Fritz destaca mudança de mentalidade para alcançar semi

Foto: Garrett Ellwood/USTA

Nova York (EUA) – Depois de quatro eliminações nas quartas de final em Grand Slam, uma delas no US Open do ano passado, o norte-americano Taylor Fritz enfim quebrou essa barreira e alcançou pela primeira vez a semifinal de um dos quatro maiores torneios do calendário. Para chegar lá, no entanto, o tenista de 26 anos destacou que foi precisou mudar a mentalidade para encarar de forma mais natural esse desafio.

“É muito bom estar nas semifinais, mas tenho a mentalidade de que o trabalho não acabou, vou continuar pensando jogo a jogo, como fiz ao longo do torneio, focando no meu próximo jogo. Eu diria que hoje entrei em quadra de uma forma diferente, por já ter estado nessa situação outras vezes”, começou dizendo.

“Quando eu perdia nas quartas de final me perguntavam o que eu precisava fazer para dar um passo a mais, e minha resposta sempre foi que eu deveria continuar me colocando nessas situações e assim me sentiria cada vez mais confortável. Foi o que aconteceu, e na minha cabeça as quartas de final não mais eram tão importantes quanto no passado. Eu senti que estava jogando em qualquer outro torneio”, complementou Fritz.

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O norte-americano também falou um pouco sobre a partida e como conseguiu se sobressair nos momentos mais delicados. “Acho que das outras vezes eu fiquei um pouco nervoso, mas hoje eu me senti realmente bem desde o começo, pronto para ir em frente. Talvez tenha ficado mais nervoso conforme a partida foi passando, porque senti que ele [Zverev] estava pressionando mais e isso quase me fez jogar um pouco mais pressionado também. Mas eu consegui acertar muitos saques quando precisei e joguei alguns pontos grandes bem”, explicou à imprensa.

Comparação com seus compatriotas

Há quem possa dizer que Fritz foi o último americano de sua geração a alcançar a semifinal de um Grand Slam, chegando lá depois de Frances Tiafoe, Tommy Paul e até mesmo do cinco anos mais novo Ben Shelton. Mas, ao invés de se sentir para trás dos compatriotas, o ex-número 5 do mundo e atual 12º do ranking prefere valorizar as conquistas dos amigos e tem sua própria justificativa para não se cobrar tanto.

“Sinceramente, eu sempre fiquei muito feliz por eles. Como aguentei isso mentalmente? Bem, nas outras vezes que estive nas quartas de final enfrentei Djokovic e Nadal. Foi assim que consegui proteger meu ego”, disse aos risos. “Mas então enfrentei o Musetti em Wimbledon este ano e ele foi muito superior. Foi aí que pensei naquela desculpa e percebi que ela não funcionava mais. Mas eu sempre fiquei feliz pelos meus amigos, por ver que eles tiveram sucesso e isso, de alguma forma, me deu confiança de que eu também conseguiria”, complementou.

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Jonas
Jonas
2 meses atrás

Ótimo jogador, sempre foi. Esses caras trabalham duro, só que o nível de tênis é altíssimo.

Ano passado ele perdeu para o GOAT Djoko, que foi o campeão. Este ano novamente está jogando muito, mas já teve que passar pelo Zverev. Pra pensar em título deve ter que passar por Tiafoe e Sinner/Malvadão… não há muito oq fazer.

Luiz Fabriciano
Luiz Fabriciano
2 meses atrás
Responder para  Jonas

Gostei do recurso que ele usou para proteger seu ego!

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