Madri (Espanha) – Nada como uma semana após a outra. No tênis, os jogadores vivem a possibilidade de dar a volta por cima a cada torneio e reescrever sua própria história. Depois de amargar quatro derrotas consecutivas sem vencer um único set, o russo Andrey Rublev demonstrou um grande poder de reação e agora está na final do Masters 1000 de Madri pela primeira vez na carreira.
Em entrevista para a RTVE, da Espanha, o atual número 8 do mundo falou sobre a vitória desta sexta-feira sobre Taylor Fritz por 6/4 e 6/3 e também sobre as diferentes sensações que tem experimentado na atual temporada até aqui.
“Foi uma partida muito difícil emocionalmente, ambos sentimos a pressão das semifinais. É incrível, mas isso é o bom do tênis. Uma semana pode mudar tudo porque a temporada pode não ter começado bem, mas ela é longa e mesmo que você não jogue bem em alguns torneios, em outros você pode fazer diferente. É normal que haja crises, nem sempre consigo jogar 100%”, destacou.
+ Clique aqui e siga o Canal do TenisBrasil no WhatsApp
Questionado se a força mental tem sido a chave para o sucesso nesta semana, o russo admitiu que sem isso não seria possível chegar tão longe no torneio. “Com certeza. Mentalmente tenho me sentido muito melhor. Consegui colocar as emoções na direção certa e isso me ajudou a estar na final. Sem isso, eu não estaria lá”, disse ainda em quadra após a classificação para sua quinta final de Masters 1000.
Russo descarta favoritismo na final
Já garantido na decisão do torneio, Rublev espera agora pelo vencedor do duelo entre o canadense Félix Auger-Aliassime, ex-top 6 e atual 35º do mundo, e o tcheco Jiri Lehecka, 31º colocado. Apesar de ter um ranking bem melhor do que seus possíveis adversários, o russo não se considera um franco favorito na disputa pelo seu segundo título neste nível, tentando repetir a conquista de Monte Carlo no ano passado.
“Não estou olhando dessa forma, porque sei que Félix já esteve entre os dez primeiros, ficou um tempo sem jogar no ano passado e agora está jogando cada vez melhor. Jogamos no início da temporada e ele quase ganhou, salvei não sei quantos match-points. Nas partidas anteriores ele também me venceu. Já o Lehecka ganhou o último jogo que fizemos em Indian Wells, ele me destruiu em dois sets sem dar nenhuma chance. Nunca olho o ranking porque conheço os caras e como eles jogam. Julgar pela classificação no tênis não funciona”, enfatizou.
É isso. Tênis é muito mental, e se ele não está em dia, as coisas ficam muito mais difíceis. Mas vamos ver até quando vai essa estabilidade dele.
Pra mim, ele é o favorito nessa final.
Sem dúvida nenhuma, mas precisa passar seu psicólogo a Bia!