Reta final em Paris. Ou não.

Com metade das vagas para o Finals de Turim definidas em favor de Jannik Sinner, Carlos Alcaraz, Alexander Zverev e Daniil Medvedev, o Masters 1000 de Paris deu a largada nesta segunda-feira com 13 postulantes para os quatro lugares restantes. De fato, cinco deles precisam não apenas do título como ainda jogar na próxima semana, o que a meu ver reduz a briga verdadeiramente para sete nomes, já que Taylor Fritz tem mais de 80% de chance de classificação mesmo que perca logo na estreia.

Há uma expectativa especial sobre o multicampeão Novak Djokovic, no momento o sexto colocado e ausente em Paris, onde ergueu o troféu sete vezes. Não se sabe ainda se ele sequer tem o desejo de ir a Turim – há versões na imprensa sérvia que dizem que Nole já encerrou a temporada -, mas independente disso existe uma combinação matemática que pode tirar o sérvio do torneio que encerra a temporada, algo aliás que só aconteceu uma vez desde seu debute, em 2007, naquele complicado ano de 2017.

Para isso, Ruud teria de vencer Jordan Thompson ou Pedro Martinez na estreia, Rublev precisaria chegar ao menos nas quartas, ou seja derrotar Francisco Cerúndolo na primeira partida e depois provavelmente Stefanos Tsitsipas, e por fim Alex de Minaur atingir a semi, o que parece trabalhoso já que tem diante de si Fritz e Sinner. O lugar do australiano poderia ser ocupado ainda por Grigor Dimitrov, Tommy Paul ou o próprio Stef, desde que um deles fosse campeão.

E a briga ainda pode se estender para os dois 250 da próxima semana. Conhecedores da chance de jogar o Finals e também de seus momentos irregulares, Ruud se inscreveu em Metz, enquanto De Minaur e Paul vão a Belgrado. Portanto, a ATP pode ter o raro problema de aguardar até o último minuto para definir grupos e programação de Turim, que começa no domingo, dia 10, ou seja apenas um dia depois das decisões desses 250.

O Masters de Paris, que se despede do complexo de Bercy, promete emoções. A chave de Sinner é bem dura, com possível estreia diante de Ben Shelton, finalista na Basileia. Depois devem vir Holger Rune e aquele que passar de Fritz e De Minaur. Quem corre por fora no setor é Jack Draper, que ergueu no domingo seu maior troféu no 500 de Viena e anda jogando um tênis muito competitivo. Esse lado da chave tem ainda Rublev e Alexander Zverev, que não foram tão longe nos 500 da semana passada como se esperava. Sascha de novo tem chance de tirar o número 2 de Alcaraz.

O espanhol parece ter uma chave mais palatável, ainda que o canhoto Ugo Humbert seja potencial oponente de oitavas e Paul ou Ruud, de quartas. O sintético coberto de Bercy é tradicionalmente lento e isso pode abrir janelas. Enfim garantido no Finals, Medvedev é cabeça 4, mas pega logo de cara o vencedor entre Alexei Popyrin e Matteo Berrettini. Campeão na Basileia, o sacador Giovanni Perricard será atração para a torcida local. Dimitrov, metido nos tradicionais altos e baixos, está nesse quadrante ao lado de Hubert Hurkacz, que volta após contusão na panturrilha.

Por fim, vale lembrar que Rune, Medvedev e Karen Khachanov já foram campeões no Masters parisiense, o terceiro grande torneio que a Cidade Luz recebe no curto prazo de seis meses. A partir de 2025, a sede passa a ser a arena La Défense, no subúrbio oeste, com capacidade para 23 mil espectadores, 6 mil a mais que Bercy, além de reduzir o número de jogos diurnos no principal estádio para três, o que evitará atrasos.

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Jonas
Jonas
5 horas atrás

Acho que o Djoko não vai. Tá abaixo de seu melhor tecnicamente e conta com problemas físicos.

Favoritos: Sinner>Alcaraz>Zverev>Medvedev.

Lucas
Lucas
3 horas atrás
Responder para  Jonas

Na verdade ele não vai pra não apanhar do Alcaraz e principalmente do Sinner. Quer pelo menos manter o equilíbrio no confronto com os garotos, apesar de já ter se tornado o brinquedo favorito do italiano.

Paulo Sérgio
Paulo Sérgio
1 hora atrás
Responder para  Lucas

Ele apanhou do Alcaraz na final olímpica e do Sinner na final do atp finals 2023.

Rodrigues
Rodrigues
18 minutos atrás
Responder para  Paulo Sérgio

Perdeu os dois jogos mais importantes contra o espanhol, as duas finais em Wimbledon, sendo que a última foi um atropelo.

Já contra o italiano não tem feito nem cócegas nele.

Jonas
Jonas
1 hora atrás
Responder para  Lucas

Não, o Djoko dominou o Fedal e quer dominar essa nova geração aí.

Só que tem um problema, ela tá perto de parar e sabe disso, então deve estar focando em voltar nos cascos em 2025.

Sandra
Sandra
2 horas atrás

Dalcim , ao que tudo indica Djokovic não está muito interessado em ir para Turim , mas será que ele não está
Pensando na queda do ranking que ele vai ter já para o ano que vem?

Oswaldo Euclydes Aranha
Oswaldo Euclydes Aranha
2 horas atrás

Como existem inconformados com o fato de Djokovic ser o maior tenista do século; esse espírito raivoso não faz bem à saúde

João Sawao ando
João Sawao ando
48 minutos atrás

João acaba de perder para o Mikhail kukushin em Bratislava. 6/4 5/7 6/4. O tenista do Cazaquistão com uma barriguinha de chopp. Mas um jogo duro. O Mikhail muito forte no jogo de fundo. Quebrou no segundo set em 6/5 E fechou em 7/5. No terceiro alguns enf do joao. Quebrado em 5/4 .e o Mikhail fechou em 6/4. Jogo muito duro para o Fonseca.

Maurício Luís *
Maurício Luís *
48 minutos atrás

Minha última postagem não saiu. Acho que caiu na caixa de ‘spam’, porque não escrevi nada de ofensivo.
Vou tentar de novo…
Fim de ano, e as chaves ficam fortíssimas. Tem os que querem entrar no Top 100 pra se garantir na Austrália. E lá em cima, tem os top 20 se ‘virando nos 30’ pra se classificarem pro Finals.
Parece fim de ano nas instituições de ensino. Aluno rastejando atrás de professor pra arredondar a nota dele de 4,5 pra 5; universitário querendo terminar o TCC em 2 dias: tem o que ficou de recuperação mas tinha viagem marcada; tem o “enforcado” em faltas…
Enfim, um Deus-nos-acuda.

Paulista de 63 anos, é jornalista especializado em esporte há mais de 45 anos, com coberturas em Jogos Olímpicos e Copa do Mundo. Acompanha o circuito do tênis desde 1980, tendo editado a revista Tênis News. É o criador, proprietário e diretor editorial de TenisBrasil. Contato: joni@tenisbrasil.com.br
Paulista de 63 anos, é jornalista especializado em esporte há mais de 45 anos, com coberturas em Jogos Olímpicos e Copa do Mundo. Acompanha o circuito do tênis desde 1980, tendo editado a revista Tênis News. É o criador, proprietário e diretor editorial de TenisBrasil. Contato: joni@tenisbrasil.com.br

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