Londres (Inglaterra) – Campeão de Wimbledon neste domingo, Jannik Sinner conseguiu a tão esperada revanche contra Carlos Alcaraz. Pouco mais de um mês depois de perder uma batalha de 5h29 em Paris, onde teve match-points para fechar a partida, o italiano destronou o atual bicampeão no Grand Slam londrino para chegar a uma conquista inédita na grama e a quarta em torneios deste nível.
“Tive uma derrota muito dura em Paris. Mas não importa como você ganha ou perde em torneios importantes, mas sim entender o que fez de errado e trabalhar nisso e foi exatamente isso que fizemos. Mesmo que eu não chore. Só eu e as pessoas próximas sabemos o que enfrentamos dentro e fora de quadra. Não foi nada fácil”, afirmou Sinner na cerimônia de premiação, após a vitória por 4/6, 6/4, 6/4 e 6/4 sobre Alcaraz.
“Aceitamos a derrota e seguimos trabalhando. Esse é um dos motivos para eu estar com esse troféu hoje. Estou muito grato por estar saudável e cercado de pessoas incríveis”, acrescentou o italiano, que se tornou o primeiro campeão de Wimbledon de seu país.
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O número 1 do mundo destacou o processo para superar o revés no saibro e a intensidade dos treinos até Wimbledon. “Essa é a parte de que mais me orgulho. Não foi fácil. Tive muitas conversas comigo mesmo, questionando o que poderia ter feito diferente. Mas sempre tentei aceitar. Se é para perder uma final de Slam, prefiro perder em cinco sets do que ser dominado por alguém que só te deixa fazer dois games. Depois daquilo, continuei treinando com intensidade porque sentia que estava jogando bem. Não era hora de me abater, porque outro Slam estava por vir e fiz um grande torneio aqui”.
Aos 23 anos, Sinner fez sua quinta participação em Wimbledon. E até então, a melhor campanha era a semifinal de 2023. “Me senti melhor a cada ano em que joguei aqui. Este ano foi bem diferente do anterior. Ano passado cheguei com o título em Halle, jogando bem, mas perdi nas quartas. Desta vez, me senti ótimo em quadra. E deu para ver como fui melhorando meu movimento a cada jogo. Estou muito feliz”.
Rivalidade com Alcaraz e fim de uma sequência negativa
O título encerra uma sequência de cinco derrotas seguidas para Alcaraz, que ainda lidera o retrospecto por 8 a 5. Questionado sobre a importância da vitória na rivalidade, Sinner foi direto: “É importante, com certeza. Perder várias vezes seguidas para alguém nunca é fácil. Mas, ao mesmo tempo, eu sentia que estava perto. Em Pequim foi 7/6 no terceiro, em Roma tive set-point no primeiro, em Paris tive match-points. Mas nunca me deixei abater. Sempre olhei para o Carlos com respeito. Inclusive hoje, senti que ele ainda fez algumas coisas melhores que eu. Vamos trabalhar nisso, porque ele vai voltar mais forte. E não é só ele. Temos um alvo nas costas agora, então precisamos estar preparados”.
“Ter alguém jovem, que está vencendo tudo, faz com que você precise estar sempre pronto. Estou feliz que estamos mostrando que o trabalho que fazemos é o certo. Quero continuar buscando a melhor versão de mim mesmo. Com 23 anos, sei que ainda posso melhorar muito. E ter esse tipo de adversário te obriga a treinar todos os dias com mais foco”, complementou a respeito dos confrontos com o espanhol, um ano mais jovem.
“A diferença na final foi mínima”, argumentou. “Acredito que tive um pouco mais de sorte em alguns pontos, acertei algumas bolas na linha. Em Paris, os pontos importantes caíram mais para o lado dele. Hoje vieram para mim. A margem é muito pequena. No início, ambos tivemos dificuldades com o saque e a devolução do segundo serviço. Depois encontrei um bom ritmo no primeiro saque, especialmente no segundo e terceiro sets. No quarto set, tive altos e baixos, o que é normal num jogo longo. Mas, no geral, acho que consegui manter um nível constante”.
Sobre vencer na grama, mesmo fora da sua superfície preferida, Sinner deixou claro: “Minha superfície favorita é a dura, onde ganhei mais títulos. Mas sabia que poderia jogar bem aqui. Meus golpes são retos, a bola anda rápido. No saibro, eu não estava tão bem fisicamente no começo da carreira, mas agora estou ótimo. Joguei cinco horas e meia contra o Carlos em Paris. Foi físico, foi duro, mas mostrei evolução. Vencer Wimbledon é a coisa mais especial que existe. Não importa o piso, Wimbledon é diferente”.
Finalmente acabou a série invicta:
– em finais de Slam;
– na temporada;
– em Wimbledon;
– no confronto direto com Jannik.
Que alívio!
Nada de saborear o pasto sagrado de Wimbledon para o Boi Miúra Jr. Tome-lhe Cenoura indigesta!
Alívio mesmo! Eu não queria a hegemonia do espanhol! Esse resultado foi muito importante.
A liderança do ranking está em boas mãos. E não é acomodado, quer sempre melhorar. E só com trabalho duro. Postura de vencedor.
Superou com maestria a dura derrota em RG! Agora o maior desafio vai ser manter o número 1 até o final do ano, já que tem muitos pontos a defender e o Alcaraz, quase nenhum…
A velocidade dos saques e devoluções e reflexo para isso estão quase parecendo ping pong atualmente, já que não podemos contar com Calderano, vamos torcer para nosso explosivo JF evoluir, ele tem esse porrete todo!
Se o Sinner não perde RG , teria ganhado os 4 GS hein , seria muito interessante
Djokovic até agora foi o tenista que ficou mais tempo invicto. Foram 44 partidas sem perder. Perdeu a invencibilidade para Roger Federer na semifinal de Roland Garros em 2011.