Com leveza e sem pressão, Pigossi explica por que dupla fluiu mais

Florianópolis (SC) – A temporada de Laura Pigossi termina com uma conquista em casa, na chave de duplas do WTA 125 de Florianópolis. A brasileira conseguiu duas boas campanhas na modalidade nas últimas semanas do ano, já que também foi finalista em Buenos Aires. Ela acredita que o fato de ter jogado mais leve e sem pressão, especialmente no momento em que tinha um foco muito grande no circuito de simples.

“É uma sensação incrível poder ganhar meu primeiro título WTA de duplas aqui no Brasil, levar o Dompa pra casa, eu queria muito e poder conseguir esse título aqui pra mim é muito especial e poder fechar o ano com ele é muito especial”, disse Pigossi, após a conquista ao lado da polonesa Maja Chwalinska.

“Nessa gira eu não tinha parceira de dupla e a cada torneio eu conseguia minha parceira da semana seguinte. Acabei fazendo semi, final e agora campeã. Isso prova que quando você está preparada você pode pegar as oportunidades que aparecem e talvez eu estava tão focada nas simples, querendo tanto algo que as coisas na dupla acabaram fluindo mais”, acrescentou a paulistana de 30 anos, que havia parado ainda na segunda rodada de simples.

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“Isso mostra e levo como lição que as coisas podem acontecer mais naturalmente não só quando você se bitola em algo que você quer tanto que às vezes tem dúvida. O fato de eu ter curtido mais a dupla, ter jogado sem responsabilidade, ter realmente aproveitado cada segundo, levo como um aprendizado para simples”, complementou a número 2 do Brasil e ex-top 100, que deverá terminar a temporada na 160ª posição.

Adaptação à quadra coberta e meta para 2025

Depois de uma longa espera por chuva, a final de duplas precisou ser disputada em quadra coberta. Pigossi e Chwalinska venceram a italiana Nicole Fossa Huergo e a ucraniana Valeriya Strakhova por 7/6 (7-3) e 6/3. “As adversidades sempre acontecem, mas tivemos que adaptar muito nosso jogo para esse tipo de quadra, não favorecia tanto e isso faz a gente uma parceria mais completa”. E a jovem polonesa de 23 anos comemorou a conquista e se divertiu com o troféu. “Eu amei jogar aqui. Foi a primeira vez que eu e a Laura juntas e nunca tinha levado um troféu assim para casa. Esse troféu é o meu favorito. Vou deixar bem guardado na minha casa”.

Pigossi definiu seu planejamento para a temporada de 2025 e tem como meta entrar diretamente nas chaves de Grand Slam. “Treino duas semanas e já vou para a Austrália, ainda vou decidir onde vou jogar. Essa próxima semana descanso uns dias, quero poder jogar bem na Austrália e depois a gente vê. A meta para 2025 será poder entrar direto nos Grand Slams e fazer alguns ajustes, não só no jogo, mas mentais. Tem muita coisa que eu posso melhorar e isso vai me levar onde quero chegar”.