Indian Wells (EUA) – Pouco mais de um ano depois de se tornar mãe e logo no quarto torneio que disputa em seu retorno ao circuito, Angelique Kerber já consegue uma grande vitória. A ex-líder do ranking derrotou a número 10 do mundo Jelena Ostapenko por 5/7, 6/3 e 6/3 para chegar à terceira rodada do WTA 1000 de Indian Wells.
Vencedora de três títulos de Grand Slam e finalista de Indian Wells em 2019, Kerber retornou às competições em janeiro e só tinha uma vitória na temporada antes desse bom início de campanha em Indian Wells. A experiente alemã de 36 anos havia derrotado a croata Petra Martic na estreia. Ela não vencia uma tenista do top 10 desde fevereiro de 2021.
“Jelena é uma adversária difícil e está jogando muito bem nesse ano. É uma vitória muito importante para mim. Vencer uma jogadora do top 10 me dá muita confiança. É ótimo estar de volta a fico muito feliz por poder jogar mais uma partida. Sabia que eu precisaria jogar o meu melhor tênis e o apoio da torcida foi muito importante”, disse Kerber na entrevista em quadra. Ela pode enfrentar a japonesa Nao Hibino ou a russa Veronika Kudermetova.
WELCOME BACK, ANGIE 🤍@AngeliqueKerber stuns world No.10 Ostapenko 5-7, 6-3, 6-3 for her biggest win in three years!#TennisParadise pic.twitter.com/9W4ZkiVsJI
— wta (@WTA) March 8, 2024
No encontro entre uma jogadora muito agressiva, como Ostapenko, contra Kerber que tem golpes potentes, mas aposta mais na regularidade de fundo, a alemã chegou a liderar a primeira parcial por 5/3 e teve dois set-points, mas sua rival reagiu na partida. Ostapenko devolveu a quebra e iniciou uma sequência de seis games seguidos, chegando a abrir 2/0 no segundo set. Kerber escapou de games longos no saque e conseguiu três novas quebras para igualar a partida. O set decisivo começou com quatro quebras seguidas e a alemã só recuperou a vantagem no fim do jogo.
Mãe da pequena Liana, que completou um ano em fevereiro, a alemã falou sobre as mudanças em sua rotina. A vida é muito maior do que o tênis e estou aproveitando cada momento fora da quadra. Tento jogar o mais cedo possível nos torneios para poder ter o resto do dia livre. Às vezes não é fácil, você tem algumas horas a menos de sono, mas estou aproveitando muito e recebo muita energia dela e dos fãs. Eu amo o tênis e amo estar de volta aqui, jogando desse nível”.
Pavlyuchenkova na rota da Bia, Vondrousova estreia bem
Outra top 10 em quadra na abetrura da rodada desta sexta-feira foi a tcheca Marketa Vondrousova, campeã de Wimbledon e número 7 do mundo, que venceu um duelo de canhotas contra a norte-americana Bernarda Pera, 78ª do ranking, por 6/0 e 6/2. Vondrousova pode enfrentar a ucraniana Marta Kostyuk ou a japonesa Mai Hontama.
Já a russa Anastasia Pavlyuchenkova, 24ª do ranking, venceu a espanhola Nuria Parrizas Diaz por 6/3 e 6/1 e pode enfrentar Beatriz Haddad Maia na terceira rodada, caso a número 1 do Brasil e 13ª do mundo vença seu jogo de estreia contra a eslovaca Rebecca Sramkova às 23h (de Brasília) desta sexta-feira. Pavlyuchenkova tem duas vitórias recentes contra Bia, no fim do ano passado em Hong Kong e no início da atual temporada em Adelaide.
Tem algumas jogadoras que têm a receita de como ganhar da Ostapenko. A Kerber é uma delas. Embora a Ostapenko tivesse 21 anos na época, foi derrotada pela Kerber na semifinal de Wimbledon 2018, e na final a Kerber ganhou da Serena Williams para conquistar o seu terceiro e último Grand Slam.
Erra pouco, cobre bem a quadra e muda bastante a direção da bola. Isso força o jogo de risco da Ostapenko, não deixa ela bater equilibrada e precisa ir pra as linhas rapidamente.
Devem ter. Mas mesmo com a receita, não é fácil, esta Osta está em boa forma, conseguiu bastante elasticidade nas esticadas pros lados, alá Djokovic. Mas qual é a receita? Acho que um tanto é por a Osta prá correr e sacar bem aberto, evitar ao máximo bolas no meio da quadra.
Sim, isso mesmo! É o jogo de xadrez dentro do tênis. Lembro de uma entrevista do Nadal em Roma 2011, em que ele disse que na quadra todo bom tenista sabe o que tem que fazer pra superar o adversário. O problema é qie do outro lado tem outro cara que também sabe o que o advoersário vai tentar neutralizar e treina maneiras de surpreendê-lo, e vice-versa… e mais e mais. O tênis é um baita esporte!
Bia deveria ver e rever esse jogo para descobrir como, enfim, derrotar a Ostapenko. Belíssima atuação da Kerber, mostrando que potência não é tudo…
A Ostapenko ser 10 do mundo é piada. De mau gosto
Amigo, ela é uma das tenistas que bate mais forte na bola, e com uma precisão incrível. Tem probemas de mobilidade, por razões óbvias, mas mesmo assim a habilidade é tão grande que está no Top 10. Isso não é piada não, é talento. Se fosse atleta dedicada, seria candidata a número 1.
Concordo, Rodrigo. Mas se não é dedicada, como você escreveu, não merece ser top 10
A alemã já tá melhor condicionada fisicamente e agora vai dar trabalho pra geral! O que me deixa angustiado é a qualidade do saque dessas meninas! Que tristeza!
Algum promotor de tênis poderia tentar organizar um torneio feminino só com as jogadoras mamães, tem várias em bom nível.
Acho que diversos patrocinadores apareceriam.
O que acha Dalcim?
Gostei demais da ideia, Luiz! Claro que teria de ser exibição, mas sem dúvida iria repercutir muito.