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Bia: ‘Não é fácil lidar com tantas mudanças de bola’

Foto: Luiz Cândido/CBT

por Mário Sérgio Cruz, de Brasília

As mudanças constantes de bola ao longo da temporada têm sido uma preocupação recorrente de tenistas em ambos os circuitos. E Beatriz Haddad Maia passou recentemente por isso, na série de torneios que jogou na China. Em quatro semanas, nos torneios de Pequim, Hong Kong, Nanchang e também na campanha do título do Elite Trophy em Zhuhai, Bia teve que lidar com essas mudanças e adaptar os treinamentos e a rotina de movimentos em quadra para minimizar o risco de lesões.

“Para a gente não é fácil se adaptar a tantas mudanças de bola. Acho que principalmente as articulações do corpo sentem. Na fisioterapia, inclusive, algumas jogadoras estão tendo mais queixas de cotovelo, ombro e punho. Mas acho que estamos acostumadas”, disse Bia a TenisBrasil na coletiva de imprensa desta quinta-feira, antes do confronto contra a Coreia do Sul pelos playoffs da Billie Jean King Cup, em Brasília. Será seu último compromisso no circuito em 2023.

“Meu objetivo é sempre terminar o ano saudável e tenho que cuidar do corpo ao longo da temporada. Esse é sempre o meu primeiro ponto, porque é o que permite jogar a temporada inteira. Toda segunda-feira estamos mudando de cidade, de país e de continente. Não é só a bola, tem o piso, altitude e umidade. Tudo isso influencia”, avaliou a número 1 do Brasil e 11ª do mundo.

“Particularmente, eu tento fazer tudo o que está ao meu controle. Então se eu puder aumentar ou diminuir aqui para evitar algum incômodo ou para me sentir melhor na condição que estiver jogando, faço isso. A regra é para todas, a adaptação é para todo mundo. A gente tem que saber lidar com a realidade”, complementou a paulistana de 27 anos.

Apesar de o confronto contra as sul-coreanas ser em uma quadra de saibro, Bia destacou as condições mais rápidas, por conta da altitude de 1.172m da capital federal. Com a bola mais veloz, jogadoras mais agressivas e com golpes mais pesados, caso dela, podem prevalecer. “As condições são rápidas, sim. Brasília tem um pouquinho mais de altitude, um pouco mais que São Paulo que estou acostumada. Estou vindo da China que era no nível do mar, mas a gente tem que se preocupar em fazer o que está no nosso controle”.

Bia terá uma rodada dupla neste final de semana. Ela enfrenta nesta sexta-feira, por volta das 14h (de Brasília), a jovem sul-coreana de 20 anos Yeonwoo Ku, apenas 505ª do ranking. Já no sábado de manhã, ela volta à quadra às 10h para duelar contra Sohyun Park, 295ª colocada e tenista de melhor ranking entre as sul-coreanas convocadas para jogar no Brasil.

Além de Bia, o Brasil também conta com Laura Pigossi, Carol Meligeni, Luísa Stefani e Ingrid Martins. Em caso de vitória, irá ao Qualificatório Mundial de 2024, que por sua vez dá vaga na fase final da competição. “É mais uma semana especial fazer parte de um time que trabalha duro durante todo o ano para estar aqui. É tentar colocar de lado as dificuldades, desculpas e tudo aquilo que pode ser exterior e fazer o nosso melhor”.

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