Bia assegura top 20 final pela terceira vez seguida

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O fantasma do problema lombar reapareceu e Bia Haddad Maia não conseguiu jogar mais do que três games contra Bianca Andreescu, em sua estreia em Tóquio. É a mesma contusão que a forçou a abandonar o duelo contra Elena Rybakina, em Wimbledon do ano passado, e semanas atrás em Toronto. Em todos os casos, sempre no primeiro set das partidas.

Com o calendário oficial encerrado, o problema se torna sua presença no duelo contra a Argentina na repescagem da BJK Cup, no saibro coberto do Ibirapuera, mas talvez uma única vitória seja o suficiente para classificar o Brasil para o quali mundial de 2025.

A boa notícia é que terminará pela terceira temporada consecutiva entre as 20 melhores do mundo, regularidade expressiva. Terminou como 15ª em 2022 e 11ª no ano passado. No momento, ela é a 16ª, mas cairá uma posição se Diana Shnaider for à semi de Tóquio. No geral da carreira, é a quinta vez que encerrará o calendário entre as top 100, repetindo 2021 e 2017.

E os rapazes…

– Thiago Wild passou o quali de Viena com duas ótimas vitórias – e sacando muito bem -, mas parou no embalado Karen Khachanov, campeão de Almaty no domingo, num jogo em que o brasileiro demorou para pegar o ritmo da devolução e fez algumas trocas de bola incrivelmente pesadas com o ex-top 10 russo.

– Tem agora pequena chance de entrar no quali para o Masters 1000 de Paris, onde precisa de nove desistências, e também aguarda oportunidade de jogar Belgrado ou Metz, porém em ambos precisaria no momento jogar o quali. No ranking da temporada, que hoje é o mais realista, o paranaense está no 71º lugar e com um punhado de pontos, no caso uns 60, pode terminar o ano até no 65º.

– Recuperado do problema no punho, João Fonseca reaparece em Brest depois de dois meses exatos afastado do circuito regular (jogou muito bem apenas a Copa Davis). Fez ótima estreia no piso sintético coberto francês diante do experiente Kamil Majchrzak e nesta quinta-feira reencontra o britânico Billy Harris, para quem perdeu os dois duelos anteriores, sempre no terceiro set.

– Fonseca pretende fazer uma série forte pelos challengers europeus, o que inclui Bratislava na próxima semana e aí Helsinki e Lyon, onde está garantido na chave principal de ambos. Seriam pontos valiosos para buscar participação no Next Gen Finals, onde ocupa a sétima e última vaga direta, ameaçado de perto pelo bom espanhol Martin Landuluce, que também está na segunda rodada de Brest.

– Eliminado no quali da Basileia, Thiago Monteiro está em situação bem mais delicada. e pode fechar esta semana como 99º ou 100º colocado. Mesmo no ranking da temporada, que não descarta pontos de 2023, o canhoto cearense é o 94º, com apenas 32 pontos de vantagem sobre o número 100 e a mágica posição de quem pode assegurar vaga direta no Australian Open. Ele está apenas três vagas fora do quali de Bercy e, na semana seguinte, aparece dentro do quali de Metz. Mas como precaução, inscreveu-se no challenger de Montevidéu.

E lá em cima…

– Com a desistência de competir em Paris, Novak Djokovic coloca em risco sua presença no Finals de Turim e até mesmo no top 10. Pode perder o sexto posto na Corrida para Andrey Rublev e ainda vê Casper Ruud nos calcanhares, ainda que o norueguês siga colecionando derrotas. Alex de Minaur e Grigor Dimitrov permanecem 500 pontos atrás e Tommy Paul não aguentou o tranco e caiu cedo em Viena.

– As participantes do Finals feminino estão definidas: Sabalenka, Swiatek, Gauff, Paolini, Rybakina, Pegula e Zheng entraram pelo ranking e Krejcikova, como campeã de Slam. Sob nova direção, Iga chegará 216 pontos atrás do número 1 e pode muito bem recuperar o posto, quem sabe num duelo direto contra a bielorrussa, como aconteceu no ano passado em Guadalajara.

– Dominic Thiem disse adeus à carreira. Me deixa frustração, porque nunca imaginei que ele terminaria sem um título em Roland Garros. O saibro sempre foi um piso perfeito para seus golpes e poderio físico. Talvez tivesse levado o título de 2019 em cima de Rafael Nadal, não fosse a tumultuada semi de cinco sets contra Novak Djokovic, que tirou muito de suas pernas para o dia seguinte. Ao menos, faturou um estranho US Open da pandemia, teve duas chances de ganhar o Finals e outra em Melbourne, figurou como número 3 e mostrou que o backhand simples ainda poderia sobreviver no circuito. Deixou lição sobre como devemos nos preocupar com a saúde mental também dos tenistas de ponta.

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João Sawao ando
João Sawao ando
2 horas atrás

Parabéns Bia. Nossa super tenista que está aí. Vamos agora ao bjk cup

Carlos Alberto Ribeiro da Silv
Carlos Alberto Ribeiro da Silv
33 minutos atrás

A Bia é nossa cavaleira (ou amazona) solitária. Daí a grande pressão que sofre. Deve ser bem difícil administrar essa pressão. No jogo de hoje contra a Andreescu, após a desistência e abandono por lesão, teve gente que escreveu que a desistência dela teria sido um desrespeito com o público que pagou ingresso para assistir o jogo presencialmente e também com as pessoas que iriam assistir a partida pela televisão.

Paulista de 63 anos, é jornalista especializado em esporte há mais de 45 anos, com coberturas em Jogos Olímpicos e Copa do Mundo. Acompanha o circuito do tênis desde 1980, tendo editado a revista Tênis News. É o criador, proprietário e diretor editorial de TenisBrasil. Contato: joni@tenisbrasil.com.br
Paulista de 63 anos, é jornalista especializado em esporte há mais de 45 anos, com coberturas em Jogos Olímpicos e Copa do Mundo. Acompanha o circuito do tênis desde 1980, tendo editado a revista Tênis News. É o criador, proprietário e diretor editorial de TenisBrasil. Contato: joni@tenisbrasil.com.br

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