Davydenko critica metodologia de treinos de Alcaraz

Alcaraz em Queen's.( Foto: LTA)

Volgogrado (Rússia) – As constantes lesões de Carlos Alcaraz nas últimas duas temporadas têm um motivo específico, ao menos para o ex-número 3 do mundo Nikolay Davydenko. Segundo o russo, o excesso de treinamentos físicos exaustivos usados não apenas pelo jovem de 20 anos, mas por toda a escola espanhola, tem contribuído para o atleta conviva com tantos problemas.

“Para mim, Alcaraz é muito estranho. Por que isso está acontecendo? Porque na escola espanhola de tênis há atividade física muito intensa. Eles se movem de forma irrealista, têm uma aptidão física sobrenatural e se concentram mais nisso do que no tênis. Para eles, o tênis fica em segundo plano. Dizem que primeiro é preciso correr e não se cansar, para depois rebater do outro lado da quadra”, disse o ex-profissional de 42 anos ao Championat.

“O corpo não aguenta essas sobrecargas. Claro que aos 20 anos é muito cedo para sofrer as primeiras lesões. Depois aparecerão outras e ele poderá desistir de um torneio porque algo aconteceu”, acrescentou Davydenko.

De fato, Alcaraz tem lidado com algumas frustrações em sua curta carreira por causa de lesões. Em 2022, ele precisou se retirar no meio do segundo set na partida de quartas de final do Masters 1000 de Paris, contra Holger Rune, devido a um problema abdominal. A situação foi grave o suficiente para lhe fazer desistir também da disputa do seu primeiro ATP Finals, em Turim.

Já no início desta temporada, o espanhol sofreu uma lesão de grau 1 na perna direita após o Rio Open e ficou de fora do ATP 500 de Acapulco. Em junho, fortes cãibras lhe prejudicaram na semifinal de Roland Garros contra Novak Djokovic, enquanto no segundo semestre uma lesão na planta do pé esquerdo e fadiga muscular motivaram Carlitos a sequer entrar em quadra no ATP 500 da Basileia.

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