Londres (Inglaterra) – A russa Mirra Andreeva, sétima cabeça de chave, aproveitou a experiência de chegar às quartas de final de Wimbledon pela primeira vez na carreira e está tentando tirar algumas lições da derrota para a suíça Belinda Bencic, em dois tiebreaks, principalmente a necessidade de ser um pouco mais agressiva.
“Estou triste por ter perdido, mas ela estava simplesmente jogando bem. Em algum momento, eu também senti que poderia ter jogado melhor, talvez um pouco mais focada, talvez menos erros, um pouco mais de agressividade. É um dia difícil, mas posso tirar muitas coisas positivas dessas duas semanas. Vamos seguir em frente e melhorar”, disse.
A tenista de 18 anos sentiu o seu jogo melhorando rodada após rodada durante os últimos 10 dias e percebeu que estava ganhando mais pontos quando conseguia ser mais agressiva. “Eu tentei ser mais agressiva. Obviamente, às vezes não funcionou, mas tentei tomar a iniciativa na quadra. Acho que meu jogo na rede melhorou também”, afirmou.
“No próximo treino, desde o começo, eu vou tentar focar em ser mais agressiva, tentar subir na quadra quando estou disputando pontos, talvez até mais voleios, também melhorar nisso, e continuar melhorando meu serviço e minhas devoluções”, completou.
Andreeva foi solicitada a filosofar sobre qual tipo de derrota é mais fácil de superar: uma fácil e rápida ou uma tão apertada quanto a desta quarta-feira, com dois tiebreaks?
“Se eu soubesse que vou perder e tivesse uma escolha, perder super fácil por 6/2, 6/2 ou por 7/6, 7/6, com algumas chances, não sei qual escolheria. Acho que é obviamente melhor perder como hoje (quarta-feira) porque também mostra o nível que estou. Também mostra o que posso melhorar”, disse.
“Acho que obviamente, das duas maneiras, você ficará super triste e decepcionada. Eu escolheria perder assim. Claro que eu poderia ter feito melhor em alguns pontos, mas, no geral, não foi uma partida ruim. Eu sinto que meu nível estava muito alto. Para mim, é melhor perder em dois tie breaks desse jeito”, acrescentou.
Congratulations on a great run at The Championships, Mirra 🫶#Wimbledon pic.twitter.com/sBHDrBh94I
— Wimbledon (@Wimbledon) July 9, 2025
Entre as memórias que guardará de Wimbledon, está o cartaz que produziu para apoiar a sua técnica, Conchita Martínez, no evento de lendas do All England Club e todos os morangos que comeu. Foram muitos morangos. “O clima foi ótimo. Eu amo jogar em Londres. Eu sinto que esse Slam é o mais tradicional, com toda a realeza vindo assistir, as roupas brancas. Eu não sei quantos quilos de morango eu já comi”, afirmou.
“Eu vou lembrar muita coisa desse torneio, especialmente o pôster para apoiar Conchita. Eu vou lembrar esses tiebreaks. Talvez a primeira coisa que eu faça quando voltar a treinar é jogar mil tiebreaks. A menos que eu vença um, não vou ficar feliz. Há muitas coisas legais que eu vou lembrar desse torneio”, encerrou.
Andreeva é sem duvida um fenomeno, mas sim, falta um pouco de agressividade e potencia. É jovem, mas tem que trabalhar nisso para não ser uma Caroline Wozniacki, que era excelente, chegou ao n.1, até se manteve, mas demorou para ganhar seu unico GS. Andreeva tem mais jogo que Caroline, mas tem que adicionar mais potencia.
Discordo quando referiu como a Woazniaki, pois a dinamarquesa não tinha ou não tem muita técnica e sim só força, sim eu concordo que falta um pouco de força nos ataques da Andreeva que se atingir a mesma firmeza da Barti, ambas têm técnica quase parecida mas a australiana tinha mais força com a direita, então se ela atingir isso fica com poucas falhas no seu jogo, mas também temos que lembrar que ela só tem 18 anos e pode evoluir um pouco nisso com tempo, mesmo assim vejo que fez um bom Winbledom perdendo no detalhe, ou seja,a experiência da Bencic fez a diferença no tiebreak é a mesma coisa do joão Fonseca que estão em processo de maturidade.
Bom, só vou fazer uma correção quando voce menciona que ela não tinha técnica, e sim só força. Wozniacki era excepcional nos contra ataques, usando mais a potencia das adversarias do que impondo sua ptópria força. Mas sim, variava pouco, os slices eram mais defensivos que estratégicos, e usava pouco dropshot. Na verdade pensando bem, a Iga Swiatek é como se fosse uma versão da Wozniacki, só que com potencia, e por isso tem 5GS enquanto a Wozniacki se aposentou com 1. Agora, voce também tem razão que a Mirra tem um pouco mais de variação, mas não muito, ela arrisca uns drop shots, umas idas à rede, mas no meu ver, não muito, E sim, é jovem como eu mesmo tinha ressaltado, e tem tempo para evoluir. Mas se realmente quer estar entre as ganhadoras de GS e brigar consistentemente pelo n.1, tem que trabalhar a potencia e agressividade.
Isso mesmo meu caro, mas sobre a Andreeva ainda tem tempo para se aperfeiçoar assim como o João Fonseca, pois ambos estão em processo de maturidade e se continuarem a evoluir podem sim chegar ao topo. Abraço!
A Andreeva que venceu Dubai e Indian Wells em sequência, não tem nada a ver com a do jogo de hoje! Ela foi muito passiva em momentos importantes! Mesmo assim foi uma grande campanha
Ela caiu de nível depois daquelas vitórias. Acho que a cabeça já começou a atrapalhar.