Nova York (EUA) – O segundo teste de Jannik Sinner no US Open foi melhor que o primeiro. Além de um placar muito mais tranquilo na vitória sobre o norte-americano Alex Michelsen nesta quinta-feira, o próprio italiano reconheceu que houve uma evolução no seu desempenho da estreia para esta partida.
“Percebi uma melhora no meu tênis em relação à primeira rodada. Ter tido um dia para treinar me ajudou muito e continuarei trabalhando muito para entender qual a melhor forma possível de competir nessas quadras. Pretendo melhorar agora nos próximos dias e vamos ver o que posso fazer na próxima partida”, comentou na entrevista coletiva.
No mesmo encontro com a imprensa, o número 1 do mundo passou por uma nova sabatina com os jornalistas a respeito do seu caso de doping. Das oito perguntas feitas ao longo de toda a conferência, seis foram sobre esse assunto, deixando o tenista de certa forma um pouco desconfortável em alguns momentos, evitando se aprofundar em determinados temas.
Isso aconteceu, por exemplo, quando ele foi questionado se já planejava contratar novos profissionais para ocupar os postos vagos em sua equipe, após a demissão do fisioterapeuta e o preparador físico, personagens centrais de toda a confusão. O mesmo repórter ainda perguntou como foi continuar trabalhando com seu antigo time por vários meses, mesmo após eles cometerem o erro de utilizarem um produto que o contaminou.
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“Foi um momento estranho, não? Obviamente, não quero falar sobre isso no momento. Estamos tentando entender quem seria a melhor opção [para esses cargos] agora. Não é fácil encontrar alguém agora no meio da temporada. Tentamos dar o nosso melhor para encontrar as melhores pessoas, e então veremos. Depois do US Open espero ter algo”, se limitou a dizer Sinner.
A seguir, outro jornalista lembrou que Nick Kyrgios tem atuado como entrevistador na quadra após as partidas e questionou como Sinner reagiria se tivesse que encontrar com o australiano, já que ele foi um dos principais críticos ao italiano nas redes sociais nos últimos dias. Novamente, o líder do ranking se esquivou de falar a respeito.
“Não sei. Não quero responder sobre o que ele disse. Todos são livres para dizer o que quiserem, e está tudo bem. Se for esse o caso, vamos ver [o que acontece]. Vai ser diferente, com certeza, mas não sei. Não sei o que dizer. Talvez eu diga algo agora, e então a reação será outra na hora, porque você vive em cada momento. Mas eu estou bem relaxado. Sou alguém que esquece bem rápido algumas coisas”, afirmou.
‘Hate online’
Mais do que as reações dos colegas de circuito, um dos principais desafios nos tempos modernos para qualquer pessoa é enfrentar o tribunal da internet. Com Sinner, isso não foi diferente, e não foram poucas as mensagens de ódio deixadas em suas páginas desde que o caso veio à tona. Ele então foi perguntado como tem lidado com isso e revelou que tem tentado se manter distante das redes sociais por enquanto.
“Eu não estou muito nas redes sociais, especialmente nas últimas semanas. Eu tento não olhar muito sobre isso. Eu sei que há algumas mensagens negativas, mas é algo que você tem que ter cuidado. Especialmente quando você é mais jovem, porque você se importa muito com sua reputação. Sempre haverá algumas pessoas que falarão de forma negativa, mas é também por isso que você tem a família e os amigos próximos que te conhecem como pessoa. Meu conselho é sempre ficar com eles porque eles são muito honestos com você. É isso”, explicou.
Aprendizados com tudo o que aconteceu
Hoje número 1 do mundo, campeão de Grand Slam e um dos principais nomes do circuito, Sinner vive desde o final da temporada passada um período de ascensão e consolidação, mostrando a todos a evolução que muitos aguardavam. Ainda bastante jovem, aos 23 anos, o italiano passa agora talvez pelo seu maior teste de maturidade na carreira e na vida, e ele foi questionado sobre o que tem aprendido e absorvido com tudo isso.
“Como já disse, isso me ajudou a ver quem são meus amigos e quem não são meus amigos. Mas isso tudo faz parte de uma experiência de crescimento, não? Eu queria que ninguém tivesse essa experiência para crescer, porque essa é uma maneira diferente de vivenciar, mas você também percebe que existe uma vida fora do tênis, que é muito mais importante do que o que fazemos, porque nossa rotina diária é rebater bolas de tênis e ir à academia. Há uma vida fora do tênis, que é ainda mais importante. Tentar ser saudável, cercar-se de boas pessoas. Isso para mim é mais importante. Acredito que cresci como pessoa neste período, independentemente de como tudo esteja acontecendo, o que espero que possa me ajudar no futuro”, refletiu.
Não acredito que foi intencional. Mas deveria ter sido afastado preventivamente como aconteceu com outros tenistas. Teve tratamento diferenciado.
Sim. Mas o staff dele sabe o que pode ser ingerido ou colocado na pele ou não…entao ele dispensar dois profissionais da equipe dele depois de5 meses e estranho…
Não entendi , ando. A punição de perda de 400 pontos e $ , somente ocorreu agora . E se o fisio tivesse usado luvas na massagem, nada aconteceria. Não tinha outra coisa a fazer a não ser demiti-los e dar graças a Deus do Tribunal considerar a baixíssima QUANTIDADE da substância. Abs !
Estão passando pano pra esse
Pra vc ninguém passa…ō dó.
Palavras da geração xarope: “passar pano”, “engajamento”…
Difícil entender o ser humano…. Acreditam mais na teoria da conspiração do que uma verdade simples. Foi sentenciado por 4 juizes independentes com laudo de 3 cientistas… mas mesmo assim o culpam por algo que pode muito bem acontecer com qualquer tenista. (Basta um idiota qualquer que aperta a mão de um jogador com uma minúscula ferida e o estrago está feito)