Brasil vai fechar a temporada com quatro dentro do top 150 da ATP

Londres (Inglaterra) – Com torneios menores ainda a serem disputados, a temporada de 2024 pode ter algumas mudanças na parte de baixo do ranking, mas as posições mais altas não irão mais ser alteradas nas próximas semanas. O Brasil fechará o ano com quatro representantes no top 150 da ATP, sendo apenas um deles no top 100: o paranaense Thiago Wild.

Atual 74º do mundo, Wild somou 732 pontos no decorrer da temporada e se mostrou o mais consistente do país no ano. O próximo da lista é o cearense Thiago Monteiro, que por muito tempo esteve com pontuação similar à do paranaense, mas perdeu rendimento na reta final e acabou caindo no ranking, saiu do top 100 e fechou sua temporada 2024 ocupando a 109ª colocação.

O número 3 do Brasil é a principal aposta para o futuro, o carioca João Fonseca, que com apenas 18 anos se garantiu dentro dos 150 do mundo e aparece na 145ª posição. Seu bom desempenho na temporada lhe rendeu classificação para o Next Gen Finals, que será realizado de 18 a 22 de dezembro no King Abdullah Sports City em Jeddah, Arábia Saudita.

Fechando a lista dos quatro tenistas nacionais dentro do top 150, logo atrás de Fonseca aparece o campineiro Felipe Meligeni, que ficou por muito tempo como o terceiro melhor do país e terminou o ano em quarto, ocupando o 149º lugar na ATP. O tenista de 26 anos chegou a ser o 128º do mundo no começo da temporada, mas terminou algumas colocações abaixo.

Veja como está o top 10 dos brasileiros na ATP:

Thiago Wild – 74º
Thiago Monteiro – 109º
João Fonseca – 145º
Felipe Meligeni – 149º
Gustavo Heide – 173º
Karue Sell – 259º
Mateus Alves – 281º
Matheus Pucinelli – 303º
Daniel Silva – 304º (+1)
Pedro Sakamoto – 336º (+1)

9 Comentários
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Oscar Riote
Oscar Riote
1 mês atrás

É uma evolução sobre os ultimos anos! Mas acredito que Monteiro e Meligeni não consigam se manter dentro do top150.
Heide se jogar mais torneios pode chegar nos 150. O Sell vem galgando espaços e tem boa técnica, pode chegar nesse patamar.

Walter
Walter
1 mês atrás
Responder para  Oscar Riote

De acordo

JClaudio
JClaudio
1 mês atrás

Num país onde quase 3 milhões de pessoas praticam o tênis, 33 mil jogadores federados, quase 5 mil clubes de tênis, 7 mil técnicos de tênis.
O resultado na ponta é sofrível.

Neri Malheiros
Neri Malheiros
1 mês atrás
Responder para  JClaudio

Independentemente dos números citados, me parece que o mais importante nessa equação sejam os projetos de longo prazo, os investimentos de ordem financeira e técnica em categorias de base, equipamentos esportivos e em divulgação e popularização de um esporte que ainda tem a elite como foco e centro de gravidade.

Visto por esse ângulo, não dá para dizer que os resultados são pífios ‘no país do futebol’. Proporcionalmente, vejo como mais sofrível a situação do tênis dos EUA, que no circuito masculino tem ficado distante do topo há quase duas décadas apesar da longa tradição, maior número populacional e um incomparável volume de investimentos em todos os níveis.

JClaudio
JClaudio
1 mês atrás
Responder para  Neri Malheiros

Olá, o Estados Unidos é o país que tem mais jogadores entre os cem primeiros (17 tenistas, empatado com a Espanha).
Entre os 200, são 39 jogadores (16 a mais que a Espanha).
Ranqueados são mais de 250 tenistas.
Os americanos são a maior potência mundial do tênis, o ranking reflete isso.
A comparação é ruim, os americanos podem não ter um Federer, Djokovic ou mesmo um Guga, mas o ranking mostra o tanto que o trabalho é bem feito (o circuito universitário é celeiro farto).
O Brasil entre os 100 primeiros, tem um único jogador (Wild, 74), a CBT merece críticas por continuar a tratar o tênis como um esporte elitista.
A confederacao serve de escada, o COI é o destino.
Enquanto isso, na Teniscaverna…

Neri Malheiros
Neri Malheiros
1 mês atrás
Responder para  JClaudio

Tudo o que você descreveu sobre os Estados Unidos resulta do volume de investimentos em todos os níveis, inclusive no circuito universitário. No primeiro comentário, você se mostrou decepcionado com os resultados na ponta do tênis brasileiro. A minha réplica foi na mesma linha, ao dizer que proporcionalmente, quanto aos resultados de ponta, os EUA também decepcionam no circuito masculino, onde a atual terceira colocação de Taylor Fritz surge como uma das poucas exceções nesses últimos 20 anos.

Inclusive, ao contextualizar, a matéria do site dá mais margem para a interpretação de que fecharmos o ano com quatro tenistas entre os 150 melhores do ranking aponta muito mais para uma boa notícia do que para um desfecho frustrante. A título de comparação, seria interessante ter o dado de quando foi a última vez que tivemos dois jogadores no top 100, como ocorreu ao longo do ano, e quando reunimos quatro em semelhante situação.

JClaudio
JClaudio
1 mês atrás
Responder para  Neri Malheiros

Apenas para ajudar, a última vez que o Brasil fechou o ano com dois jogadores entre os 100 primeiros, foi em 2016 (Bellucci e Monteiro).
Em 2014 também teve dois (Bellucci e J.Souza).
Em 2017 e 2018, não tivemos nenhum jogador.
Em 2019,2020,2021e 2022, o criticado Monteiro foi o único jogador brasileiro entre os 100.
Como podemos constatar, durante mais de dez anos o resultado foi pífio.
Quando temos um jogador entre os 100 melhores não é pela estrutura colocada a disposição (leia-se CBT), o lugar no ranking é conquista pelo trabalho do atleta (e sua família).
O tênis é um esporte que tem dinheiro, o problema é como é investido a verba.
Uma olhada rápida e veremos que é sempre para as mesmas pessoas e empresas (ninguém escreve a respeito ou confronta), algumas personalidades vivem oferecendo “clínicas”, outros apresentando “parceiros” para infra dos eventos.
Muitos coquetéis, sempre digo aqui, o tênis é um esporte maravilhoso aprisionado por uma elite cheia de mofo, que para muitos são os “salvadores” do esporte.
A matéria do site é superficial (apenas uma opinião), poderia ter um olhar um pouco mais crítico sobre o momento do tênis brasileiro.

Neri Malheiros
Neri Malheiros
1 mês atrás
Responder para  JClaudio

Obrigado pelas informações adicionais. São muito interessantes para uma visão mais ampla sobre um tema que, concordando contigo, poderia ser mais aprofundado na própria matéria. Penso que não há interesse algum de dirigentes e de certos profissionais em popularizar um esporte tradicionalmente elitista no Brasil e no mundo.

Fernando
Fernando
1 mês atrás

O dia que tivermos quatro jogadores entre os 50 primeiros do ranking poderemos comemorar alguma coisa. Por enquanto é só chorar de tristeza.

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