Itajaí (SC) – A Confederação Brasileira de Tênis (CBT) realizou a segunda mentoria presencial do Programa de Desenvolvimento do tênis feminino, com treinadores que atuam na área e algumas das principais tenistas da categoria 12 anos. O encontro terminou no sábado, dia 19, em Itajaí, e contou com uma série de treinos, avaliações e debates.
A iniciativa é coordenada pelo capitão do Brasil na Billie Jean King Cup, Luiz Peniza, e busca criar uma filosofia de trabalho específica para o cenário brasileiro, com um padrão de jogo que ajude mais tenistas brasileiras a alcançarem o topo do esporte. Por meio dos treinos e do compartilhamento de ideias entre os presentes, os treinadores e treinadoras analisam o que pode ser trabalhado e melhorado com as tenistas.
A união dos esforços é o que tem feito a diferença tanto nas quadras, quanto nas reuniões entre os profissionais para discutir sobre o tênis feminino. “Aqui nós criamos um ambiente propício para que a modalidade siga se desenvolvendo, já que as atletas podem conviver no mesmo ambiente e se pode reunir as atletas acompanhadas dos treinadores da ação de suporte da CBT, além dos seus particulares”, destacou Peniza.
O trabalho permite ainda que as tenistas criem uma identidade brasileira de jogar tênis, com um jogo mais propositivo e ofensivo em quadra. Desta forma, o programa se alinha com o padrão de jogo das principais tenistas do cenário mundial.
“Um dos pontos que consideramos mais importante para o desenvolvimento das tenistas e dos profissionais do tênis é a mentalidade ofensiva. Já fizemos isso no nosso primeiro encontro e agora, com as mais novas, mostramos a elas situações de jogo, justamente porque estão num processo de desenvolvimento mais recente”, explicou Caio Cortela, representante do departamento de Capacitação da CBT.
O projeto é realizado em parceria com o Comitê Olímpico do Brasil (COB e) foram organizados dois encontros presenciais, além de cinco online. Os resultados já podem ser vistos e geram perspectivas positivas para o médio e longo prazo. “O mais interessante é poder notar que os treinadores presentes já possuem uma linguagem comum, com processos avaliativos e métodos de treinos padronizados. Isso é fruto do que temos trabalhado nos últimos meses”, ressaltou Michel Millistedt, gestor esportivo do COB.
Quem tem aproveitado a experiência é Pietra Zakharov. A paulista foi uma das seis meninas chamadas para treinarem com os profissionais e ela afirma que irá levar muito aprendizado para a sua carreira. “Estou muito feliz com esta oportunidade. Tem sido uma semana muito positiva e pretendo absorver o máximo possível do que os treinadores têm me passado. Eles já me deram muitas dicas e técnicas e quero levar isso para o meu jogo”, completou
Programa vem desenvolvendo o tênis feminino desde fevereiro
Iniciado em fevereiro deste ano, a primeira etapa, intitulada etapa “Imersão In Loco”, levou Peniza a torneios juvenis da CBT e da Confederação Sul-Americana de Tênis (Cosat), como também a competições de nível WTA 1000 e Grand Slam, para observar e acompanhar o trabalho diário das nossas atletas.
Já em abril, foi realizado o Programa de Acolhimento “Estar lá”, onde as jogadoras brasileiras na Billie Jean King Cup receberam algumas das principais atletas juvenis em São Paulo, durante a preparação para o confronto contra a Alemanha. Na ocasião, as convidadas puderam acompanhar e participar do dia a dia da equipe na semana anterior aos jogos.