Aliassime conta com nova desistência e faz final inédita

Foto: Corinne Dubreuil/ATP Tour

Madri (Espanha) – Pela terceira vez em seis rodadas neste Masters 1000 de Madri, Félix Auger-Aliassime foi beneficiado pela desistência de um adversário. Depois de ver o jovem Jakub Mensik abandonar ainda no segundo set do confronto da terceira fase e sequer precisar entrar em quadra para encarar o italiano Jannik Sinner nas quartas de final, o canadense agora disputou apenas seis games contra o tcheco Jiri Lehecka, que não pôde continuar no jogo com dores na região lombar, desistindo após apenas 33 minutos, quando o placar estava empatado em 3/3.

Com isso, Aliassime chega à sua primeira decisão de nível 1000 da carreira somando apenas 6h38 de tempo de quadra. Sua partida mais longa no saibro espanhol foi justamente na estreia contra o japonês Yoshihito Nishioka, precisando de 2h19 para vencer de virada. Ele também teve um longo duelo de 1h59 contra Casper Ruud nas oitavas, batendo o norueguês em sets diretos.

Dono de cinco títulos no circuito, o canadense de 23 anos possui três troféus de ATP 500 e outros dois da categoria 250. Em Masters, suas melhores campanhas haviam sido as semifinais de Miami em 2019 e Paris em 2022. Com o resultado nesta semana, ele garante o retorno ao top 20 após seis meses, saindo do atual 35º para o 20º lugar. Em caso de título no domingo, ganhará mais três colocações.

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Seu adversário na final em Madri será o russo Andrey Rublev, que derrotou na primeira semifinal do dia o norte-americano Taylor Fritz com o placar de 6/4 e 6/3. Aliassime tem retrospecto negativo de 4 a 1 diante do rival, e sua única vitória aconteceu há dois anos em Roterdã, de virada. Eles também só jogaram uma vez no saibro, e Rublev levou a melhor em três sets nas oitavas de Umag em 2018.

Aliassime repete feito de Djokovic em 2016

Contando com um pouco de sorte (e muito azar de seus colegas de profissão), Félix Auger-Aliassime se torna apenas o segundo tenista no atual circuito, que entrou em vigor em 1990, a chegar em uma decisão de campeonato com a desistência de três oponentes.

Antes dele, Novak Djokovic havia passado pela mesma situação no US Open de 2016. Naquela ocasião, o sérvio nem precisou enfrentar o tcheco Jiri Vesely na terceira rodada, viu o russo Mikhail Youzhny abandonar a partida de oitavas de final ainda no primeiro set e o francês Jo-Wilfried Tsonga se retirar do duelo nas quartas antes do início da terceira parcial. No fim, Nole acabou com o vice-campeonato, perdendo para o suíço Stan Wawrinka na final.

Lehecka iguala melhor ranking da carreira

Com uma campanha que também merece todos os elogios, depois de passar por dois jogos com duração de duas horas contra o cearense Thiago Monteiro e o espanhol Rafael Nadal, pentacampeão do torneio, Jiri Lehecka dará um bom salto de oito posições na próxima atualização do ranking. Com isso, ele igualará a melhor marca da carreira, o 23º posto, obtido em janeiro deste ano logo após a conquista do seu primeiro título, em Adelaide.

Também na atual temporada, o tcheco teve outras dois dois resultados de destaque, fazendo quartas no ATP 500 Dubai, onde também abandonou por lesão, e no Masters 1000 de Indian Wells. O tenista de 22 anos, inclusive, já havia se retirado dos torneios de Monte Carlo e Barcelona no mês passado devido a um problema na vértebra direita, voltando agora a sentir um incômodo lombar a menos de um mês para a disputa de Roland Garros.

 

35 Comentários
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Marcelo Reis
Marcelo Reis
7 meses atrás

Amigos, estamos numa pandemia de lesões? O que ocorre com esses meninos novinhos já “bichados”? E tudo em um torneio só! Que lástima! :(

YAN
YAN
7 meses atrás
Responder para  Marcelo Reis

Acho que você nao sabe muito bem o que está falando, amigo. Abraço.

Marcelo Reis
Marcelo Reis
7 meses atrás
Responder para  YAN

Então me explique, amigo. Estou sempre disposto a aprender!

Marcos Ribeiro
Marcos Ribeiro
7 meses atrás
Responder para  Marcelo Reis

Meu pitaco: Pode haver uma grande diferença entre ter uma lesão e estar bichado. Mas reconheço que as aspas no “bichado” amenizam esta confusão.

Marcelo Reis
Marcelo Reis
7 meses atrás
Responder para  Marcos Ribeiro

Isso. Eu me utilizei de hipérboles no meu texto.

Luis Ricardo
Luis Ricardo
7 meses atrás
Responder para  YAN

Sinner , Alcaraz , Lehecka , só “neste” torneio , .acho que quem não sabe o que está falando é vc sabidão !!!

Marcelo Reis
Marcelo Reis
7 meses atrás
Responder para  Luis Ricardo

Tem o Medvedev ainda, mas este já não é novinho rsrs. E o Mensik …

Marcelo Costa
Marcelo Costa
7 meses atrás
Responder para  Marcelo Reis

Desnecessário, mas ok, faz parte

Paulo Mala
Paulo Mala
7 meses atrás
Responder para  Marcelo Reis

Difícil encontrar o motivo, mas tem alguns pontos a considerar…
Saibro são pontos mais longos, o que desgasta mais com o esforço de repetição.
Torneios seguidos também é um fator. Tstsipas e Ruud que jogaram finais em Montecarlo e Barcelona, vieram mortos para Madri, como um exemplo.

Marcelo Reis
Marcelo Reis
7 meses atrás
Responder para  Paulo Mala

Faz sentido.

Rafael
Rafael
7 meses atrás
Responder para  Marcelo Reis

As várias trocas das bolinhas nos torneios vem sendo criticada faz tempo, mas só vão ouvir os jogadores quando começar a ter jogador em final com 3 jogos em 6 sem jogar… toda hora uma bola com peso, spin, durabilidade diferente, acabaco com qualquer jogador. Fora que Nadal e Djoko (e o murray tb) troxeram o tênis pra um novo paramar físico de pontos intermináveis com trocas de direção impossiveis com nivel de acerto sobre humano… os novinhos treinam pra isso desde sempre… corpo desgasta mesmo…

Márcio de Lima Coimbra
Márcio de Lima Coimbra
7 meses atrás
Responder para  Marcelo Reis

Preparação física.

Problemas nos quadrie que me recordo: Guga, Murray o Sinner…
Que intensidade essa turma é obrigada a jogar.
O Nadal é diferente. O apelido de touro reflete bem a maneira que jogava. Nenhum corpo aguenta isso por muito tempo.

Fábio
Fábio
7 meses atrás

Rublev se continuar controlando os nervos leva esse master mil, exceto se se lesionar, kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

YAN
YAN
7 meses atrás

Esse Masters de Madrid ta meio esquisito mesmo, muitas lesões e desistências, mas é a grande chance do FAA ganhar seu maior título até agora. Claro que o Rublev nervosinho é o favorito, mas não descarto em hipótese alguma as chances do canadense, pelo menos, tem minha torcida.

Carlos Alberto Ribeiro da Silva
Carlos Alberto Ribeiro da Silva
7 meses atrás

Pois é. O esporte de alto rendimento talvez extrapola os limites de ser saudável e talvez seja melhor os jogadores em atividade fazerem um planejamento de suas carreiras para não levarem sequelas para depois da aposentadoria.

Fernando S P
Fernando S P
7 meses atrás

Exato. Segundo alguns aqui, os tenistas que estão, por exemplo, lesionados ou com um déficit no preparo físico e precisam melhorá-lo entraram em ‘férias’. Conseguem fazer julgamentos sem possuir informações para tal.

Paulo Mala
Paulo Mala
7 meses atrás

Para quem pratica esporte mesmo em nivel nao alto, é normal ter lesões. No meu círculo de amizade de tenistas amadores com quem jogo, todo mundo tem algum probleminha no corpo, mas como gostamos de jogar, damos um jeito Kkk
Outro caso, futebol profissional. Veja quantos estão no departamento médico de um São Paulo ou um corinthians.
Só não se machuca quem fica no sofá.

Davi Cezar
Davi Cezar
7 meses atrás

Esporte de alto rendimento pouco tem relação com saúde. Aliás é bem o contrário. Tenistas desse nível vão ao limite cada vez mais cedo. E graças a evolução do esporte, medicina, nutrição, fisiologia eles tb vão mais longe por mais tempo. Ônus e bônus galera. Mas tem os super-homens né. Aqueles que tem “algo” a mais. Uma pena nesse torneio ter coincidido muitas lesões das feras aí.

Luciano
Luciano
7 meses atrás

Que pena, acredito que o título seria dele! Vinha jogando muito firme!

Davi Poiani
Davi Poiani
7 meses atrás

Bruxa solta é pouco. Soltaram a confraria medieval inteira… Se fosse os veteranos, tudo bem, mas a maioria são mais jovens com lesão: Sinner nem entrou em quadra, Alcaraz não vai jogar Roma, Medvedev e Mensik desistiram no meio da partida e agora Lehecka. Nunca vi isto.

Alguém da ATP tinha que chamar um padre ou uma benzedeira para tirar a zica deste torneio. Pelo jeito Nadal e Djoko vão ter caminhos mais abertos em Roma.

Marcos
Marcos
7 meses atrás
Responder para  Davi Poiani

POis então , esses dias eu estava pensando no assunto. FEDERER não se recuperou, nem o NADAL. Agora essa gurizada se arrebentando. Mas o DJOCKO, cujo tenis NÃO ME AGRADA, segue voando fisicamente. Agora sei , virá uma turma me chamar de negaciosta …

Davi Poiani
Davi Poiani
7 meses atrás
Responder para  Marcos

Com relação a este torneio, creio que seja uma conjunção de fatores que desenbocaram numa coincidência. Alcaraz tem um estilo de jogo que demanda bastante esforço (tal como Nadal), Sinner jogou muitas partidas nesta temporada (uma hora o corpo sente)… Enfim. Djokovic (cujo tênis sim me agrada, assim como me agrada o tênis de Federer, Nadal e outros), sabe se cuidar e por isto está nesta posição aos quase 37 anos.

Puxando o assunto, que é complexo, eu observo o seguinte: a medicina aguda, aquela que lida com emergências (tal como um acidente), cirurgias, etc, evoluiu muito, está cada dia mais avançada e há excelentes médicos, que salvam muitas vidas. Colocaria nesta categoria virtuosa a fisioterapia também, tanto a esportiva como a para pacientes em geral.

Por outro lado, a medicina crônica (do grego Cronos = tempo), aquela que lida com problemas que se desenvolvem durante um período, tem lá alguns êxitos mas é em grande medida medíocre, tendenciosa, vendida para as grandes corporações farmacêuticas. Médicos que mal olham para a cara do paciente, nem mesmo perguntam o que a pessoa come, se tem intolerância ou alergia a algum alimento. E já entopem a pessoa de medicamentos.

Eu cansei de passar por experiências pessoais em que esta medicina mais me atrapalhou e não ajudou em nada, nada! Lendo o livro de Djokovic em 2016, eu vim a descobrir que também tinha intolerância ao gluten e lácteos. Isto me ajudou muito e sou eternamente agradecido a este cara por isto.

Poderia passar o dia aqui contando casos meu e de conhecidos, que ficaram tomando remédios sem adiantar. A coisa se resolveu fazendo um ajuste na alimentação. Tive uma sinusite grave ano passado, a médica me receitou corticóide tópico e lavagem nasal. 3 meses e nada de resolver. Já não comia açucar refinado, mas eu estava consumindo 3 tâmaras por dia e duas colheres de mel (uma no chá e outra no suco), todo santo dia. Ou seja, puro açucar mesmo que de origem mais natural por assim dizer.

Assisti a live de um médico explicando como o excesso de açucar gera uma inflamação sistêmica que pode afetar o sistema respiratório através da corrente sanguinea (veja só)! O excesso de muco é o corpo tentando se livrar de um invasor inflamatório (no caso o açúcar). Foi só cortar o mel em excesso e as tâmaras que o problema resolveu.

Para concluir: se eu não me coloco a estudar o assunto, estaria até hoje pulando de médico em médico e me entupindo de remédios. Não à toa que eu fui muito desconfiado das v@x e preferi ter a liberdade de não tomar, ainda mais que eu tenho uma pancada de alergias (também não posso com ovos e castanhas, além de lácteos e gluten)… nada contra quem tomou, sou a favor da liberdade de escolha, assim como Djokovic teve o grande caráter de defender esta liberdade… A propósito, não há uma linha dele dizendo ser contra a v@x.

Claro que haverá casos em que remédios serão necessários. Mas é nítido para mim que os remédios alopáticos são super estimados na sociedade de hoje. Temos uma legião de pessoas dependentes de remédios, o que é uma aberração. Estudar o alimento que se coloca no corpo, as individualidades de cada um, ninguém quer né… é mais fácil tomar um comprimido. Mas um dia a fatura chega.

Hugo
Hugo
7 meses atrás

Rublev vai precisar de oração forte pra não lesionar kkk … Brincadeira à parte, que seja um bom jogo e que os lesionados voltem o quanto antes.

Marcos Ribeiro
Marcos Ribeiro
7 meses atrás
Responder para  Hugo

Boa. Felix deveria doar uma parte dos prêmios para uma Santa Casa da vida. rss
E o Rusguev pode mesmo estar correndo risco de ter uma lesão. kkk

Ana
Ana
7 meses atrás

Será que é porque o torneio agora tem duas semanas e com isso os jogadores jogam mais tempo?

Sergio
Sergio
7 meses atrás
Responder para  Ana

Pode ser…

Vera
Vera
7 meses atrás

Vichi. Ontem após lesão de Medvedev ainda falei: tomara que corra tudo bem na semi-final. E deu no que deu. Não falarei é nada na final. O bicho está pegando.

Mitzi
Mitzi
7 meses atrás
Responder para  Vera

Pois e’, pensei a mesma coisa! O torneio esta’ acabando zicado!

João Sawao ando
João Sawao ando
7 meses atrás

Rublev deve levar

Alexandre
Alexandre
7 meses atrás

Esse tcheco é um talento, principalmente na força física que imprime nos seus golpes e aí é que mora o perigo, pois para muita força é necessário também muita preparação da musculatura. Mas acredito q esse jogador ainda vai longe em muitos torneios….

Fernando Venezian
Fernando Venezian
7 meses atrás

Pô que triste! Se tinha alguém que merecia disputar a final, esse alguém era o tcheco!

Oscar
Oscar
7 meses atrás

Esse canadense é macumbeiro? kkkkk – 3 vitórias por desistências devidas a lesões, no mesmo torneio. Tive de fazer cerca de verificações seguidas para publicar este post, selecionando quase 50 quadrados nas figuras. Que exagero, UOL!

Marcelo Reis
Marcelo Reis
7 meses atrás
Responder para  Oscar

Comigo às vezes ocorre o mesmo!

Agora, o Félix vai chegar sem ritmo na final, penso assim. Acho que só um “pequeno milagre” para ele ganhar, mas … vai saber!

Guilherme Ribeiro
Guilherme Ribeiro
7 meses atrás

Aliassime está sortudo neste torneio. Que torneio cheio de desistências. 1º final de Master 1000 para o Aliassime, a 15º em torneios da ATP. Vai atrás do seu 6º titulo de ATP, o 1º no saibro.

André Aguiar
André Aguiar
7 meses atrás

Praga do Nadal: 72% (28 em 39) dos adversários que o venceram antes da final em torneios no saibro não foram campeões.

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