Nova York (EUA) – Semifinalista do US Open pela primeira vez na carreira, Coco Gauff destacou a confiança conquistada nas últimas semanas, com as conquistas dos dois maiores títulos da carreira, em Washington e Cincinnati. Ela carrega uma invencibilidade de 10 jogos e venceu 16 das últimas 17 partidas que disputou na temporada. A jovem norte-americana de 19 anos e número 6 do mundo se sente mais forte mentalmente por conta dos últimos resultados.
“Sempre tive resistência física, mas acho que ir bem nos últimos torneios aumentou também minha força mental. Estou bem emocionalmente, o que acho que foi um problema em outros Grand Slams, quando eu ficava emocionalmente esgotada. Acho que isso veio da experiência”, disse Gauff, que disputará sua segunda semifinal de Grand Slam. Ela foi vice de Roland Garros no ano passado.
Para garantir vaga na semifinal, Gauff superou a letã Jelena Ostapenko por 6/0 e 6/2 em 1h08 de partida. “Quando você joga contra Jelena, mesmo ganhando um set por 6/0, literalmente não significa nada. No tênis, em geral, já é assim, mas ainda mais contra ela. Sinceramente, estou surpresa, não pelo resultado, mas pela forma como foi o jogo hoje. Não me sentia nada confortável durante a partida, mesmo nos match points. É difícil jogar contra ela, porque você não pode ser realmente agressiva”.
“Estou muito feliz. No ano passado perdi nas quartas de final aqui em Nova York. Ainda estou com a ideia de que estamos no início do torneio. Eu aprendi isso ano passado, quando cheguei nas quartas de final e pensava: ‘Estou perto do fim’, mas agora tenho a mentalidade de que disse a mim mesma que ainda tenho mais duas semanas para jogar. Então é aí que minha mente está”, acrescentou a tenista da casa, que espera pela vencedora entre a romena Sorana Cirstea e a tcheca Karolina Muchova.
Havia possibilidade de o confronto das quartas ser contra Iga Swiatek, campeã no ano passado e atual número 1 do mundo, que foi eliminada por Ostapenko no último domingo pelas oitavas. “Fiquei chocada quando vi o placar. Não vi a partida, porque eu estava fazendo tratamento e também porque não temos a ESPN em nosso hotel. (risos). Então, por volta da meia-noite, era quando eu ia dormir. vi que a Ostapenko venceu. Eu fiquei chocada. Sei o nível que Jelena pode jogar, mas a Iga era a número 1 do mundo. No domingo, os jornalistas fizeram várias perguntas sobre jogar contra a Iga para mim”.
Gauff se torna a mais jovem norte-americana em uma semifinal de US Open desde Serena Williams em 2021. ” Significa muito para mim. Quero dizer, estar em qualquer frase que ela é ótimo. É a melhor jogadora de todos os tempos e eu ainda não estou nem perto disso. Estou muito honrada por estar na mesma frase que ela. É meu ídolo. Acho que se você me dissesse quando eu era mais jovem que eu estaria nas mesmas estatísticas que ela, eu iria surtar”.