Swiatek não se preocupa que Wada possa apelar pedindo uma punição maior

Sydney (Austrália) – Em sua primeira aparição pública desde que teve o caso de doping divulgado, a polonesa Ia Swiatek não fugiu das perguntas sobre o ocorrido. Em entrevista coletiva antes da estreia na United Cup, a atual número 2 do mundo contou como lidou com tudo e falou como tem sentido a reação das pessoas, tanto na internet quanto ao seu redor no circuito.

“Acho que a resposta foi mais positiva do que eu pensava, as pessoas, em sua maioria delas, são compreensivas. Aquelas que leem os documentos e estão cientes de como o sistema funciona, sabem que eu não tive culpa e não tive influência no que estava acontecendo. Honestamente, não posso dizer objetivamente sobre a internet porque não tenho acessado muito”, disse a polonesa.

“Tento apenas seguir com minha vida e focar em coisas diferentes, em me preparar para a temporada e no tênis, porque essa é a melhor coisa que você pode fazer depois de um caso como esse. No meu caso, as informações foram divulgadas e eu estava com medo de que a maioria das pessoas virasse as costas para mim”, acrescentou Swiatek.

A vice-líder do ranking conta que tem se sentido bastante apoiada, e vê com naturalidades críticas contrárias. “Obviamente, haverá alguns comentários negativos e você não vai evitar isso. É algo que sempre vai nos seguir, não importa o que aconteça em nossas vidas. Somos pessoas públicas”, afirmou a polonesa.

Questionada sobre a preocupação sobre um possível apelo da Agência Mundial Antidoping (Wada) como no caso do italiano Jannik Sinner, ela acredita que não vá acontecer. “Não acho que haja razão alguma porque eu não joguei três torneios. Fui suspensa por um longo tempo e perdi o número 1, por causa disso”, pontuou Iga.

“Dei todas as evidências possíveis e não há muito, honestamente, o que fazer mais. Então eu não sei, não há sentido em fazer um apelo. Acho que todo esse processo foi bem abstrato e às vezes difícil de entender de um ponto de vista onde você não pensa sobre a lei e tudo mais. Então, não estou esperando um recurso, mas não tenho nenhuma influência sobre o que vai acontecer”, acrescentou a polonesa.