Moscou (Rússia) – Vice-presidente da Federação de Tênis do Cazaquistão, Yuri Polsky fez uma afirmação surpreendente em entrevista ao portal russo Championat. Ele disse que a situação financeira da WTA é muito ruim, que a entidade pode falir nos próximos anos se não conseguir contornar o rombo e que por isso é vista com bons olhos uma fusão com a ATP.
“Estão em uma situação muito ruim e podem até ir à falência em 2026 ou 2027 se sua condição financeira não mudar”, afirmou Polsky, explicando que a WTA está focada em aumentar o valor dos torneios maiores, o que torna os WTA 250 essencialmente irrelevantes. Ele também disse que uma fusão com a ATP está sendo seriamente considerada.
“Para a WTA é uma questão de sobrevivência, para a ATP é uma questão de reputação. Os líderes da ATP não querem que a WTA entre em colapso porque seria mal visto. A ATP está em boa situação financeira, o circuito tem reservas, os jogadores têm fundos de aposentadoria”, pontuou o dirigente cazaque.
“A ATP está explorando suas opções, a questão é: em que condições a fusão poderia ser alcançada? Não está claro qual seria a participação da ATP na fusão e até que ponto a ATP está disposta a subsidiar a WTA”, acrescentou.
Polsky também ressaltou a diferença financeira entre ATP e WTA, principalmente com a questão das premiações iguais para homens e mulheres. “Você tem que entender que a igualdade de prêmios em dinheiro não significa que a Billie Jean King Cup e a WTA Tour gerem as mesmas receitas que os equivalentes masculinos. A realidade é que o tênis masculino atrai um público maior”.
O dirigente cazaque acredita que uma união com a WTA poderia ajudar a arrecadar mais. “A ATP propõe reunir os direitos de mídia para vendê-los em um pacote de eventos conjuntos. As emissoras teriam que comprar os direitos dos torneios WTA se quisessem comprar os da ATP. Dessa forma, você inflaciona artificialmente o valor WTA”, observou.