De Minaur: “Foi um bom ano, mas tenho muito a evoluir”

Foto: Corinne Dubreuil/ATP Tour

Turim (Itália) – A temporada de 2025 chegou ao fim para Alex de Minaur após a queda na semifinal deste sábado contra Jannik Sinner, no ATP Finals em Turim. Foi a segunda vez seguida em que o australiano disputou a competição e a primeira que ele passou da fase de grupos. Satisfeito com os resultados ao longo do ano, o atual número 7 do mundo quer objetivos maiores para a próxima temporada e sabe que tem muito a evoluir.

De Minaur fez um balanço positivo do ano, mas reforçou que ainda está longe de seu limite. “Foi outra temporada positiva para mim. Ficar no top 10, top 8, é um grande feito. Venci muitas partidas este ano”, avaliou De Minaur, que venceu 56 jogos no ano, com um título em Washington. “Mas ainda tenho muito a aprender e a evoluir, muita coisa para melhorar, e é nisso que vou focar. Espero que no próximo ano eu seja uma versão ainda melhor de mim mesmo.”

“Sinto que ainda tenho mais a entregar. Não alcancei meu auge. Também preciso tomar cuidado com o quanto me cobro, porque isso pode me fazer mal. Preciso encontrar um equilíbrio saudável”. Ele também destacou avanços recentes no estilo de jogo: “Como vimos nas últimas duas partidas, tenho capacidade de jogar com mais ritmo e de forma mais agressiva. Acho que é isso que precisa aparecer para vencer os melhores do mundo”.

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A postura mais otimista contrasta com o sentimento que De Minaur teve depois da dura derrota para Lorenzo Musetti na última terça-feira. O australiano se recuperou na competição ao derrotar Taylor Fritz em sets diretos dois dias depois para chegar à semifinal em Turim. “Tive uma pequena mudança de perspectiva. Claro que sinto que deveria ter terminado minha campanha em Turim com duas vitórias e não apenas uma, mas não dá para mudar o passado. Você aprende, se levanta e segue em frente. Agora estou muito melhor. Hoje fiz muita coisa boa. A meta é continuar evoluindo, não há outro caminho”.

Domínio de Sinner nos confrontos ente eles

Assim como havia acontecido em todos os duelos anteriores, Sinner marcou sua 13ª vitória contra De Minaur. O italiano só perdeu dois sets nesses confrontos. Ainda assim, a primeira parcial deste sábado foi equilibrada, com 1h06 de duração e apenas uma quebra de serviço. Depois, Sinner assumiu o controle do jogo, abriu 4/0 no segundo set e chegou a vencer seis games consecutivos.

Mesmo reconhecendo a superioridade recente do rival, De Minaur explicou o que considera crucial para enfrentar Sinner. “Eu sei como vencê-lo. Só não é tão fácil de fazer”, disse. “Você precisa bater muito forte, muito reto, muito profundo e muito perto das linhas. Tento fazer isso, mas não é a coisa mais simples do mundo. Para ter chances reais, preciso sacar bem o jogo inteiro. Meu saque caiu um pouco e poderia ter sido melhor”.

“O maior diferencial contra o Jannik é a pressão constante. Muitas vezes sinto que, contra ele, você pode entrar em um efeito bola de neve: depois de uma quebra, vem outra, e de repente você está lutando para evitar um ‘pneu’ ou um 6/1”, analisou. “Isso se deve muito ao quanto ele está devolvendo bem e ao saque dele neste momento. Nos pontos importantes, o saque tem sido excepcional. Provavelmente não sou o primeiro jogador a falar isso esta semana. É realmente impressionante”.

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Tribunal ATP Finals
Tribunal ATP Finals
4 horas atrás

Venceu 2 sets em 13 confrontos. Vai provavelmente entrar no recorde das freguesias.

Realista
Realista
3 horas atrás

Parabéns ao De minaur, mas acho triste ver um jogador como ele ou Fritz no finals. O tenis de alguma forma, enfraqueceu. Torneios e bolas velocidades quase tudo igual durante o ano, permite que hegemonias como o Djokovic fez ou como Sinner e Alcaraz, que um dia ultrapassarão o sérvio, irão realizar.
Bons tempos que eram o começo do século XXI, com o esporte mais disputado e difícil devido aos pisos mais diferentes e tenistas mais habilidosos.

Carlos Alberto Ribeiro da Silv
Carlos Alberto Ribeiro da Silv
1 hora atrás
Responder para  Realista

A vida e os esportes estão em constante e contínua evolução. Assim como o tênis da década de 2030 (2021 a 2030) está diferente do tênis praticado no começo dos anos 2000, o tênis do começo dos anos 2000 era diferente dos anos 1980, que por sua vez era diferente dos anos 1960, que igualmente era diferente dos anos 1940 e assim por diante. Como dizia o cientista britânico Charles Darwin, vai ter maior sucesso na vida aquele que tiver a maior capacidade de adaptação às mudanças que ocorrem com o passar do tempo. Isso não significa que as gerações mais velhas estavam certas e nem que as gerações mais novas estão erradas. São apenas características da evolução humana onde o ponto de chegada de uma geração é o ponto de partida da geração seguinte. Um genial cientista que venha a aparecer nesta década de 2030 com certeza irá usar a inteligência artificial para desenvolver os seus trabalhos de pesquisa. Ou seja, cada geração utiliza os recursos que estão disponíveis em sua época.

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