, nunca teve qualquer problema em admitir e por isso as pessoas não gostam dele.
Vejo a situação de Djokovic sob uma outra ótica. Afinal, ele surgiu como um estraga festa. Em meio a uma enorme idolatria e torcida para Roger Federer e Rafael Nadal, o sérvio chegou ganhando dos dois e vai seguir além do Fedal. É claro que algumas de suas atitudes são controvertidas. Assumiu uma postura fiel às suas convicções e até pagou bem caro por isso.
Por tudo isso, é claro que Djokovic tem uma torcida enorme ao redor do mundo. Com vitórias e gestos agradáveis ganhou a simpatia de um verdadeiro exército de fãs, muitos fanáticos. Mas também é evidente que tem contestações.
Acho curioso esta preocupação de Novak Djokovic. Será mesmo que ele não é tão querido? E o que isso poderia mudar o rumo de sua carreira? Segue fazendo enorme sucesso e conta com super patrocinadores, além de uma torcida entusiasmada.
Certo dia destes no clube, um bom tenista amador, Gustavo Aleixo, disse que se adversários como Carlos Alcaraz, Daniil Medvedev entrou outros, não encontrarem uma forma, Djokovic vai ganhar tudo daqui pra frente. E, não resta dúvida, de que o sérvio tende a estabelecer números ainda mais expressivos, quer gostem ou não.
Enfim, Djokovic vai estabelecer uma rivalidade muito forte diante de uma geração talentosa, sem dúvida. Jogadores excelentes e carismáticos, mas que, por ora, não demonstraram forças para deter o sérvio. Melhor para ele e fruto de um trabalho árduo, sem dívida nenhuma.