Agora é deslizar até Paris

Foto: Internazionali BNL d'Italia

Agora que o circuito feminino chegou ao saibro europeu, minha curiosidade ficou ainda mais aguçada para as imagens que virão nas próximas semanas, mostrando essa corrida do ouro.

Aryna Sabalenka conseguirá manter a sua posição de líder do ranking? Já são mais de três mil pontos à frente da Iga Swiatek, que por sua vez está precisando mesmo é se distanciar da terceira na lista, a norte-americana Jessica Pegula, que segue atrás por volta de 1300 pontos.

Será também que a promessa, aliás realidade russa de 17 anos, Mirra Andreeva, saberá encantar na terra batida? O que dizer da filipina Alexandra Eala, de 19 anos, que resolveu desabrochar no Miami Open?

Grande expectativa para essa “nova temporada”!

Estou curiosa também para saber se Swiatek é realmente uma especialista nesse piso. Afinal quatro títulos no saibro francês já são um resultado que chama a atenção. Na Era Aberta , como é chamado o início do profissionalismo no tênis, em 1968, entre as mulheres só a americana Chris Evert, recordista com sete títulos, Steffi Graf, com seis, e Justine Henin, com quatro, conseguiram esse feito.

Vale aqui um parênteses para relatar a minha “contribuição” numa das vitórias da Chris. Em 1983, ao procurar meu nome na chave, não posso negar o misto de decepção e alegria que senti ao me deparar com ela na primeira rodada. A expectativa de jogar na quadra central, e o nervosismo associado, afetaram meu sono até o dia do jogo. A distância das linhas de base para o final da quadra fazem com que o espaço pareça menor, mais o público nas arquibancadas, dão a sensação de um quadra infindável. Ali na ação, a consistência da adversária também era surpreendente. Embora suas vitórias não tenham sido consecutivas, Chris Evert era um fenômeno no saibro. Sua precisão e consistência, sem dúvida, marcaram época, levando o título nesse ano e em muitos outros.

Voltando agora à polonesa que, das quatro vitórias, nesse Grand Slam, três foram consecutivas, ela se junta nesse quesito à sérvia Mônica Seles e à belga Justine Henin. Realmente, um feito notável nos dias de hoje. onde vemos uma variedade enorme ao longo do ano de tenistas campeãs, nos mais diversos torneios, como ressaltei na coluna anterior.

É verdade que Iga já perdeu nas quartas no WTA 500 de Sttutgart, com atuação inferior à do ano passado, quando chegou até as semis, e é também verdade que as ameaças só aumentam, pela alta qualidade técnica e física das oponentes e essencialmente por ela não estar mostrando em quadra, seu melhor tênis.

Ironicamente, confiança é algo que se adquire com vitórias, mas vitórias só acontecem com confiança!

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Flávio
Flávio
3 horas atrás

Acompanho o relator (DALCIN).

Ex-tenista profissional e medalhista de prata nos Jogos Pan-Americanos na Cidade do México-1975, foi por 11 anos consecutivos a número 1 do Brasil e chegou ao top 50 em simples. Atualmente, possui 16 títulos mundiais no circuito Masters da ITF e ocupa os cargos de diretora executiva do Instituto Patrícia Medrado e líder do Comitê Esporte do Grupo Mulheres do Brasil.
Ex-tenista profissional e medalhista de prata nos Jogos Pan-Americanos na Cidade do México-1975, foi por 11 anos consecutivos a número 1 do Brasil e chegou ao top 50 em simples. Atualmente, possui 16 títulos mundiais no circuito Masters da ITF e ocupa os cargos de diretora executiva do Instituto Patrícia Medrado e líder do Comitê Esporte do Grupo Mulheres do Brasil.

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