Swiatek fala do ano duro e faz críticas à WTA

Foto: Jimmie48/WTA

Varsóvia (Polônia) – Apesar de ter feito grandes atuações e sustentado o número 1 por muito tempo, a polonesa Iga Swiatek acabou superada pela pressão por resultados e pela ascensão de Aryna Sabalenka, antes de recuperar a liderança no último torneio da temporada. Em entrevista ao Eurosport, ela falou sobre como deu a volta por cima e aproveitou novamente para discordar do calendário de 2024.

“Foi uma temporada exigente, em que me empenhei muito e por isso me sinto orgulhosa”, afirmou a líder do ranking. Ela reconheceu que precisou fazer ajustes, principalmente na parte mental, depois da inesperada queda nas oitavas de final do US Open, onde defendia o título, e isso permitiu que a bielorrussa Aryna Sabalenka lhe tomasse o número 1.

O retorno à liderança, que só ocorreria com o título no WTA Finals de Cancún, foi assim um alívio. “Estou orgulhosa de ter recuperado o número 1, depois de tudo o que aconteceu no torneio e diante de tanta pressão”, cutucou ela, referindo-se à estrutura confusa montada para o Finals, que só permitiu treinamento na quadra oficial na última hora.

“Aryna mereceu chegar ao número 1, fez uma grande temporada. Ganhou seu primeiro Grand Slam, esteve na final de outro, foi um ano incrível”, elogia. “A pressão sobre mim estava insuportável, então preferi me concentrar em outras coisas. Talvez por isso não tenha chegado solta ao US Open. A partir daí, mudei de atitude e foquei os torneios seguintes de forma diferente. Sempre tentei fazer o certo, mas nem sempre funciona”.

A polonesa não deixou escapar a chance de fazer novas críticas ao calendário proposto pela WTA. “O circuito mudou e com isso temos cada vez mais obrigações e temos de gastar mais energia, porque os torneios ficam cada vez mais longos. Não é ideal que a WTA siga nessa direção, sem pensar na saúde mental, no equilíbrio vital da competição, da parte física. Eu no lugar deles tomaria decisões mais favoráveis às tenistas”.

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hyrata hykeno abe
hyrata hykeno abe
11 meses atrás

Impressiona que as mesmas reclamações de tenistas se assemelham aos de pilotos de formula 1, jogadores de futebol, etc. O ponto é que as instituições que cuidam dos esportes são voltadas ao mercado que as cercam do que ao esporte e o atleta em si. A dinâmica deveria ser a de proteger e promover o esporte em sua essência e deixar o mercado explorar isso. No entanto, as instituições deixam em segundo plano o que importa, atendendo a quem não deveria ser prioridade.
Imagina se houvesse um êxodo de atletas e agremiações para uma nova forma de administrar os esportes deixando essas instituições (ATP, FIA, FIFA, etc) falando sozinhas? Seria ótimo! Por isso vejo sempre com bons olhos o que o Djokovic faz com sua Associação de Jogadores de Tênis Profissional (PTPA)! Se isso for um embrião do que imagino ser …olha …!

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