Brooksby derruba Tiafoe e conquista título inédito em Houston

Jenson Brooksby (Foto: US Clay)

Houston (EUA) – Com uma campanha inesquecível, eliminando dois top 20 em sequência, o norte-americano Jenson Brooksby conquistou neste domingo o ATP 250 de Houston. Na decisão, ele não tomou conta do compatriota Frances Tiafoe, segundo principal cabeça de chave, e marcou as parciais de 6/4 e 6/2, em 1h27 de partida, para comemorar o primeiro título da carreira.

Aos 24 anos de idade, Brooskby disputou sua quarta final de ATP e enfim alcançou uma conquista inédita. Curiosamente, todas as outras decisões que ele jogou foram em território norte-americano, ficando com o vice na grama de Newport em 2021 e nas quadras duras de Dallas e Atlanta, ambos em 2022. Além do triunfo sobre Tiafoe, 17º do mundo e cabeça 2, Jenson já havia derrotado o também americano Tommy Paul, 13º do ranking e principal inscrito da competição, na semifinal.

Outro feito impressionante de Brooksby é que ele se torna o primeiro jogador a furar o qualificatório e terminar como campeão em Houston, desde que o torneio se mudou para a cidade em 2001. Antes dele, em 2007, o argentino Mariano Zabaleta saiu da fase prévia e foi até a final, mas acabou perdendo o título para o croata Ivo Karlovic. O último jogador a jogar o quali e levantar o troféu na mesma edição foi o chileno Fernando Gonzalez, em 2000, quando o evento ainda era disputado em Orlando.

Ex-número 33 do ranking e apenas o 507º na lista desta semana, o norte-americano é agora o terceiro tenista com pior ranking a vencer um torneio da ATP, desde que o atual formato do circuito foi implementado em 1990. Ele fica atrás apenas do croata Marin Cilic, então 777º colocado ao triunfar em Hangzhou no ano passado, e do australiano Lleyton Hewitt, número 550 na conquista de Adelaide em 1998.

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A conquista inédita de Brooksby o coloca ao lado de outros cinco jogadores que alcançaram seu primeiro título de ATP em 2025, entre eles o francÊs Alexandre Muller (Hong Kong), o carioca João Fonseca (Buenos Aires), os tchecos Tomas Machac (Acapulco) e Jakub Mensik (Miami), e o italiano Flavio Cobolli, este último campeão também neste domingo, em Bucareste.

Com os 250 pontos obtidos nesta semana, Jenson Broosky vai dar um salto de mais de 300 posições, saindo do 507º para o 172º posto no ranking. De quebra, fatura um prêmio de US$ 103.455.

Por sua vez, Frances Tiafoe amarga o vice-campeonato em Charleston pelo segundo ano consecutivo. Campeão em 2023 sobre o argentino Tomas Etcheverry, ele perdeu a decisão de 2024 para o compatriota Ben Shelton. Além de sofrer a terceira derrota em três jogos para Jenson Brooksby, Tiafoe mantém um jejum de quase duas temporadas sem conquistas e tem agora o retrospecto de três vitórias e sete derrotas em finais. Ao menos ele se manterá firme na 17ª posição do ranking e levará para casa um cheque de US$ 60.350.

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Sergio
Sergio
16 horas atrás

Parabéns ao americano Janson. Parabéns também ao Tiafoe.

André Aguiar
André Aguiar
15 horas atrás

Os tenistas americanos (ou estadunidenses, como preferem alguns) aproveitam este único torneio na América do Norte disputado no saibro, onde não jogam os bons saibristas europeus e sul-americanos, para serem campeões ou somarem o máximo de pontos possível, já que na sequência da gira de saibro, na Europa, a tendência é eles serem meros coadjuvantes. Acho que o último a fazer uma graça por lá foi o Agassi há mais de 20 anos.

Marcelo Seri
Marcelo Seri
14 horas atrás
Responder para  André Aguiar

O Sampras ganhou Roma em 1994.
Mas o Agassi e o Sampras eram fora de série..

André Aguiar
André Aguiar
10 horas atrás
Responder para  Marcelo Seri

Sem dúvida, dois fora de série. Mas dos 64 títulos do Sampras, só 3 foram no saibro (Kitzbuhel, Atlanta e Roma). O Agassi teve mais sucesso. De um total de 60 títulos, ganhou 7 no saibro, sendo um deles em Roland Garros.
Mas na era aberta, o Courier foi, proporcionalmente, o melhor americano no saibro, onde conquistou 5 de seus 23 títulos, dois deles em Roland Garros. O Ivan Lendl ganhou RG 3 vezes, mas antes de naturalizar-se americano.

José Afonso
José Afonso
14 horas atrás

Deu ruim para o “Clown”.

Marcos RJ
Marcos RJ
14 horas atrás

Como diria a minha saudosa avó, em terra de cego quem tem um olho é rei. Com os americanos ocupando todas as vagas nas quartas de finais num torneio no saibro caseiro, essa era a melhor chance para o Brooksby faturar o 1o título. Foi bem merecido.

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