Paris (França) – Bia Haddad e Laura Siegemund venceram as japonesas Shuko Aoyama e Moyuka Uchijima, com parciais de 6/2 e 6/4, e avançaram para as oitavas de final em Roland Garros, feito inédito para a dupla. A brasileira e a alemã estiveram com o jogo sob controle e confirmaram o desempenho esperado, mesmo após boa recuperação da dupla adversária no segundo set.
A canhota paulista disse que gostaria de ter ajustado melhor o seu saque, mas não descartou sua atuação consistente, bem como a de Laura: “Foi uma partida dura. Elas têm qualidade. Tivemos altos e baixos no jogo, o que faz parte do tênis, mas trabalhamos muito bem e fomos disciplinadas”.
Bia relembrou confrontos prévios contra Aoyama, a quem chamou de “jogadora muito disciplinada e experiente”, e reconheceu certa inconsistência durante o segundo set, quando as japonesas largaram dois games à frente. Apesar disso, a brasileira não deixou de ressaltar os pontos fortes do jogo desempenhado por ela e Laura.
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“O jogo de tênis por si só é oscilante. É muito difícil ter um jogo linear, perfeito. Mas é claro que estávamos jogando em alto nível. Conseguimos usar bem as paralelas e fomos criativas. Elas tiveram o mérito de mudar. Nos momentos duros, aguentamos bastante. Podíamos ter perdido games em sequência no segundo set, mas conseguimos segurar. Fomos bastante competitivas e fico feliz pela forma como o jogo terminou, independentemente dos momentos em que as coisas não saíram como a gente queria. Hoje é dia de festejar”, comentou.
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Após a vitória, a tenista, que nesta sexta-feira completa 29 anos, detalhou os principais pontos de desenvolvimento das atletas de alto nível em que se tem espelhado, a fim de melhorar seu jogo.
“Hoje, o saque definitivamente é um golpe chave no tênis de alto nível. Dificilmente se vê jogadoras que não tenham uma entrada de ponto agressiva, desde o serviço até a devolução. Acredito que esse é um ponto que será cada vez mais importante para definir as partidas. O diferencial das melhores jogadoras é que conseguem conduzir o jogo em alto nível mesmo durante momentos difíceis. Não é que vão jogar o melhor winner da partida, mas vão fazer o que o jogo pede. Acho que se recuperam bem depois de um erro e logo já retomam o ritmo”, destacou.
Tênis feminino na América do Sul
Perguntada sobre os obstáculos impostos às atletas sul-americanas ao tentarem ingressar no circuito internacional, Bia aponta para a desigualdade de recursos e reforça a predominância do norte global sobre o tênis: “Por exemplo, uma mulher brasileira que queira disputar Roland Garros tem que jogar todo o circuito sul-americano, ter recursos e um patrocinador que a apoie para ir ao quali em Paris. Caso vença, consegue a credencial para se tornar jogadora profissional”.
“Quando começamos a falar de ambiente, estamos na Europa e tem ex-jogadores com academias e centros de treinamento. (Os jogadores europeus) pegam um trem de duas horas e podem treinar com uma pessoa que joga no mesmo nível, em alto nível internacional. Tem muitos torneios, desde os menores até os WTA e os Grand Slam”, declarou.
A fim de exaltar o tênis sul-americano, Bia mencionou nomes importantes no atual cenário, como María Lurdes Carlé, argentina de 25 anos e atual número 127 do mundo. A brasileira vislumbra um horizonte mais inclusivo para a América do Sul no tênis internacional e enxerga pequenos avanços recentes.
“Acredito que tudo isso é mais difícil para nós, mas estamos na luta e cada vez melhores. Já temos alguns torneios menores, como o WTA 250 de Bogotá. São muitas questões, mas estamos em um caminho bom e cada vez mais fortes. Quem sabe as sul-americanas terão mais oportunidades no futuro”, afirmou.
Parabéns pelo excelente resultado contra as japonesas!!! Parabéns por mais um aniversário!!! Muitas felicidades dentro e fora das quadras!!! O mais importante, pra mim, é te ver feliz dentro de quadra, independente de ganhar ou perder, seja você dentro de quadra, não dê ouvidos aos “haters” porque nenhum deles em uma população de mais 200 milhões de brasileiros tem os resultados que só você conquistou dentro das quadras de tênis, não passam de invejosos frustrados, e você minha querida Beatriz Haddad é muito mais que isso !!! Muito Obrigado por tudo Bia e seja feliz sempre !!!
Já ajudaria se não tomasse tanta R1
Acho que a vida é bem mais que R1s ou R10s não?
Meu camarada tira esse rancor, antes da atleta que atravessa uma fase difícil, mas é nossa melhor representante, existe um ser humano, pensa nisso antes de destilar veneno nesses comentários.
Feliz aniversário Beatriz!
Saúde e paz na sua vida!