Coria: “Sinto que não recebi o mesmo tratamento que Sinner”

Foto: China Open

Buenos Aires (Argentina) – O caso de doping do italiano Jannik Sinner segue repercutindo pelo mundo. Agora foi a vez do argentino Guillermo Coria reviver seu caso de doping, em que foi provada a inocência, mas que arruinou parte de sua carreira. Em entrevista a Clay, ele lamentou o tratamento diferente que teve em relação ao que aconteceu agora com o atual número 1 do mundo.

“Sinto que não recebi o mesmo tratamento que ele”, disse Coria, atual capitão da seleção argentina na Copa Davis. Ele testou positivo para nandrolona em um exame realizado em abril de 2001. A nandrolona entrou em seu corpo através de um suplemento vitamínico contaminado “O doping positivo me matou, eu estava no meu melhor, depois voltei com ódio”, falou Coria.

“Foi uma etapa difícil para mim e deixei ela para trás porque não me diverti nada. A única coisa que peço é que o tratamento seja igual para todos”, comentou o argentino, lamentando não ter recebido a mesma compreensão que foi dada a Sinner neste ano.

O argentino lembrou também que fez de tudo para tentar escapar da punição, mas não conseguiu. “Gastei minhas economias para trazer uma equipe de psicólogos da Espanha para me avaliar e mostrar minha personalidade, também contratei um detector de mentiras nos Estados Unidos, fiz um estudo genético que mostrou através do meu cabelo o que eu estava consumindo”, contou.

“Mostrei como a droga entrou no meu corpo, através de um complexo vitamínico, que não era para aproveitar, mas quando cheguei ao julgamento em Miami já estava decidido”, finalizou Coria, que processou a empresa Universal Nutrition em dez milhões de dólares e depois chegou a um acordo extrajudicial.

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Daniel Macedo
Daniel Macedo
4 horas atrás

Se ao invés de Jannik Sinner, o caso fosse com um Janito El Pecador, da vida, o rapaz latino-americano sem dinheiro no banco, sem parentes importantes e vindo do interior, já teria ido pro inferno faz tempo…

Eduardo torres
Eduardo torres
1 hora atrás
Responder para  Daniel Macedo

Os tempos mudam e com essas mudanças novas interpretações ocorrem. Que bom que atualmente as entidades mudaram os procedimentos caóticos e injustos. Que bom que seja assim. Não se deve individualizar o que a entidade decide. Nem se deve buscar vinganças contra qualquer atleta que não punido porque é inocente. Infelizmente, para uns, hoje existem maneiras rápidas e científicas de se provar se houve ou não doping de verdade.

João Sawao ando
João Sawao ando
3 horas atrás

Pois é..teve vários argentinos que pegaram um gancho grande…

Rogério Frederico
Rogério Frederico
3 horas atrás

enquanto isso, Nadal e Djoko seguem intocáveis…

Luiz Fabriciano
Luiz Fabriciano
3 horas atrás
Responder para  Rogério Frederico

Uai, basta uma única e pequenina prova contra qualquer um dos dois, tens?
E por que Roger Fededer está fora de suspeita, já que ganhou tanto quanto ambos?

Marcos Roberto Veiga Cabral
Marcos Roberto Veiga Cabral
31 minutos atrás
Responder para  Luiz Fabriciano

Tanto quanto não . Ficou em terceiro no geral

charlie
charlie
3 horas atrás
Responder para  Rogério Frederico

Nadal deve ter usado muito. Só assim pra ganhar 14 GS em um só torneio. rsrs

JBG
JBG
3 horas atrás

Por tratamento diferentes a um certo atleta, e também uma confusão de interpretações por parte das Entidades ATP/WTA – ITIA, está gerando um efeito cascata sem precedentes. Realmente conseguiram tirar a paz do Jannik Sinner. A punição acabou ficando barata adiante disso tudo. Agora quero ver o que há Wada vai fazer. Situações que era para serem resolvidas mais fáceis se complicaram. Veremos os próximos capítulos.

Leonardo
Leonardo
2 horas atrás

Eu concordo com o Coria, o caso da Simona Hallep foi parecido. Aé o caso da Bia que tomou 10 meses de gancho em 2019 por causa de uma contaminação em um suplemento, que não tinha a substancia na sua composição mas sim era parte de contaminação cruzada. O problema aque não é julgar o Sinner, e sim entender qual é o procedimento correto? Suspender preventivamente, expor o atleta antes da apuração e julgamento, afastar patrocinadores, deixar a midia especular, basicamente acabar com a carreira. Ou apurar de forma correta, e manter em low profile até julgar? O Sinner teve sim um tratamente privilegiado se compara com os outros, mas eu acho que esse deveria ser o padrão. Quantos tenistas foram inocentados, mas o mal já tinha sido feito, e nunca mais se recuperaram, como Coria?

Renato B
Renato B
30 minutos atrás
Responder para  Leonardo

Concordo com o que vc escreveu. Deve ser mantido em sigilo até que se tenha tudo sacramentado, incenrando ou não o atleta. Julgamento de boa parte da mídia e, principalmente, das redes sociais é brutal e na maioria das vezes injusto.

Lia
Lia
2 horas atrás

O Sinner não tomou nada foi o fisioterapeuta. Acho que ingerir é muito diferente da forma como Sinner foi infectado.

Carlos Alberto Ribeiro da Silv
Carlos Alberto Ribeiro da Silv
1 hora atrás

O tratamento dado em casos anteriores, na minha opinião, eram excessivamente rigorosos, pois eram aplicadas suspensões preventivas ou automáticas, antes de serem feitas as apurações, dar o direito de defesa aos acusados e depois julgar. Então, se eram procedimentos errados, continuar com o erro é pior ainda. Para se mudar um determinado procedimento que estava errado, tem que haver um ponto de partida. A partir do início das mudanças, aqueles que receberam o tratamento de acordo com as regras vigentes anteriormente terão sido injustiçados mesmo, não tem jeito. Não dá pra mudar o que passou. Mas, como escrevi acima, pior é ficar dando continuidade a um procedimento injusto e excessivamente rigoroso.

André Borges
André Borges
1 hora atrás

Se a Nutrition fez acordo então é porque ele tinha razão.

Paulo Mala
Paulo Mala
1 hora atrás

Os casos são diferentes, então pq esperar tratamento igual?
O doping dele ou Halep foram com substâncias realmente utilizadas para performance, ao contrário da encontrada no sinner que não é usada para performance.
E outro ponto é que contaminação cruzada, por mais que o atleta se diga inocente, não dá para se provar que de fato foi algo consumido de propósito.
Se erraram com o argentino, um erro não justifica outro.

Última edição 1 hora atrás by Paulo Mala

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