Aliassime e Rublev tentam coroar volta por cima com título

Andrey Rublev e Félix Auger-Aliassime (Foto: ABN AMRO Open)

Madri (Espanha) – Surpreendentes finalistas do Masters 1000 de Madri, Félix Auger-Aliassime e Andrey Rublev lutarão, a partir das 13h30 deste domingo, pela consagração de um ressurgimento improvável. Vindos de fases semelhantes em que nada lembram os seus melhores dias no circuito, o canadense e o russo terão chance de reescrever a própria história e quem sabe dar início a um novo capítulo na carreira.

De um lado, Aliassime chega mais descansado para a decisão, porém a falta de ritmo pode ser um complicador para o tenista de 23 anos, que não precisou jogar as quartas de final devido à desistência de Jannik Sinner e contou com o abandono de Jiri Lehecka na semi após apenas seis games disputados em 33 minutos. Seu último jogo completo aconteceu ainda na terça-feira contra Casper Ruud. Em seis rodadas até aqui, o canadense soma apenas 6h38 de tempo de quadra.

Acima de tudo isso, no entanto, não deve faltar motivação para um jogador que disputará sua primeira final de Masters 1000 e busca o maior título da carreira. Dono de cinco troféus no circuito, ele possui três conquistas de ATP 500 e outras duas em nível 250. Em Masters, havia feito duas semis, em Miami (2019) e Paris (2022).

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Retorno ao top 20 e fim da parceria com Toni Nadal

Mesmo que o título na Caixa Mágica não venha, Aliassime já tem garantido o seu retorno ao top 20 após seis meses. Atualmente na 35ª colocação do ranking, ele está subindo para o 20º lugar, mas pode ser o 17º se for campeão. Seu recorde pessoal é o sexto posto de novembro de 2022, naquela que foi de longe sua melhor temporada, com quatro conquistas e a participação inédita no ATP Finals.

Neste período, ele já era treinado pelo espanhol Toni Nadal, com quem trabalhou por exatos três anos e teve a parceria encerrada há poucas semanas. O canadense só confirmou a separação com o tio de Rafael Nadal agora em Madri, admitindo que o técnico não é mais parte ativa da equipe e que seu pai, Sam Aliassime, deverá participar mais da viagens e ser mais atuante no time.

Rublev coloca a cabeça no lugar encerra sequência ruim

Do outro lado da quadra estará um Andrey Rublev também em busca de redenção. Além dos maus resultados na temporada, vindo de quatro derrotas consecutivas sem ganhar um único set antes de chegar a Madri, o russo parecia perdido emocionalmente desde a desclassificação na semifinal do ATP 500 de Dubai, em fevereiro, após perder totalmente o controle em uma discussão com a arbitragem.

De lá até o início da disputa no saibro espanhol, ele só venceu uma única partida, na estreia do Masters 1000 de Indian Wells, contra o britânico Andy Murray. Para piorar, não conseguiu defender o título de Monte Carlo e caiu da sexta para a oitava posição no ranking.

Com a cabeça no lugar, conforme ele próprio admitiu nesta semana, Rublev vem jogando um tênis de alto nível na Caixa Mágica, batendo quatro cabeças de chave em cinco jogos disputados. A maior vitória, sem dúvidas, foi sobre o atual bicampeão Carlos Alcaraz nas quartas de final, aumentando sua hegemonia para 13 triunfos em 13 partidas sobre adversários espanhóis no saibro.

Russo busca o segundo Masters

Campeão em Monte Carlo no ano passado, o russo tem outras três decisões de Masters 1000 na carreira, ficando com o vice no Principado de Mônaco e Cincinnati em 2021 e também em Xangai em 2023. Aos 26 anos, ele possui 15 troféus na carreira, o mais recente deles na primeira semana da atual temporada, no ATP 250 de Hong Kong.

De todas as suas conquistas até o momento, Rublev foi campeão cinco vezes no saibro e dez sobre o piso duro. Desde o seu primeiro título no circuito, em 2017, ele só não levantou pelo menos um troféu em 2018, triunfando em todos os anos desde então. Com a campanha até a final, o russo está assumindo a sétima colocação do ranking, deixando para trás o grego Stefanos Tsitsipas. Se for campeão no domingo, ultrapassará também o norueguês Casper Ruud.

Rublev domina o confronto direto

Desde 2018, Félix Auger-Aliassime e Andrey Rublev se encontraram cinco vezes no circuito, e o russo levou a melhor em quatro oportunidades, inclusive na única partida disputada no saibro, nas oitavas de Umag em 2018. Ele também venceu no sintético de Adelaide em 2020, Marselha em 2022 e Roterdã em 2024. Já o canadense triunfou apenas em Roterdã há dois anos.

4 Comentários
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rafael luis
rafael luis
6 meses atrás

Rublev vai ganhar. Aliassime tem cabeca fraca.

Osvaldo
Osvaldo
6 meses atrás

se não abandonar por lesão, o russo é bem favorito pra essa final

Federer eterno GOAT
Federer eterno GOAT
6 meses atrás

torcendo pro Rublev abandonar amanhã… quem também tá ?

Yuri Anjos
Yuri Anjos
6 meses atrás

Vamos Andrey

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