Roma (Itália) – A grande temporada do tênis italiano foi coroada com duas medalhas olímpicas nos Jogos de Paris, o bronze de Lorenzo Musetti nas simples masculinas e o ouro de Sara Errani e Jasmine Paolini nas duplas femininas. Tais conquistas não vieram por acaso e apenas premiam um país que vem se destacando cada vez mais no circuito.
Para o próprio presidente da Federação Italiana de Tênis e Padel, Angelo Binaghi, hoje a Itália é o país a ser batido na modalidade. “A Itália venceu no tênis com duas medalhas, uma de ouro e outra de bronze que vale tanto quanto ouro. Nós, que chegamos até aqui sem [Jannik] Sinner e [Matteo] Berrettini, somos a nação mais forte do mundo”, destacou o dirigente.
Binaghi também fez questão de enaltecer a conquista de Errani, que aos 37 anos de idade completou o Golden Slam nas duplas. Para o italiano, ela e o sérvio Novak Djokovic foram os grandes personagens desta edição no saibro parisiense. “O bronze de Lorenzo vale como ouro, pois na frente dele estavam dois alienígenas, Djokovic e Alcaraz. Ele foi o primeiro dos humanos . O ouro de Errani foi o reconhecimento de sua carreira, perseverança e paixão. Jasmine foi muito bem, mas estas são as Olimpíadas de dois gigantes, Djokovic e Sara Errani, pois hoje (domingo) ambos completaram o Golden Slam”, reforçou.
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Animado com o futuro, o presidente da FITP acredita que a Itália tomou hoje o lugar que até pouco tempo era ocupado pela Espanha no cenário internacional, revelando algumas das principais estrelas do circuito. Ele também destacou o trabalho da federação para a massificação do esporte no país, citando inclusive o canal de televisão aberta com programação 24h sobre tênis, criado pela própria entidade, que transmitirá ao vivo o US Open em todo o território nacional.
“Agora vamos pensar no US Open, chegaremos com força total. Para nós será o torneio mais importante. Somos agora a Espanha de antigamente. Vamos para Nova York com Sinner como número 1 do mundo, com Paolini como número 4 da corrida e com todos os demais em ótima forma. Já vimos o que Musetti fez em Paris e o que Berrettini fez em torneios anteriores. Simples masculinas e femininas, duplas masculinas e femininas, estamos em todo lugar. Quinze dias de grande tênis nos esperam”, disse empolgado ao Corriere dello Sport.
“E também temos o SuperTennis, que transmitirá todo o torneio em sinal aberto. É lastimável que o tênis na Itália não tenha isso o ano todo. O Parlamento e o Governo deveriam nos ajudar nesta batalha. Os italianos gostariam de ver o tênis todas as semanas, então vamos lutar para que o esporte se torne cada vez mais popular, para que o que aconteceu há trinta anos não aconteça novamente”, finalizou.
O Brasil só precisa de investimento na base onde estão os jogadores. O tênis brasileiro tem uma rica tradição e já produziu alguns dos maiores nomes do esporte mundial. No entanto, para que o país continue a se destacar e desenvolva novos talentos, é crucial que haja uma renovação significativa no modo como o esporte é promovido e apoiado. A dependência excessiva de patrocinadores e a falta de investimentos estruturais estão prejudicando o crescimento do tênis em suas bases.
Um dos principais obstáculos para a expansão do tênis no Brasil é a carência de infraestrutura adequada, especialmente nas periferias e regiões menos favorecidas. É fundamental que se invista na construção e manutenção de quadras de tênis nessas áreas, garantindo que todos os jovens tenham acesso a um ambiente adequado para a prática do esporte. As quadras devem ser acessíveis e bem equipadas, para que possam ser utilizadas de forma regular e contínua. Além das quadras, é necessário oferecer recursos e materiais de qualidade para os futuros tenistas. Isso inclui raquetes, bolas e uniformes, que muitas vezes são caros e inacessíveis para famílias de baixa renda. Programas de doação e parcerias com empresas podem ajudar a fornecer esses materiais essenciais. Além disso, a criação de centros de treinamento nas comunidades pode fornecer o suporte técnico e físico necessário para o desenvolvimento de novos talentos. A formação de treinadores qualificados é outro ponto crucial. Investir na educação e capacitação de profissionais que atuarão nas periferias é essencial para garantir que os jovens atletas recebam uma instrução adequada. Programas de desenvolvimento e cursos especializados podem ajudar a elevar o nível técnico e tático dos treinadores, o que, por sua vez, beneficiará os jogadores. Embora os patrocinadores desempenhem um papel importante no apoio ao esporte, não podemos depender exclusivamente deles. A sustentabilidade do tênis brasileiro requer uma abordagem mais estratégica e diversificada. Ações governamentais e parcerias com instituições de ensino e empresas podem ajudar a criar um sistema de apoio mais robusto e menos vulnerável a mudanças no mercado. A promoção da inclusão e diversidade no tênis é vital. O esporte deve ser acessível a todos, independentemente de sua origem social ou econômica. Programas de inclusão nas escolas e nas comunidades podem incentivar a prática do tênis desde cedo e ajudar a identificar e desenvolver novos talentos.
Abaixo a Mediocridade.
no geral concordo e procede a suas considerações;
A China que o diga (hj tem 7 tenistas mulheres entre as top-100… uma delas uma jovem de 21 anos com medalha de ouro , além de uma dupla mista (o Zgang-25anos e a Wang Xinyu-22 anos) com medalha de prata….
Por isso último, vou ter o atrevimento (rsrs) de discordar do Binaghi … É a China o pais mais forte no tênis (ou em todo caso, na altura de Italia)