O tênis feminino vive em constante evolução. As jogadoras encantando o público e cada dia mais bem preparadas.
O circuito é extremamente exigente. Torneios se sucedem ao longo do ano e é frenética a disputa por bons resultados.
Além da exaustiva rotina de treinos, impressiona as obrigações das tenistas com os eventos e com a organização que governa o tênis feminino – a WTA (Women Tennis Association). Isso inclui disponibilidade para testes antidoping em qualquer dia, incluindo férias, treinamento de mídia, entrevistas antes e pós jogos, coletiva de imprensa… Afinal, com o passar do tempo, a exposição do esporte tomou proporções inimagináveis.
Óbvio que para um fã, não deixa de ser uma grande oportunidade também de acompanhar não só os jogos mas conhecer a vida e opiniões das suas favoritas. E esse ano deu o que falar … o debate, embora já antigo, foi aberto pela tunisiana Ons Jabeur, ex 2 do mundo, hoje ocupando o 54º lugar.
E o tema foi a recorrente ausência de jogos femininos na sessão noturna de Roland Garros, que foi introduzida em 2021 com apenas quatro partidas entre mulheres, nesse horário “nobre”. As aspas se justificam porque os interessados precisam adquirir mais um ingresso para a sessão, o que acrescenta um bom bocado na receita do evento.
Pam Shriver, norte-americana, atual comentarista de TV, campeã de duplas ao lado da Martina Navratilova em 1985, 86 e 87 no saibro francês, também fez um pronunciamento muito impactante sobre o tema, lamentando o fato de a diretora do torneio, a francesa Amélie Mauresmo, não ter se posicionado, como mulher e ex-número 1 do mundo, a favor das mesmas, já que a briga por reconhecimento e igualdade, iniciada no início da década de 70, muito a beneficiou.
Vale lembrar que a bielorussa Aryna Sabalenka e a polonesa Iga Swiatek também se pronunciaram a favor da igualdade na programação, mas sem a devida ênfase. Meramente respostas protocolares – reação típica de quem se preocupa mais com sua própria história e menos com um legado.
Pessoalmente vivi um momento muito especial na história do tênis feminino, quando foi necessário romper com o sistema criado no início da era profissional, onde as primeiras premiações em dinheiro foram absurdamente dispares. As mulheres chegaram a ganhar nove vezes menos que os homens.
Foi necessária uma ruptura total, que contou com a participação de um grupo seleto de tenistas, intituladas “The Original Nine” para a criação de um circuito feminino, dando início também à era da equidade que, após grande mobilização, resultou na equiparação de prêmios em todos os Grand Slam.
Os argumentos atuais sobre um maior tempo de jogo e melhor espetáculo são facilmente derrubáveis. Julgar o valor de uma partida apenas pelo gênero dos participantes só mostra que a discriminação está longe de acabar. Acho muito válido portanto que os pleitos continuem e que a organização reavalie sua decisão.
Afinal, no país de um Grand Slam que homenageia duas mulheres com nomes de quadras Suzanne Lenglen e Simonne Mathieu, pelos feitos do passado, que acaba de vibrar em cada jogo da francesa Lois Boisson, e é capitaneado por uma diretora com um surpreendente currículo, não pode deixar de prestigiar seu próprio DNA!
Não vejo discriminação alguma, acho muito justo ser pago premiação igual, muito mi mi mi também atrapalha
Caro Jorge,
No blog comento sobre a discriminação pelo fato de não ter jogos femininos à noite .
Nisso vc tem razão, todos os slams estão fazendo isso?
Concordo com você, Jorge Luiz.
No entanto apenas não vemos porque somos homens, Meu caro e nâo vivenciamos este dia-a-dia de optessão na pele.
Nós vivenciamos do lado que oprime, e não do oprimido (onde ao menor sinal de levante, sâo imediatamente caladas por comentários de cunho machista, taxanfo de mi-mi-mi…), ou taxando quem apoia a queixa delas de “Feministo”.
Patricia, sempre sólida e consistente nas palavras, como era na quadra! pena que não escreve mais vezes.
A questão do jogo noturno tem uma lógica razoável..a duração de 1 jogo feminino pode ser muito curta..e colocar 2 jogos pode ser extensivo TB.. é um dilema.. não uma discriminação…. é claro que um jogo masculino TB pode ter uma duração curta…tenistas não querem jogar em horários tardios… Assim que vejo.
Rob!
Não acredito que seja um dilema. Acho até interessante assistir uma simples e uma dupla numa noite .
O tênis feminino tem muito adeptos . Alternar também enriquece a competição.
Meritocracia. Sem privilégios.É uma questão de atrair o público ou não. É muito mimimi e vitimização. Tudo é business.
Sim, porque o espaço aberto para as mulheres num mundo dominado por nós, homens, é realmente equânime e permite que elas concorram em efetiva igualdade, para atingir a tal “meritocracia”. Eu deveria ficar na minha, porque esse comentário seu deve ter vindo de um bot, mas às vezes não aguento tanta bobagem num lugar só.
A propósito, muito boa análise, Patrícia!
Será que os Slams – em pleno 2025 – ainda não contam com uma pesquisa de mercado junto aos espectadores, tanto presenciais quanto pela TV?
Acredito que é muito importante termos esses dados para orientar as decisões, pois agir sem isso impacta negativamente a experiência e o bem-estar dos consumidores como um todo.
Não é necessário perder tempo com “pesquisa de mercado”… A solução simples para isso é realizar Grand Slam feminino separado de Grand Slam masculino, em datas diferentes… Simples assim… Aí depois basta comparar qual deu mais lucro e qual deu mais público, inclusive qual deu mais público feminino, qual deles teve mais mulheres na platéia… Por exemplo, assim que terminasse Roland Garros masculino, começaria separado o Ro;and Garros feminino… Já que algumas mulheres se incomodam tanto com os homens e as partidas masculinas nos horários que elas querem, então para que fazer torneios masculinos e femininos juntos??? Aí,dessa forma simples, os homens “indesejados e discriminatórios” deixariam de atrapalhar as mulheres, não é mesmo??? E a “Ons Jabeur” poderia ter um torneio só dela, mas aí ela precisa jogar mais tênis para não ser eliminada de cara, não é???
Será que é viável? Os calendários da ATP e da WTA já são bastante cheios. Acho que as premiaçoes iriam cair também (acordos com TV e patrocinadores).
Mas parece uma boa ideia. As atletas femininas ganhariam atenção total durante o Slam. Eliminaria discussões e comparações.
Os Slams até poderiam mudar de cidade – poderiam criar eventos premium femininos.
Pois é Fernando S P, não sei se é viável, mas pelo menos não haveria mais motivo para quererem insistir em reclamar sobre disponibilidade de horário…
Seria ótimo para sentir o quanto o tênis feminino atrai o público. O Tênis é um negócio, e deveria funcionar como um, baseando suas decisões em dados e pesquisas de mercado. Não acho justo pagar o mesmo para homens e mulheres, deveria ser pago conforme a audiência/público de cada um. Se as mulheres atraem mais espectadores, devem ganhar mais, seria muito justo!
Caro Fernando
Você se sentiria mal assistindo a um jogo feminino? Precisamos romper com barreiras de gênero em todos os campos .
Mudanças implementadas sem considerar as preferências do público impactam negativamente a experiência dos espectadores. O caminho mais sustentável é o que respeita tanto os atletas quanto os consumidores.
Eu jamais assisto jogos femininos porquê acho sem graça, e mesmo no masculino, prefiro os jogadores que dão espetáculo, como Federer, Kyrgios, Monfils, Alcaraz, Meligeni, Bublik, Santoro – era divertido ver como ele encarava ludicamente as partidas… acho que muitos jogos masculinos são sem graça também, quando os jogadores ficam só trocando bolas de fundo sem variação.
Discriminação??? Que discriminação??? O público paga mais caro de acordo com a qualidade técnica do jogo apresentada dentro de quadra… Independente do gênero masculino ou feminino, da opção sexual hetero, homo. bi etc, da cor da pele negra, branca, amarela, parda etc, da religião cristã, islâmica, judaica, budista, ateu etc, da filosofia política direita, esquerda, centro etc, o que importa para o público de tênis é ver uma bela qualidade de técnica do tênis jogado dentro de quadra … Agora se for comparar a qualidade técnica das Finais “Coco x Sabalenka” e “Sinner x Alcaraz”, sem qualquer tipo de demagogia ou hipocrisia, qual delas teve melhor qualidade técnica??? Qual delas atrai maior público pagante??? Não bastasse exigir premiação igual para produtos de qualidade e duração diferentes (melhor de 3 sets x melhor de 5 sets) agora a reinvindicação é jogar no último horário??? Para resolver esse impasse, quem sabe se alternassem os dias do torneio com um dia só com partidas de simples masculinas e no dia seguinte só jogos de simples femininos desde a primeira até a última partida??? Quem paga mais caro oara assistir a última partida do dia, espera que ela seja a de melhor nível técnico possível…
Seu parámerro de “número de sets” é um parâmetro extremamente raso para definir “quem vale mais” e “quem vale menos” no mundo ténis e da mídia.
Não concordo com vc, achei o comentário do Sandro muito pertinente.
É, mas eu não achei não. Se o critério fosse.”dificuldade em jodar”, então teríamos que colocar na balança que a mulhe passar por fases de “mais dificuldade” em se mantér fisicamente surante o mês por causa das variações hormonai, que ela acumula responsabilidades com uma gestação, que proporcionalmente o peso da raquete dela é muito maior vs. a força que ela tem.
Portanto, a opinião de vo ês é quase um achismo.
Como mencionei a outro sem noção, é fácil dizer que trata-se de mi-mi-mi estando do lado opressor…
Mi mi mi seu tb
Esse ano a final feminina do australiano foi muito melhor que a masculina….ano passado IGA e Muchova TB foram excelentes em RG.
Caro Sandro,
Você está usando como comparação uma final histórica, inesquecível. Estou me referindo a jogos outros, realizados ao longo dos 15 dias. Reparou quantos 6/0 foram aplicados por homens durante o torneio? Quantas desistências no meio do jogo na chave masculina ?
O questão é apenas equilibrar a programação.
Ah! E ninguém paga antecipado! Não se sabe a qualidade do espetáculo antes dele acontecer !
Então, se separassem os torneios masculinos dos femininos não teria esse problema, não é mesmo? Assim como na futebol tem a Copa Do Mundo masculina separada da Copa Do Mundo feminina, Libertadores masculina separada da Libertadores feminina e os torneios de basquete masculinos também são separados dos torneios femininos, entre outros exemplos, não teria esse tipo de problema… As mulheres deveriam reinvindicar então, torneios de Grand Slam separados só para elas em datas diferentes do Grand Slam masculino… Aí diminuiria o risco de alguém pagar mais caro o horário nobre, para ver uma partida que não estava muito a fim de assistir… O que eu acho é que ninguém deve ser obrigado a assistir uma partida masculina, se não quer, e da mesma forma. ninguém deve ser obrigado a assistir a uma partida feminina se não quer…
Não vejo motivos para desabonar a francesa Amélie Mauresmo. Ela fez o que é melhor comercialmente para o slam continuar prosperando.
Temos de parar de segmentar pessoas com esse tipo de pensamento de mulher favorecendo mulher ou de homem favorecendo homem.
Se favorece o que o público que paga ingresso ou streaming e as vezes, só tem o horário nobre para assistir.
Bem, Realista… pregar o que vc prega é apoiar a manutenção do status Quo… e o status existente é extremamente.machista…
Não é machismo. E Isso não é sobre discussão de gênero. É sobre o público, que engloba tanto homens quanto mulheres. Eles tem de ser privilegiados em assistir o que mais lhe agrada.
Exato..claro..concordo.
Obviamente(!?!?) com apenas os homens opinando, certo???
O rapaz ainda não entendeu que é “negócio” e se busca dar ao público o que é mais rentável.
Basta ver o acontece na wnba com o fenômeno Caitlin Clark.
Perfeito, Patrícia! Muito frustrante isso ainda acontecer nos dias atuais.
Obrigada Rodrigo!
Quem acompanha o tênis feminino e aprecia, sabe da qualidade.
Qualidade tem, mas está anos luz da qualidade do tênis masculino, qual foi a emoção da final feminina? um jogo onde uma atacava (e errava) e outra defendia?
Nada a ver com discriminação. Pergunte ao público se preferem assistir no melhor horário final e semifinal feminina ou apenas uma semifinal masculina, para nao dizer a final que foi muito melhor.
Caro,
As finais foram realizadas durante o dia .
A questão aqui trata-se apenas de incluir jogos femininos na sessão noturna, ao longo das duas semanas do torneio como fazem os outros Grand Slams e torneios mistos.
É sempre o mesmo discurso vitimista. O tenis (G.S.) é negocio e quem determina a agenda de jogos é o interesse do público e das empresas que pagam pelo espetaculo. Ponto. Quer vantagens e privilégios maiores, crie o engajamento e interesse de quem paga. Simples assim. As mulheres só jogam os mesmos torneios q os homens pq lhes é favoravel. Pergunte se querem fazer separado… Desculpe Patrícia, vcs tão reclamando de barriga cheia. JA recebem bem mais do que entregam.
Pra começo de conversa, as mulheres deveriam então exigir primeiro que os jogos fossem em melhor de 3 sets em Grand Slams, pois igualdade tem que ser em tudo, certo?
Ninguém se interessa por um jogo que dura 40 minutos e termina 6-0 / 6-1.
O tênis masculino atrai mais patrocinadores e audiência, por isso deve sim ser colocado em horário nobre sempre.
A qualidade, técnica e emoção que um jogo de tênis masculino de alto nível apresenta, como na recente final de RG, é impossível de ser apresentada por duas jogadores de alto nível.
Caro Moreno,
As mulheres só jogam melhor de 3 pq assim está convencionado. Não haveria problema algum numa melhor de 5 mas não acredito que os promotores assim desejem já que em 15 dias, muitos jogos precisam caber na agenda dos eventos.
Você está comparando um jogo fácil de mulher com uma final histórica.
A questão aqui é colocar alguns jogos femininos à noite. Apenas isso!!!
Se você acompanhou o torneio, deve ter visto excelentes disputas entre as mulheres.
Caro moreno Jr.
Posso chama-lo Moreninho?
Então meu querido. Vamos falar sobre igualdade:
– 5 sets, força física devem ser igualados. E os homens também: amamentam, e tem variação hormonal todo mês… carregam gestação.. e aí teremos a tão aguardada igualdade com a qual você sonha e declama aos 4 cantos… Né, Moreninho ;- ):
Se levarmos em consideração o entretenimento, emoção e qualidade, não vejo nenhuma discriminação, mulheres passam menos tempo em quadra e ganham igual em slam, querem horário nobre sabendo que para cada 5 ingressos masculinos vende 1 feminino. Tem que pensar em melhorar antes de querer exigir alguma coisa.
Caro Pedro
De onde você tirou essa informação dos 5 para 1 ingressos?
Como o torneio sabe se não testou?
Os jogos femininos à noite foram durante a pandemia e não era permitida presença de espectadores.
Já se perguntou porque os outros Slams colocam mulheres à noite ?
Interessante, o nome do blog é Tênis com Elas, escrito por Patrícia Medrado.
Não tem um único comentário feminino (até o momento), apenas homens, combatente uma opinião de igualdade de oportunidades, apontada por Patrícia Medrado.
O espaço é machista, a luta é árdua.
Olá Cláudio ,
Você tem razão ! Vou buscar o público feminino para opinar. Esse espaço realmente é mais frequentado por homens.
Valeu pelo toque !!
Oi Claudio! Uma mulher aqui!
Achei muito interessante estes dados;
World No. 2 Coco Gauff’s French Open final victory over No. 1 Aryna Sabalenka averaged 1.5M viewers on TNT, a 94% increase year-over-year.
The Saturday morning match ranked as the most-watched Roland-Garros women’s singles final since 2016.
It also made inroads across key demographics, with viewers aged 25 to 54 up 105% over 2024.
TNT’s first-ever French Open broadcast outperformed past tournaments throughout the event’s two-week run, averaging 399,000 viewers from the early rounds through the finals — up 25% over 2024’s coverage.
The Paris-based Grand Slam additionally saw more than 800 million views across social platforms, delivering the most socially viewed tennis tournament by a media partner on record.
Previously aired on Comcast-owned NBC platforms, Warner Brothers-Discovery signed a 10-year, $650 million deal to acquire the tournament’s media rights last year.
Além de ser apaixonado por tênis feminino e masculino, amo dados, números!
Os dados parecerem serem positivos para o tênis feminino…
Cara Vanessa !
Nem sabia desses dados !
Obrigada por compartilhar .
Eu particularmente achei um jogo muito disputado e interessante de assistir.
Sabalenka cometeu muito erros sim mas n tirou o brilho da final que pelo placar final mostrou o equilíbrio entre as duas melhores do ranking .
Olá Vanessa.
A aposta do TNT Sports no tênis feminino é algo de peso (um contrato de dez anos).
Os números são muito bons, afinal é o primeiro ano de contrato.
Considero o tênis feminino muito atrativo, vejo com frequência.
O comentario tem relação com o ambiente (comentários) do blog, onde vemos um machismo muito forte (mesmo os culpados negando), um simples apontamento da Patricia, muito justo por sinal, desperta “instintos primitivos” nos companheiros.
Quando lemos demoradamente alguns comentários, percebemos que algo está fora de lugar.
Abs
Patrícia, por que a WTA até hoje tem um cúpula formada exclusivamente por homens? Isso não faz o menor sentido pra mim, não entra na minha cabeça.
Caro Gustavo
Essa informação não procede. A CEO da WTA é PORTIA ARCHER, desde agosto de 2024, com inclusive um currículo fabuloso, além de várias outras mulheres atuando em diferentes áreas da associação, como a Ashley Kerber , Amy Binder , entre outras.
Além de ser obrigatória a presença de uma jogadora representante.
Que bom que estou desatualizado. Procurei essa informação e a wikipedia ainda trazia esse equívoco. Obrigado pelo esclarecimento! Vamos torcer pelo sucesso do nosso WTA de setembro!
A questão é que o jogo feminino é ruim de assistir,simples assim , não que o masculino seja um primor ,mas uma número 1 como a sabalenka 70 erros não forçados foi duro de ver
O jogo feminino é ruim na sua opinião. Eu não acho isso. Os 70 erros não forçados foram principalmente por causa do vento. E depende de quem está do outro lado da quadra. Um jogo entre Relly Opelka e Giovanni Perricard, por exemplo, 2 super sacadores, será que é tããão bom assim de assistir?
Mauricio
Exatamente!
Existem jogos bons e outros ruins mas a final de Roland Garros promoveu grandes momentos com muito envolvimento do público .
Jmsa
Você tem todo o direito de não gostar do tênis feminino mas é complicado generalizar porque muita gente gosta e o resultado disso é o sucesso do WTA Tour com cada vez mais torneios ao longo do ano. Inclusive aqui no Brasil, já confirmado um WTA 250 em setembro.
Se tanta gente gosta do tenis feminino pq será que wta continua participando dos torneios junto da atp? Podiam fazer separado e poderiam escolher a agenda, vender o próprio espetáculo. Não fazem pq não vende tão bem… perderiam dinheiro, e público, e relevância…
Patricia, tirando um aparte a questão do machismo exacerbado de meia dúzia, gostaria de abrir um parênteses a esta discussâo:
– Após a aposentadoria da Serena, poucas lideranças ou jogadoras de grande carisma surgiram (excessão à Osaka?.. cite outros nomes, por favor), enquanto o masculino ainda colhe os frutos da intensa rivalidade surgida durante a dominância do Big4 e acho que o tênis feminino foi bastante ofuscado e por um período muito longo o que explica em parte a preferência do público pelo ténis masculino.
Acredito essa tendência recue conforme o Big4 (todos) se aposentarem e surgirem novas lideranças com mais carisma no tênis feminino e então automaticamente o tênis feminino retome certo protagonismo.
O fato é que no momento Alcaraz e Sinner colhem os ffrutos deixados pelo big4, mas talvez não tenham o carisma suficiente para mantér ele em alta (ou talvez tenham com o passar dos anos). Mas quem sabe??? Eu não arrisco…
Não arrisco mas torço por uma melhor.divisâo do tempo na TV sim.
E a discriminâo?? Pois é… – e como você bem frisou – está bem longe de terminar.
Saulo,
Os jogadores mais carismáticos são os mais rodados e maduros. O tênis está trazendo figuras muito novas e novas rivalidades estão surgindo. A era de ouro com os big 4 realmente acabou mas já surgiu um novo duo: Alcaraz/Sinner.
É interessante acompanhar o surgimento dos clássicos como foi o tempo da Navratilova/ Evert, Sampras/Agassi ….
No setor feminino de agora, quando parecia que continuaria a luta entre a Iga e Sabalenka, a polonesa passou a perder terreno. Confesso que estou surpresa com a evolução da Gauff e acho que ela vai sem dúvida incomodar a Bielorussa. Só não sei se na grama seu jogo vai aparecer em função do seu forehand com a empunhadura western.
Aliás, nem todos os Big4 são exatamente carismáticos e alguns chegam a ser bastante insossos mesmo, enquanto outros são infantilizados..
O que cativou a “meninada” foi a intensa rivalidade entre eles.
É indiscutível que o tênis masculino é mais competitivo, basta analisar um exemplo bem próximo de nós: com as deficiências de movimentação e no saque que tem, ainda assim Bia Maia se mantém no grupo das melhores do mundo. Já no tênis masculino, quem tem altura compensa as deficiências na movimentação com um saque potente, quem não tem altura e saque se salva com excelente movimentação, e se não tiver um desses requisitos, não se mantém no topo. Dessa forma, acho que a organização de RG está correta em colocar os jogos principais nos horários nobres. Para quem acha que é discriminação, lembro que muitos jogos de duplas são espetaculares, e mesmo assim não são colocados em horários ou quadras nobres, porquê não atraem tanto o público quanto as partidas de simples. Tudo gira em torno do dinheiro, as entidades investem muito em um torneio e buscam maximizar o retorno.
Caro Lúcio
Jamais saberemos se RG não tentar diversificar. Lembro mais uma vez que é o único Grand Slam que programa apanhas masculino na sessão noturna .
Australian e US Open não seguem esse padrão .
Será que o público desse ano não teria enchido a quadra para assistir uma semi finalista francesa ?
O Feminismo é mesmo a revolução mais longa da história e há ainda muito por conquistar!!!!
Maria Auxiliadora
Felizmente temos avançado muito mas o caminho é longo !
Isso mostra como a luta está longe de acabar. Mas acho que uma coisa que joga contra o tenis feminino é ser 3 sets nos Slams em vez de 5. Isso joga contra as mulheres, dizendo que elas são incapazes e merecem menos consideração por isso. A final de WTA finals nos anos 90 e começo do 2000 eram de 5 sets e geraram jogos incriveis. A final dos Slams pelo menos devia ser de 5 sets
Taigo
Muita gente acha cansativo assistir um jogo em melhor de 5 sets. Não acredito que o tempo de jogo enobreça o esporte.
E sim, as mulheres já provaram que podem jogar melhor de 5 só que é uma mudança difícil de acontecer pq os torneios já se organizaram dessa forma .
É taõ real, sintomático e latente o que a Patrícia escreve que basta…olhar para a qualidade ridícula de alguns comentários. Tiozões dizendo que “é mimimi, é querer privilégio (???)”.
Ridículos.
O machismo viceja.
Parabéns à articulista.
Valeu Rafael,
É uma questão de igualdade que ficaria muito simpático por parte de um dos torneios mais carismáticos do ano, ainda sob a direção de uma mulher .
Esse negócio de horário dos jogos, principalmente em grand slams, é basicamente manipulação de resultados. Nos slams, os medalhões só jogam no fresquinho da noite, enquanto os de ranking mais baixo tem que se esborrachar no sol do meio dia. Isso não é competir de igual para igual. Coloca até em dúvida esse negócio de Big 3.
Karl
Não acredito que seja . Apenas mais uma forma de arrecadar mais, criando a sessão noturna, que eh bem recente .
Olá Patrícia, você parece bastante aberta para essas discussões. Isso é importante! Minha pergunta é: porque devemos enxergar como uma falta de privilégio das mulheres não serem colocadas nos jogos noturno em RG? Se formos sinceros de verdade, as mulheres deveriam dar graças a Deus em poder participar nos mesmo eventos que os homens, diferente do que acontece fora dos grand slams. Pois como eu disse, se formos verdadeiramente sinceros, é difícil imaginar que a receita que elas geram seja maior ou igual a dos homens. Muito mais ainda numa era de Federer, Nadal e Djokovic que ainda joga atualmente.
Porque então não devemos dar a mesma premiação para as duplas, duplas mistas e cadeirantes? É tudo tão simples!!! Porque eles não trazem as mesmas receitas que as simples. E quem gera a maior receita na simples? Esse é um dado que nunca ninguém traz as claras. E simplesmente encerra qualquer discussão! A questão do horário nobre vai exatamente nessa direção. E as pessoas insistem em criar confusão erradamente.
Como? Os caras tem que jogar 05 sets e as mulheres são descriminadas?
Wanderlei
Vamos separar os assuntos . Melhor de 05 sets está convencionado há muito tempo. O tema aqui é uma particularidade do RG de não colocar jogos femininos na sessão noturna .
Patricia Medrado, tratando da questão da discriminação por idade no esporte e na vida:
Gostaria de compartilhar com você um exemplo que fala por si só sobre como a idade não limita talentos, nem apaga histórias que continuam por ser escritas.
A alemã Tatjana Maria, aos 37 anos, acaba de conquistar o maior título de sua carreira no WTA 500 do Queen’s Club Championships, em Londres, tornando-se a campeã mais velha desse torneio e a finalista mais experiente em um evento WTA 500 desde Serena Williams em 2020.
Tatjana não é apenas uma atleta de alto rendimento, é mãe de duas crianças, mulher resiliente, que saiu e voltou ao circuito duas vezes devido à maternidade e, mesmo assim, venceu com garra, superando não apenas adversárias, mas preconceitos que ainda insistem em associar idade à limitação.
Ela chegou às semifinais de Wimbledon em 2022, sendo a primeira mãe de dois filhos a fazer isso desde Margaret Court em 1975, e ainda fora do top 100. Esse feito não é apenas estatístico, é simbólico e poderoso: mostra que quando há competência, determinação e paixão, nenhuma linha de chegada é inalcançável.
A idade deveria ser celebrada como acúmulo de experiências, sabedoria e resistência, não como critério de descarte.
O que Tatjana fez e continua fazendo inspira não apenas mulheres no esporte, mas todas as pessoas que, em algum momento, ouviram que “já passou o tempo delas”.
Discriminar por idade, em qualquer área, é desconsiderar tudo o que se construiu e tudo o que ainda se pode construir.
Tatjana provou, com raquete na mão, com talento e fé em si.
Atenciosamente,
Carlos
Caro Carlos Roberto,
Também sou muito fã dela, remanescente de um estilo de jogo que não se encontra mais no circuito. Permaneceu fiel ao estilo e cada vez mais madura e experiente, conquistou esse título inédito !!!
Patricia, você vai lembrar da LIFT !!!!!!
Nós criamos em1975…….
A discriminação era inacreditável…….lembra
Prêmio em dinheiro…..só para homens……
Mas nós participamos no início da premiação para mulheres também aqui no Brasil!!!!
Ouvi, uma vez, num torneio que dizia que teria prêmio para o feminino, que era constrangedor dar prêmio para as mulheres !!!!!!!
Estes tempos evoluíram , mas graças a mulheres como você, que continuam cobrando igualdades….. PARABENS !!!!!
Oi Vanda!
Claro que me lembro com muito orgulho dessa nossa iniciativa e relembrar o resultado.
Uma proposta pioneira e de união !
Gosto de ler seus comentários por aqui.
Bj
Eu acredito que isso se dá, por conta da demanda/procura.
O Nadal, uma vez, respondeu uma repórter que, na moda, as modelos ganham muito mais que os modelos, e o motivo é muito simples: demanda/procura.
O jogo feminino é jogado em menos sets (nos Grand Slams), e pra quem paga ingresso, quanto mais tempo durar o entretenimento, melhor.
Caro Ricardo
Não acredito que tempo seja o melhor parâmetro para qualidade do espetáculo .
Já pensou no Usain Bolt?
Ab
Parabéns Patricia, alem de toda sua categoria nas argumentações, vc sempre super gentil com todos!
Valeu Oscar!!
Ab
Não tem discriminação nenhuma. Meritocracia. Nao se vitimizam nem inventem narrativas.