Nova York (EUA) – O US Open deste ano vai marcar o fim da carreira profissional de Petra Kvitova, que disputa seu último torneio aos 35 anos. Ex-número 2 do mundo e bicampeã de Wimbledon, a tcheca se tornou mãe em julho de 2024 e retornou às quadras em março para uma temporada de despedida. A estreia será contra a francesa Diane Parry, 106ª do ranking.
“Desde que eu voltei a jogar depois da gravidez, eu sabia que só poderia jogar mais uma temporada. Eu queria muito jogar em Wimbledon e gostaria também de encerrar a carreira em um Grand Slam. É por isso que estou aqui e estou muito feliz por poder encerrar minha carreira aqui”, disse Kvitova na coletiva de imprensa da última sexta-feira.
“O tênis me deu mais do que eu poderia ter. Eu amo esse esporte desde os 4 anos. E no geral, me trouxe lembranças felizes para a vida inteira, mesmo quando eu não pude vencer. Tive que passar por muitos altos e baixos e lutar durante as partidas. Foi muito bom passar por essas experiências”, acrescentou a vencedora de 31 torneios da WTA, o último em Miami, em 2023. Além das duas conquistas em Wimbledon, ela também foi finalista do Australian Open em 2019.
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Nesse retorno ao circuito, a tcheca venceu um jogo contra a romena Irina Begu, então 83ª do ranking, no saibro de Roma. Ela disputou apenas sete torneios em 2025 e admite que o desgaste das viagens é a parte mais difícil da carreira. “Se eu pudesse mudar alguma coisa no tênis seria não viajar tanto. Não é fácil viajar a cada semana e ficar tanto tempo em hoteis, em vez de estar em casa. É a parte mais difícil da minha carreira”.
Com 34 vitórias e 16 derrotas no US Open, Kvitova chegou duas vezes às quartas, em 2015 e 2017, e falou sobre suas lembranças do Grand Slam nova-iorquino. “Acho incrível ver tantas pessoas e o quanto eles amam o tênis. Eles ficam o dia inteiro aqui, apoiando os jogadores. Nunca tive campanhas muito longas aqui, cheguei às quartas algumas vezes, mas vou sentir falta das sessões noturnas também. Nos últimos anos, eu melhorei da asma e consegui jogar melhor nessas condições, mesmo sem ter vencido tantos jogos”.
Planos para o futuro
Perguntada sobre os planos para o futuro, a tcheca ainda não se decidiu. A prioridade no momento é ficar mais tempo com a família. Mas acha difícil se tornar treinadora. Reconhecida por seu estilo agressivo e de muita potência nos golpes, acredita que não conseguria aconselhar tenistas mais jovens a jogar com variações. “Ainda não sei o que vou fazer. Em primeiro lugar, quero passar mais tempo com meu filho. Mas continuo amando o esporte e vamos ver o que o futuro reserva. Não me vejo como treinadora, acho que não seria boa nisso. Vocês sabem o jeito que eu jogo… Seria difícil para mim ensinar alguém a dar top spin, slices e saque-quique. Taticamente seria difícil para mim”.
Falando sobre pessoas que teve a oportunidade de conhecer por conta do tênis e do apoio que recebia, Kvitova destacou a figura do ator e diretor tcheco Jiri Bartoska, que faleceu em maio aos 78 anos. “Vocês não devem conhecê-lo, mas era um ator e diretor de TV muito importante na República Tcheca. Ele também organizava um festival de cinema. No primeiro ano que venci Wimbledon, me convidou para o evento. Era uma pessoa muito especial para mim e sempre me mandava mensagens de apoio”.
Vai fazer muita falta. Boa personalidade. Vencedora. Estilosa na grama sagrada.
Além de muito educada, humilde e simpática. Exemplo para futuras gerações, sem dúvida.
No AO de 2019 se Kvitova tivesse vencido teria se tornado a número 1 do mundo. O tênis merecia isso, pois teve número 1 que não jogou tanto como ela. Mas infelizmente era o melhor momento da Osaka circuito, porém foi um jogo super equilibrado.
Uma das minhas preferidas!!!
Torci muito para ela ser número um do ranking. Não deu, tudo bem.
Vida que segue.