Vacherot vence duelo de primos, fatura o título em Xangai e faz história

Valentin Vacherot (Foto: Rolex Shanghai Masters)

Xangai (China) – A inesquecível campanha de Valentin Vacherot no Masters 1000 de Xangai terminou com um título improvável do monegasco. Na decisão entre primos, ele superou o francês Arthur Rinderknech com uma virada por 4/6, 6/3 e 6/3, após 2h14 partida, e levantou o primeiro troféu de ATP da carreira.

Tenista número 204 do mundo, Vacherot se torna o jogador com ranking mais baixo a conquistar um Masters 1000, superando a marca anterior que pertencia ao croata Borna Coric, então 152º colocado ao triunfar em Cincinnati 2022. Além disso, o monegasco de 26 anos é apenas o terceiro qualifier campeão de um evento de nível 1000, igualando os espanhóis Roberto Carretero (Hamburgo 1996) e Albert Portas (Hamburgo 2001).

Curiosamente, a histórica campanha de Valentin Vacherot quase não aconteceu, já que ele entrou no quali como alternate menos de 24 horas antes do início da disputa. Além das duas vitórias na fase prévia, ele precisou ganhar mais sete jogos na chave principal, cinco deles contra grandes favoritos, eliminando nomes como Alexander Bublik, Tomas Machac, Tallon Griekspoor, Holger Rune e Novak Djokovic.

Com o título, Vacherot vai disparar no ranking, ultrapassando 164 concorrentes – entre eles João Fonseca – para chegar ao inédito top 40, assumindo justamente a 40ª posição. Até então, ele tinha como melhor marca o 110º lugar de junho de 2024. De quebra, ainda recebe um cheque de US$ 1.124.380 pela conquista.

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Primeiro jogador de Mônaco a levantar um troféu de ATP em simples, Vacherot é o oitavo jogador diferente a conquistar seu primeiro título no circuito em 2025. Antes dele, também celebram o feito inédito Alexandre Muller (Hong Kong), João Fonseca (Buenos Aires), Tomas Machac (Acapulco), Jakub Mensik (Miami), Flávio Cobolli (Bucareste), Jenson Brooksby (Houston) e Gabriel Diallo (‘s-Hertogenbosch).

Além disso, é apenas o quinto tenista na história a levantar seu primeiro troféu em um Masters 1000, depois de Roberto Carretero (Hamburgo 1996), Chris Woodruff (Montréal 1997), Albert Portas (Hamburgo 2001) e Jakub Mensik (Miami 2025).

Esta foi a terceira final de Masters 1000, desde que a série foi criada em 1990, com dois jogadores não cabeças de chave. Antes, apenas Roberto Carretero e Alex Corretja em Hamburgo 1996 e Tim Henman e Andrei Pavel em Paris 2003 haviam decidido o título sem estarem entre os principais classificados.

Por sua vez, Arthur Rinderknech disputou a segunda final da carreira na elite do circuito e mais uma vez ficou com o vice-campeonato, assim como já havia acontecido no ATP 250 de Adelaide em 2022. Ele tentava ser o quinto francês campeão de Masters 1000 na história e o primeiro desde a conquista de Jo-Wilfried Tsonga no Canadá em 2014.

Assim como o primo, Rinderknech é outro que dará um bom salto no ranking, saindo do atual 54º para o 28º lugar. Ele supera assim o seu antigo recorde pessoal, que era o 42º posto de outubro de 2022. A campanha vice-campeã ainda lhe rende a premiação de US$ 597.890.

Vacherot deslancha após dois sets bem equilibrados

O primeiro set foi decidido nos detalhes. Com amplo domínio dos sacadores, a diferença se fez ainda no terceiro game, quando Rinderknech aproveitou a única chance de quebra de toda a parcial para abrir vantagem no placar.

A história foi bastante parecida no segundo set, mas mudou de lado. Depois de sete games muito tranquilos para os sacadores, Vacherot teve dois break-points no oitavo, aproveitou um deles e apenas precisou confirmar o serviço na sequência para empatar a partida.

Embalado, o monegasco começou a parcial decisiva com tudo, obteve uma quebra no game inaugural e seguiu incomodando o serviço do adversário até o final da partida. Ao longo de o terceiro set, o Vacherot teve incríveis 12 break-points, dos quais aproveitou dois, o suficiente para selar a vitória e conquistar o título, já que ele se manteve absoluto no próprio saque, perdendo apenas dois pontos no set quando serviu.

Os números finais da partida mostram grande equilíbrio entre os dois jogadores. O campeão Vacherot fez menos aces (8 a 11) e winners (12 a 13), mas cometeu menos erros não forçados (9 a 11). Rinderknech ainda foi mais efetivo que o primo na rede, marcando 18 pontos em 19 tentativas contra 11 em 13. Mesmo com uma ligeira desvantagem nas principais estatísticas, foi o monegasco quem se sobressaiu no final.

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José Alexandre
José Alexandre
10 horas atrás

Histórico Vacherot, torcer para manter o nível de top 40 agora.

Paulo A.
Paulo A.
1 hora atrás
Responder para  José Alexandre

Campanha e tênis incríveis! Inesquecível para ele.

Rodrigo Cavalcanti de Arruda
Rodrigo Cavalcanti de Arruda
10 horas atrás

Ae sim !!!!!

Fabio
Fabio
10 horas atrás

Caminhada de Vacherot igual a de Raducanu no US Open 21.

João Silva
João Silva
10 horas atrás

Então o Djokovic perdeu para o campeão.

Aleixo
Aleixo
9 horas atrás
Responder para  João Silva

Esse título era dele sendo que o físico não permitiu ele baleado ainda deu trabalho

Kario
Kario
9 horas atrás
Responder para  Aleixo

Esse título era do Sinner.

Tenista
Tenista
7 horas atrás
Responder para  Kario

“Era”

Marcos
Marcos
5 horas atrás
Responder para  Kario

Esse título era do JF mais ele tinha que descansar

Mateus Lucas Renan
Mateus Lucas Renan
4 horas atrás
Responder para  Kario

para mim, o título era do Rinderknech

Andrei
Andrei
26 minutos atrás
Responder para  Kario

pra mim esse título era do Zverev

Andrei
Andrei
8 horas atrás
Responder para  Aleixo

esse título era do Alcaraz, o espanhol só não levou pq não quis…

SANDRO
SANDRO
7 horas atrás
Responder para  Andrei

Este título é de Valentin Vacherot, o cara que jogou tênis mais bonito nestas duas últimas semanas!!!

Tom França
Tom França
9 horas atrás
Responder para  João Silva

Do jeito que esse cara tava jogando, nem o número 1, 2 ou 3 do mundo, resistiria! Como se diz aqui no Nordeste, o cara tava “amojado”!

Nei Costa
Nei Costa
4 horas atrás
Responder para  João Silva

Esse título era meu, mas eu não recebi um convite da organização do torneio.kkkkkkk

Verridiana Parmeggieri
Verridiana Parmeggieri
10 horas atrás

Que história linda! um conto de fadas. se amar o tênis for um crime, tragam-me as algemas. Viva o Masters 1000 de Shangai!!!!!

SANDRO
SANDRO
7 horas atrás
Responder para  Verridiana Parmeggieri

Também preciso de algemas, concordo plenamente contigo!!!

Realista
Realista
9 horas atrás

Que fase! A felicidade de torcedor do Djokovic vai ser comemorar título do adversário queno venceu. Kkk

Fernando S P
Fernando S P
9 horas atrás
Responder para  Realista

Não esperava isso de ti, mas acaba servindo de exemplo de como o extremismo não tem cor nem lado.

O sérvio é o maior vencedor de um esporte que, ao que parece, você também admira; e ainda assim sofre desrespeitos constantes da tua parte. Ninguém chega ao patamar que ele alcançou por acaso. Ele é um exemplo de ser humano, especialmente dentro do esporte (se precisar, posso desenhar os motivos).

É triste ver tanta pobreza de espírito. Talvez falte espelho em casa. 

Ah, E isso vale também para quem faz/fez o mesmo com os outros dois gigantes do Big 3.

Realista
Realista
8 horas atrás
Responder para  Fernando S P

Não leve as coisas tão a sério! A idolatria faz isso com as pessoas quando fazem piadas com seus ídolos. Se permita sorrir! Graças a Deus, eu não sofro dessa doença de idolatria que vemos no esporte, política, etc

Fernando S P
Fernando S P
6 horas atrás
Responder para  Realista

Meu favorito do Big 3 era o Nadal. Valorizo muito a disciplina, capacidade de adaptação, intensidade física e mental. Para mim representava o talento mais “forjado” dos três.

Mas nunca critiquei nenhum deles. Nem um épsilon. Todos fizeram muito pelo esporte, cada um a sua maneira (são bastante diferentes entre si, o que considero interessante e positivo – não sou adepto de pensamentos uniformes ou engessados). Os três foram autênticos 99% do tempo em que estiveram no circuito.

Se eu pudesse passar um dia com um deles, provavelmente escolheria o Roger. Ele parece ser o que deixaria mais à vontade um desconhecido.

Não é necessário transformar o nosso preferido em mocinho e os principais rivais dele em vilões.

Paulo Almeida
Paulo Almeida
1 hora atrás
Responder para  Realista

Imagine se sofresse. Até falou que Nadal estava no auge em 2005 poucos dias atrás. Vive uma realidade totalmente fanática pra tentar diminuir o Djokovic e aumentar o Federer.

João Silva
João Silva
7 horas atrás
Responder para  Realista

Não vejo a hora do Djokovic se aposentar para nos livrarmos de pessoas como você.

SANDRO
SANDRO
7 horas atrás
Responder para  Realista

Que comentário ridículo o seu… Você não sabe reconhecer o grande feito conquistado pelo surpreendente Valentin Vacherot sem ter que desmerecer o Djokovic???

Gilvan
Gilvan
7 horas atrás
Responder para  Realista

Como diz o ditado: alegria de pobre é fila pequena.

Paulo Almeida
Paulo Almeida
1 hora atrás
Responder para  Gilvan

Beleza, ricão que se diz de esquerda.

Tem resposta pra você na pasta de ontem e pela terceira vez levou puxão de orelha do Dalcim por insistir que o Djokovic não sabe jogar no quadradinho, rs.

Paulo Sérgio
Paulo Sérgio
45 minutos atrás
Responder para  Paulo Almeida

Aí nunca foi de esquerda. No máximo, pertence a “esquerda” liberal.

James Garcia
James Garcia
7 horas atrás
Responder para  Realista

Que fase! A felicidade do hater do Djokovic é torcer contra o maior campeão desse esporte quanta mediocridade

Tom França
Tom França
9 horas atrás

Mais um motivo pelo qual, o João Fonseca não pode ficar tanto tempo parado. Agora, ele caiu mais uma posição no ranking e vai ter que jogar muito, pra no mínimo recuperar a 42ª.

Ricardo
Ricardo
8 horas atrás
Responder para  Tom França

Fonseca??A reportagem trata de dois espetaculares finalistas de um Master 1000.Porque você traz um top 50 na conversa??

Gloria Grahame
Gloria Grahame
3 horas atrás
Responder para  Tom França

E brasileiro por aí achando que só João Fonseca é uma revelação, que será número 1 do dia pra noite, o moço só ganhou um ATP250, e da Argentina ainda (totalmente esvaziado). Se João vai ser número 1 já, o que dizer de Vacherot, Draper, Mensik, Tien… Acorda Brasil!

NFdS
NFdS
3 horas atrás
Responder para  Tom França

Exatamente. Esse 1000 podia ter sido fo Fonseca…. se ele jogasse…

Ângela Amélia
Ângela Amélia
9 horas atrás

joga demais o Vacherot !!! tem tudo para formar um grande Big 3 ao lado de Sinner e Alcaraz

SANDRO
SANDRO
8 horas atrás
Responder para  Ângela Amélia

Isso sim é um “Grande Fenômeno” : sair do torneio qualificatório e derrotar 5 cabeças-de-chave em sequência, tenistas de peso como Djokovic, Rune, Griekspoor, Machac, Bublik, para chegar à final contra Rinderknech e conquistar de cara um “Big Title” como o Masters Mil de Shangai, isso é um feito de um “Verdadeiro Fenômeno”!!! Vida longa a Valentin Vacherot e ao seu belíssimo tênis apresentado neste torneio!!!

Sergio
Sergio
3 horas atrás
Responder para  SANDRO

Sensacional mesmo a campanha do Vacherot. Torcendo para ele manter o excelente nível nos próximos torneios.

Fernando S P
Fernando S P
6 horas atrás
Responder para  Ângela Amélia

Um torneio após os 4 GS não é um bom indicador de desempenho futuro.

Joaz Magalhães
Joaz Magalhães
9 horas atrás

Que história sensacional! Viva o tênis !!!

Nei Costa
Nei Costa
8 horas atrás

O tênis precisa de grandes campeões que tenham seu momento imbatível e que se tornam multicampeões, mas também precisa de surpresas, zebras e histórias improváveis que se realizam. Uma página bonita e inusitada foi escrita hoje.

SANDRO
SANDRO
7 horas atrás
Responder para  Nei Costa

Espero que esta linda história apresentada no Masters Mil de Shanghai seja do tipo “Nasce um Estrela” e não apenas uma “zebra”.

Sergio
Sergio
3 horas atrás
Responder para  Nei Costa

Concordo plenamente.

Lenisa
Lenisa
8 horas atrás

Como Nole fã q sou, sinto-me emocionada com a vitória de Vacherot. Bela trajetória! Sempre torço para aquele que vence o meu preferido (porque, na vida, prefiro perder para o melhor a perder para aquele que só me impediu de chegar, mas ficou pelo caminho), mas foi impossível ficar indiferente à toda campanha do monegasco, ao duelo entre primos, ao fato de ambos estarem vivendo seu melhor momento na carreira… e o esporte é isso, vence o melhor naquele momento… e estava escrito: Velentin Vacherot faria seu nome aqui. Que possamos vê-lo brigando por títulos daqui para frente!

SANDRO
SANDRO
7 horas atrás
Responder para  Lenisa

Sinto muito pelo GOAT Djokovic, mas por tudo o que jogou neste torneio, derrotando 5 cabeças-de-chave consecutivamente, e apresentando um belíssimo tênis, Valentin Vacherot merecia muito este “Big Title”!!!

JClaudio
JClaudio
8 horas atrás

Foi legal, ver dois “figurantes” do tênis numa final de Master Mil.
seria melhor se fossem coadjuvantes, já que os atores principais (Alcaraz abriu não do torneio e Sinner, mesmo sendo um dos tenistas que menos competiram em 2025, está fisicamente muito mal, tendo câimbras no jogo em que se retirou).
O torneio foi um fiasco, muito fraco tecnicamente, uma quadra longe da velocidade de outros tempos, mesmo com a carruagem e o sapatinho de cristal da final.
Alguns (com mais de 20 anos de circuito) culpam os tenistas jovens por não buscar uma mobilização contra o calendário, mesmo assim aceitam as condições e jogam, em busca da “imortalidade”, mesmo “morrendo” no final (certa hipocrisia).
Outros detonam o calendário (saem de quadra com câimbras e percebemos que foi um dos que mais jogaram para manter a colocação no ranking e receber bônus de patrocinador, aqui o “capitalista selvagem”).
O calendário está bom, tem para todos os gostos, e colocações no ranking basta fazer escolhas racionais, levando em conta sua condição física (quem sempre decide onde jogar é o tenista e se está entre os 30 do mundo, pode abrir mão de vários torneios para preservar sua condição física e mental).

SANDRO
SANDRO
7 horas atrás

O belíssimo tênis apresentado por esse fenômeno Valentin Vacherot foi muito bem trabalhado no fortíssimo tênis universitário americano… Vacherot jogou tênis universitário na “Texas A&M University” e agora sai do qualy do Masters Mil de Shanghai e incrivelmente derrota “5 cabeças-de-chave em sequência” para conquistar seu “Big Title” incontestavelmente!!! Isso é um feito histórico fenomenal!!!

Fernando S P
Fernando S P
6 horas atrás
Responder para  SANDRO

Ambos (os primos) estudaram na Texas A&M.

Edil
Edil
4 horas atrás
Responder para  Fernando S P

Sim, voce tem razao. Arthur foi primeiro ja’ que ele e’ mais velho do que o primo 4 anos. Depois foi o Valentin. E’ impressionante o numero de atletas que saem do Universitario Americano, sem contar os que decidem seguir outras carreiras. Se encontrar numa final deste porte tendo saido da mesma universidade em tempos distintos e’ surreal.

SANDRO
SANDRO
7 horas atrás

Após ser elogiado pelo GOAT Djokovic, Valentin Vacherot pediu para Djokovic não se aposentar, um grande talento sabe respeitar e reconhecer o outro!!!

Berg
Berg
6 horas atrás

Belíssimo titulo do Francês. Jogou muito. Foi um Master estranho com uma boa final. Foi legal vê como o Djokovic ainda se vira com o seu talento. Mas o corpo já avisou várias vezes que não dá mais. Mas se continuar, ainda assim será legal de vê-lo.

SEBASTIAN
SEBASTIAN
6 horas atrás

O tenis precisa mais disso. Sensacional!

Made kali
Made kali
6 horas atrás

Essa foi top demais !!!
Cara enfileirou 9 em sequência
Por isso os challenger são duros
Tá cheio dessas malucos ali

Marcos
Marcos
6 horas atrás

Joao fonseca poderia levar esse M1000. Uma pena não ter disputado.

Orlando
Orlando
5 horas atrás

Será que o nosso João Fonseca, ganhará um dia pelo menos um ATP quinhentinho ?

Marcelo Costa
Marcelo Costa
5 horas atrás

Esporte ne!!!! Lindo de viver e ver. Obrigado esporte, Obrigado

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