Bia: “Consegui ficar forte mentalmente e não me boicotar”

Foto: Jeff Dean/USTA

Nova York (EUA) – Após a difícil vitória na estreia do US Open, Beatriz Haddad Maia destacou o equilíbrio emocional que teve para superar a britânica Sonay Kartal nesta terça-feira. A número 1 do Brasil e 22ª do ranking reconhece que não conseguiu jogar seu melhor tênis e valorizou o resultado positivo.

“Era um jogo importante. Não estou vindo de um ano de muitas vitórias ou conquistas. É claro que nem sempre a gente consegue jogar o nosso melhor, mas é importante ter essas vitórias quando as coisas não estão saindo bem ou quando temos essas oscilações que são totalmente normais no tênis”, disse Bia, em entrevista ao SporTV, após a vitória por 6/3, 1/6 e 6/1 contra Kartal.

“Comecei de uma forma muito boa. No segundo set, dei uma desconcentrada e acabei me equivocando um pouco mais. Mas no terceiro, o principal foi a luta interna. Em muitos momentos essa luta não é contra adversaria, é comigo mesma. E hoje estou muito feliz que eu consegui ficar forte mentalmente, não me boicotar e consegui ser muito positiva”, explicou a brasileira, que havia perdido da britânica em Indian Wells neste ano.

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“Fico feliz pela mentalidade que consegui apresentar, especialmente no final jogo, para conseguir vencer. É um Grand Slam e ninguém quer ir para casa na primeira rodada. E não tem nenhum motivo para a gente não querer deixar tudo na quadra. Quero melhorar para a próxima rodada, mas agora vou aproveitar essa vitória”, complementou a tenista, que chegou às quartas de final na edição passada.

Dificuldade nos úlimos games

Os últimos games da partida tiveram mais dificuldades para a brasileira. Depois de estar liderando o terceiro set por 4/0, Bia teve limitações em sua movimentação, que possibilitaram à rival devolver uma das quebras de serviço. Ela reforçou que não há nenhum tipo de lesão e que incidente ocorreu por fatores emocionais.

“Com certeza, vieram alguns fantasmas na cabeça. Todos nós temos. Estou num momento um pouco mais ansiosa e quando as coisas fluem menos naturalmente. E também vi que ela estava sentindo. Mas foi algo pontual e mental. Tanto que depois, eu terminei o jogo melhor, fui para a quadra e treinei mais um pouquinho. Fiz algumas coisas que eu preciso melhorar”, explicou.

Duelo com Golubic na segunda rodada

Bia enfrenta na segunda rodada a suíça Viktorija Golubic, de 32 anos e 72ª do ranking, que venceu a francesa Lois Boisson por 3/6, 7/6 (7-3) e 6/2. Ainda que a suíça lidere o histórico de confrontos por 4 a 1, a maioria dos confrontos foram entre 2013 e 2016 por competições da ITF. A brasileira venceu o duelo mais recente no WTA de Cleveland do ano passado. Golubic é uma das raras jogadoras que ainda usam o backhand de uma mão e adota um estilo com muitas variações.

“O mais legal é a gente tentar cada vez mais se construir. Acho que essa consciência está trazendo minha confiança de novo e estou me sentindo forte”, afirmou. “Minha adversária eu já conheço, a gente já jogou várias vezes. Eu perdi a maioria, mas ganhei a última. Mais uma vez, cada jogo é um jogo. Estou animada e motivada, não só pensando na próxima rodada, mas também para o final da temporada e a sequência da minha carreira”.

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Rockton
Rockton
1 mês atrás

Gente! Bia já fez muito pelo tênis brasileiro. Mas , fla sério, ela está em uma realidade paralela. Conseguiu “ficar forte mentalmente” é piada .
O amarelão estava tão grande que em vários momentos do jogo ela sacou mais lento que a terceira classe lá do Clube.

Paulo A.
Paulo A.
1 mês atrás
Responder para  Rockton

É cada beócio por aqui…

Juscelino
Juscelino
1 mês atrás

As vezes, o que importa é a vitória. Mesmo não jogando bem.
Valeu, Bia.

Adalberto
Adalberto
1 mês atrás
Responder para  Juscelino

Verdade!

Sliceman
Sliceman
1 mês atrás

Bia sendo Bia. Estas entrevistas da Bia, revelam uma fraqueza mental e até uma ingenuidade. A vibração dela é uma demonstração de imaturidade. Ela mesmo confessa que tem problemas de concentração e mental

SDR
SDR
1 mês atrás
Responder para  Sliceman

Acho que o excesso de preocupação com o tal do “mental” tá gerando muita fraqueza mental.

Porkuat
Porkuat
1 mês atrás
Responder para  Sliceman

“Bia sendo Bia”, a Bia deveria ser quem na entrevista ? O “sliceman”??

Jorge Luiz
Jorge Luiz
1 mês atrás

Enquanto não trocar o técnico…

Ramires
Ramires
1 mês atrás

Perai gente, nn entendi, ela tava sem conseguir se mexer basicamente e sem conseguir sacar e ela voltou pra quadra? Alguém pode me explicar oq pode ter acontecido por favor

Welington Balbino
Welington Balbino
1 mês atrás
Responder para  Ramires

Eu assisti o jogo inteiro e nem eu entendi direito até agora kkkkk

Marco Rodrigues
Marco Rodrigues
1 mês atrás
Responder para  Welington Balbino

Lembro de uma partida da Davis, em 2004, em que o Marcos Daniel “travou” contra um paraguaio, tendo cãibras em praticamente todos os músculos do corpo, logo após quebrar o serviço do adversário. Não conseguia parar em pé. Perdeu o game de serviço por violação de tempo para sacar. E perdeu o jogo em seguida. Foi puramente mental, nenhum problema físico. A cabeça prega umas peças esquisitas no corpo. Foi o que aconteceu com a Bia ontem.

André Borges
André Borges
1 mês atrás
Responder para  Marco Rodrigues

Vi um challenger em SP que o Franco Ferreiro travou em cãibras, mas voltou pro jogo. Isso mexeu com o adversário (que se não me engano era o Marcos Baghdatis) que passou a errar quase tudo. Ferreiro mesmo travado ainda ganhou um game antes de desistir.

Foger Rederer
Foger Rederer
1 mês atrás
Responder para  André Borges

O Bellucinho perdeu uma final em Houston pro Steve Johnson com o adversário com a perna travada de cãibras.

SDR
SDR
1 mês atrás

jogando bem ou mal, vencendo ou perdendo, vou torcer do mesmo jeito. Que a Bia e o Fonseca consigam ir longe nesse SLAM.

Canicus
Canicus
1 mês atrás

Esse “problema físico” que Bia teve é na verdade um padrão emocional. Já aconteceu várias vezes antes. É só ela ver a oponente sofrendo e mancando que ela espelha e começa a sofrer do mesmo mal tb. Daí começa a fazer DFs e saca por baixo pra entregar logo o ouro. Nao é possível que ela e seu entorno não solucionem essa grande deficiência psicológica adicionando uma profissional pra saúde mental viajando junta o ano inteiro.
O jogo da próxima oponente da Bia consegue ser pior ainda. Ou seja, se Bia evitar as bizarrices mentais terá boa chance de ganhar. VQV.

Sergio
Sergio
1 mês atrás
Responder para  Canicus

Rapaz, acho que você acertou na mosca. Como vários por aqui eu não entendi nada do que aconteceu neste jogo. Jogo mais estranho que já vi. Mas acho que o problema emocional que você citou faz sentido mesmo. Porque a impressão inicial é de que o físico está ruim. Mas não. É o emocional agindo no físico como você bem citou.
Ainda assim parabenizo às duas tenistas pela luta até o final da partida. No final parecia que as duas estavam no limite mesmo. Parabéns pelo esforço hercúleo de superação das duas tenistas.

Paulo A.
Paulo A.
1 mês atrás

Bia maravilhosa, orgulho do tênis feminino nacional. E que carisma!

Realist
Realist
1 mês atrás

Essa menina não muda mesmo. Sempre os mesmos discursos, mesmo quando a adversária que perdeu pq se lesionou

João Pedro
João Pedro
1 mês atrás

Ufa! Ainda bem que no feminino só tem dois sets

Fabio Duarte
Fabio Duarte
1 mês atrás

A Bia venceu porque a adversária se lesionou,caso contrário teria perdido

Mauricio
Mauricio
1 mês atrás

Uma dúvida. Ela foi quebrada por uma jogadora lesionada?? É isso?? Sem ironia!!

Marcos Antonio Vargas Pereira
Marcos Antonio Vargas Pereira
1 mês atrás
Responder para  Mauricio

Em um game onde ela provavelmente sentiu caimbras e não conseguiu sacar e nem se movimentar. Os haters do pedaço só contam uma parte do ocorrido. E quando é o contrário como aconteceu em cincinatti, eles colocam em dúvida a lesão.

André Aguiar
André Aguiar
1 mês atrás

Gostei de ver a atuação e a postura da Bia no primeiro e no terceiro set.
Em relação aos últimos jogos, cometeu muito menos erros e foi resiliente no final, após sentir cãibras.

JClaudio
JClaudio
1 mês atrás

Acho tudo meio bizarro, os problemas psicológicos da tenista.
Ela vive do esporte que prática, é uma profissional, pode ganhar, perder.. até ela normalizou os problemas.

Haroldo
Haroldo
1 mês atrás

Parabéns Bia, um passo de cada vez. Vamos pra 2a.rodada. Você ja fez história muito linda no tenis brasileiro

André Borges
André Borges
1 mês atrás

Cara nada me irrita mais do q essas entrevistas toscas, de palavras ensaiadas, repetindo sempre os mesmos bordões. Parece standup comedy. Conseguiu ficar forte mentalmente e nao se boicotar no terceiro set. O que seria se boicotar? Arranjar um jeito de perder uma partida tendo uma adversária contundida do outro lado da quadra? 100or…

Miel Antunes
Miel Antunes
1 mês atrás
Responder para  André Borges

Rapaz, difícil torcer pra Bia. Essa história de ‘fantasmas emocionais’ complica… Lembrei da Naomi Osaka, que surtou depois de ter ganho USOpen contra a Serena. Mas a Bia sofre (na eminência) de ganhar um jogo de primeira rodada… É muita fragilidade. O torcedor faz o quê??

Marcus Dantas
Marcus Dantas
1 mês atrás

Detonou Bia.. agora é ir pra cima da proxima vitima..

andre dalla
andre dalla
1 mês atrás

O saque dela no terceiro set perdeu completamente a potência. O primeiro saque era bem colocado quando entrava, mas o segundo saque era completamente fraco. Ganhou isso que importa, mas preocupa o saque sem força, ainda bem que a adversária não aproveitou e também cansou. Torço muito pra Bia, mas com esse segundo saque ela vai sofrer muitas quebras.

Antônio Luiz Júnior
Antônio Luiz Júnior
1 mês atrás

Parei de avaliar Bia já faz algum tempo,” os fantasmas” que coabitam na sua cabeça, sempre existiram e sempre vão existir. Respeito muito maneira de ser de cada pessoa, e não serei eu quem vai elencar ou determinar suas falhas e fraquezas. Algumas reações dela, como os soquinhos no ar a todo momento, na minha opinião, revelam que ela precisa sempre de ser energizada, e muitas vezes nos parece uma bengala. teve uma primeira rodada t´pica de BIA, começou bem e caiu assustadoramente em seguida, retomando o jogo no terceiro set. Às vezes acontece o contrário. Vida que segue… Que venha a segunda rodada…

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