Londres (Inglaterra) – Após o vice-campeonato de duplas mistas no torneio de Wimbledon, Luísa Stefani não escondeu a emoção. Atuando na Quadra Central do Grand Slam londrino pela primeira vez na carreira, Stefani se lembrou da longa recuperação que teve desde a grave lesão no joelho no US Open em 2021. E mesmo tendo voltado ao circuito e conquistado títulos nos últimos anos, ela havia voltado a sofrer com dores nos últimos anos.
“Esta é a minha primeira vez na Quadra Central. Então, foi uma grande honra jogar com vocês. Esta semana foi muito divertida. Nós e nossas equipes nos divertimos muito cada vez que olhávamos para o box. Hoje foi um pouco mais difícil”, discursou Stefani, que jogou ao lado do britânico Joe Salisbury. O título ficou com o holandês Sem Verbeek e a tcheca Katerina Siniakova, que marcaram um duplo 7/6 (7-3).
“Foram alguns anos difíceis com lesões e tenho que agradecer à minha equipe, à minha família. Gostaria de agradecer à equipe de saúde mental da WTA. Vocês são incríveis. Obrigada por nos manterem em forma e encontrarem nossas melhores versões para vir aqui e jogar”, acrescenta a paulista de 27 anos, que disputou sua segunda final de Slam nas mistas e tem um título do Australian Open em 2023, com Rafael Matos.
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“Vivemos por este momento, então estou muito orgulhosa de nossa semana. Estamos sempre buscando mais. Sempre queremos fazer melhor, mas às vezes precisamos dar um passo para trás e nos orgulhar do quanto avançamos, de quantas coisas boas estamos fazendo pelo tênis brasileiro. E principalmente jogando aqui com o Joe no Reino Unido. Estou muito orgulhosa de estar aqui”, complementou a brasileira.
Emoção também para os campeões
Este é o primeiro título de Grand Slam nas duplas mistas, tanto para Verbeek quanto para Siniakova. Mas enquanto a tcheca já acumula 10 títulos de Slam nas duplas femininas, o holandês de 31 anos comemorou a maior conquista da carreira.
“Foi uma honra e um prazer competir ao lado de uma lenda tão grande das duplas, uma das melhores que já existiram”, disse Verbeek, emocionado, sobre Siniakova durante a cerimônia de premiação. “Obrigada por fazer desta uma quinta-feira que lembrarei para o resto da minha vida”.
Siniakova acrescentou: “É muito especial. Significa muito. Nós nos divertimos muito em quadra. Eu realmente gostei. Obrigada por jogar comigo, Sem. Foi realmente um momento incrível aqui. Estar de volta à Quadra Central com esta atmosfera é sempre incrível. Estou muito feliz por poder estar aqui novamente”.
Já na coletiva de imprensa, a tcheca também afirmou: “Eu digo isso sempre. Não gosto de comparar títulos. Cada um é especial. Cada um tem memórias. Eu não tinha um título de duplas mistas. Principalmente aqui, em Wimbledon, este é muito especial. Significa muito”.
Torço para a Stefani, mas ela tem que treinar muito os voleios, que não são matadores e as devoluções de saque.
Sempre tento mostrar os valores dos duplistas……é muito mais difícil se manter bem e em evidência sendo só duplista.
O feito da Luisa é espetacular !!!!!!
Parabéns, você merece muuuuito!!!!!
Realmente a vida tenistica do duplista é muito difícil comparada aos singlistas com rankings parecidos.
Quem joga somente duplas, o faz, não por opção e sim por falta de nível para jogar simples.
Foi interessante observar que o publico de Wimbledon se mantem em quadra , prestigia e valoriza o jogo de duplas, diferente de Roland Garros. Quando a dupla do Marcelo Melo foi campea, a quadra esteve vazia.