PLACAR

Chegou enfim a “troca da guarda”?

Não faz muito tempo: quando Stefano Tsitsipas conquistou uma bela vitória sobre Roger Federer, o ex-campeão e atual comentarista de TV, John McEnroe, animado com o bonito e eficiente jogo do grego, decretou na entrevista após a partida “Changing of the guard”, ou seja, a troca da guarda, só que não. Mas hoje com a derrota de Novak Djokovic, nas semifinais, com Rafael Nadal lutando com seu corpo, a aposentadoria de Roger Federer e a espetacular vitória de Jannik Sinner, a nova geração estaria pronta para assumir o comando da tropa?

Ainda há muita água para rolar na carreira de Djokovic. Talvez, por isso, ao ser novamente questionado sobre a nova geração assumir a liderança do circuito, McEnroe foi bem mais reticente. E tem mesmo suas razões. Embora a dupla Sinner e Carlos Alcaraz já tenha levado troféus de Grand Slam, o grupo intermediário segue forte, com Daniil Medvedev, Alexander Zverev, entre outros. Mas fica, porém, a perspectiva de uma maior distribuição de conquistas em Slams.

Não acredito que os números do Big 3 venham a se repetir. São impressionantes as conquistas de Djoko, Nadal e Federer, além do longo tempo de domínio. Afinal, dá para contar nos dedos das mãos, os jogadores que furaram o domínio dos três ganhando troféus de Grand Slam.

E sem saudosismos, a chegada desta nova geração é bem-vinda. Quando Sinner apareceu no torneio da Next Gen ficou a perspectiva de um dia lutar pela liderança do ranking. Com Alcaraz, então, as coisas são ainda bem mais claras, sem falar do viking Holger Rune.

Também no feminino, apesar da boa vitória de Aryna Sabalenka, a chave do Aberto da Austrália esteve repleta de novas jogadoras, muitas ainda adolescentes alcançando a segunda semana da competição. Historicamente, entre as mulheres é mais comum o aparecimento de jovens talentos, como exemplos Monica Seles, Steffi Graf, Martina Hingis, entre outras que surgiram para substituir o domínio de Martina Navratilova ou Chris Evert.

O mais legal é que o tênis vem se renovando com qualidade, tanto no masculino, como no feminino. São novos ídolos chegando, todos super talentosos e que deixarão o público satisfeito com o nível das partidas.

16 Comentários
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Joselito
Joselito
5 meses atrás

Uai, a troca de guarda não aconteceu em Wimblendon?

Cabelo de Boneca 2024
Cabelo de Boneca 2024
5 meses atrás
Responder para  Joselito

Joselito chatolito, não chora não bebê

Samagal
Samagal
5 meses atrás

Será que o Pai do Djokovic vai pedir pra ele ir curtir a vida,
como fez irritantemente com o Federer ?

Leonardo
Leonardo
5 meses atrás

Não sou fã do Djokovic, mas ainda é cedo para falar em troca de guarda. Em 2023 fechou o ano com 3 dos 4GS, o finals e o numero 1, e de lambuja levou os M1000 de Cincinatti e Paris. Perdeu a semi do AO, mas é um jogo, em um dia excelente de Sinner e ruim do Djokovic, assim como perdeu a final de WB no ano passado e voltou ganhando o USO. É certo dizer estamos em up processo de transição. Os mais novos já chegaram, estão mordendo o calcanhar, ganhando GS, mas ainda não destronaram o atual rei – a que ponto cheguei, chamar o Cotonete de Rei… kkkkk.

André Aguiar
André Aguiar
5 meses atrás
Responder para  Leonardo

Foi mais ou menos o que disse a Caroline Garcia:
“I was scrolling a bit and
basically Djokovic was the GOAT 2 weeks ago, still so young, moving so well beyond of this age, going for an other Slam once again, a true inspiration. And now he is too old, we are in a complete new era, he is finished for tennis … this is funny”

SANDRO
SANDRO
5 meses atrás

Na verdade, é muito cedo para cometer o mesmo erro de TSITSIPAS…

Luiz Fabriciano
Luiz Fabriciano
5 meses atrás

Chiquinho, o nome é viking é Holger e não Roger.
E sobre o tênis bonito e eficiente do grego, sei não viu…

Alessandro Siqueira
Alessandro Siqueira
5 meses atrás
Responder para  Luiz Fabriciano

A maioria tende a valorizar o que é mais raro. Como a esquerda de uma mão virou uma raridade entre os tops, há quem queira ver mais beleza nela, dado que é subjetivo. Sobre a eficiência, não. Eficiência se mede de forma objetiva e está mais do que na cara que a esquerda com duas mãos funciona melhor e evita muitas “madeiradas”. A verdade é que o novo sempre vem e vence, por mais que o saudosismo queira dizer: “bom mesmo era no meu tempo”.

Wilson
Wilson
5 meses atrás

Troca de Guarda?
Quando Djoko parar de jogar ( uma pena ), vejo vários tenistas vencendo os torneios.
No momento atual, n temos ” o cara “.
Com a idade desses jovens, Federer, Nadal e Djoko, já mostravam que seriam os caras do tênis.
Os jogadores atuais são inconstantes.
Zverev e o grego são prova disso.
Alcaraz n consegue manter a performance, Sinner vive um bom momento, será duradouro?
Medmedev, qdo pensamos que vai, já voltou.
Enfim…
Teremos que aguardar.

Leonardo
Leonardo
5 meses atrás
Responder para  Wilson

Wilson, seu comentario não é 100% correto. Somente Nadal começou a ganhar GS antes dos 20 anos e aos 22 estava claro que ia dominar o saibro, mas ainda tinha inconsistencia nas outras superficies. Djokovic ganhou seu primeiro com 21 anos e 8 meses, e foi ganhar seu segundo GS 3 anos depos, aos 24, então na Idade do Sinner ou do Alcaraz, ainda não sinais que dominaria o tenis. Federer ganhou seu primeiro GS a 1 mes de completar 22 anos, aos 23 / 24se estabeleceu como um dos dominantes. Estão quando fala de Medvedev, Zverev eu até concordo. Quando fala de Alcaraz e Sinner não. Esses 2 estão num nivel muito similar ao big 3 aos 22 anos, e já mostram que vão ser os caras do tenis, mas ainda não são os caras, como o Big 3 ainda não era aos 22, estavam ali no processo de dominar.

Roger Porciuncula
Roger Porciuncula
5 meses atrás
Responder para  Leonardo

Apenas corrigindo: o sérvio ganhou o primeiro GS com 20 anos e 8 meses. Ele nasceu em 22/05/1987. Faturou o seu AUSOPEN em janeiro/2008.

Marcos Antonio Vargas Pereira
Marcos Antonio Vargas Pereira
5 meses atrás

Sou super fã do Big 3 sem ter um favorito, mas tenho algumas considerações , primeiro sobre a longevidade física dos dias atuais devido ao progresso da medicina e fisioterapia que trouxe números absurdos de vitórias e títulos dos 3 . Para comparação o Sampras teve 14 GS , mas aposentou com 31 anos , Borg venceu 11 GS e parou com 27 anos , para ficar nos dois. Sim está havendo a transição de gerações de forma mais consistente , nos ultimos anos tivemos o Thiem , o Medvedev , o Alcaraz e agora o Sinner vencendo GS. Ainda resta um combustível para o Djoko e menos para o Rafa , e certamente queimarão ainda alguma lenha , mas cada vez será mais dificil pra eles.

jorge miguel
jorge miguel
5 meses atrás

estou ouvindo falar da tal troca de guarda desde de 2010 ,e até agora nada
se juntar o que o alcaraz e o sinner conquistaram em grands slams foi o que o djokovic ,nadal e federer conquistaram em apenas um ano.
eles são bons ,mas não vão chegar nem perto do que esses caras conquistaram.

Marcos Antonio Vargas Pereira
Marcos Antonio Vargas Pereira
5 meses atrás
Responder para  jorge miguel

Entr 2010 e 2021 só o Cilic , o Murray e o Wawrinka furaram o Big 3 ou seja em 12 anos de disputa foram 6 GS que não ganharam , Em compensação de 2021 para cá ou 13 torneios já houve mais 4 campeões diferentes em 5 GS , pode até ser lento mas é um sinal consistente.

Astério Silva
Astério Silva
5 meses atrás

Perfeita análise ! Djoko só ganha mais UM Grand Slam esse ano, talvez na carreira. Disse que quer ir até os 40… não acredito, à medida que começar a perder com mais frequência, a vaidade vai fazê-lo se retirar, ele não aguenta, vai pedir tempo médico… hehe

Samuel
Samuel
5 meses atrás
Responder para  Astério Silva

Ele ganhou 24 Grand Slam pedindo tempo médico?

Jornalista especializado em tênis, com larga participação em diversos órgãos de divulgação, como TV Globo, SporTV, Grupo Bandeirantes de Comunicações e o jornal Estado de S. Paulo. Revela sua experiência com histórias de bastidores dos principais torneios mundiais. Já cobriu mais de 70 Grand Slams: 30 em Roland Garros; 21, no US Open; 18 em Wimbledon; e 5 no Australian Open.
Jornalista especializado em tênis, com larga participação em diversos órgãos de divulgação, como TV Globo, SporTV, Grupo Bandeirantes de Comunicações e o jornal Estado de S. Paulo. Revela sua experiência com histórias de bastidores dos principais torneios mundiais. Já cobriu mais de 70 Grand Slams: 30 em Roland Garros; 21, no US Open; 18 em Wimbledon; e 5 no Australian Open.

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