Draper diz que não se incomoda com pressão adicional em Wimbledon

Jack Draper (Foto: AELTC)

Londres (Inglaterra) – Jack Draper, 23 anos, disputou Wimbledon outras vezes, mas nunca como a principal esperança da torcida da casa na chave masculina. O número 4 do mundo, que ascendeu no circuito depois de perder para o compatriota Cameron Norrie na segunda rodada no All England Club ano passado, afirmou que essa pressão adicional não o incomoda, após derrotar o argentino Sebastián Báez em sua estreia na última terça-feira.

Draper estava vencendo por 2 a 0, com parciais de 6/2 e 6/2 e sacava em 2/1 na terceiro set quando o adversário abandonou a partida por problemas físicos. “Não foi ideal avançar dessa maneira. Eu esperava ter um pouco mais de tempo de quadra, mas desejo o melhor a Sebastián. Do meu lado, foi uma estreia bem limpa, bom serviço, melhor na devolução. Obviamente estou feliz por ter avançado”, afirmou.

Sobre a pressão, o canhoto afirmou que naturalmente já joga como se sua vida dependesse do resultado. “É quase melhor quando você está no torneio do que antes do torneio. Eu obviamente estava ciente da expectativa, acho que minha preparação foi muito boa. Eu me sinto confiante. Então não estou pensando muito sobre isso. No fim do dia, como eu disse, eu foco nas coisas que posso controlar. Estou fazendo todas as coisas certas diariamente e me dando a melhor chance de fazer o melhor que posso. É tudo que eu posso fazer”, disse.

“Acho que ter o apoio da torcida britânica é enorme. Estamos sempre jogando com pressão. Há um pouco mais aqui, mas, honestamente, eu não pensei nisso. Eu sinto que eu consigo lidar com as coisas. Eu passei por muitas coisas na minha vida até agora. Eu consigo lidar com isso, com certeza”, afirmou.

Natural de Sutton, um distrito no sul de Londres colado em Wimbledon, Draper não tem tanta experiência no All England Club, apenas cinco partidas de chave principal, além da época de juvenil, mas afirmou que a principal questão é se adaptar à grama – uma superfície mais rara no circuito.

“Eu acho que no geral ainda estou tentando encontrar meu melhor nível na grama. Nas quadras duras no Aberto dos Estados Unidos, mesmo no saibro neste ano, acho que eu encontrei o melhor nível que consigo jogar neste momento. Sinto que ainda não o encontrei na grama. Sinto que está chegando. Estou ansioso para isso, para esse momento, quando tudo meio que se encaixa. Eu amo Wimbledon. Se há um torneio em que eu quero jogar o meu melhor, qualquer torneio que eu quero vencer, é este”, disse.

O seu próximo adversário será o veterano croata Marin Cilic, 36 anos e na 83ª posição do ranking. O ex-número 3 do mundo chegou à final de Wimbledon em 2017 e, recentemente, teve sucesso na grama com o título do Challenger de Nottingham.

“Uma incrível carreira. Incrível jogador. Obviamente um dos caras mais regulares que existem. Não tenho certeza quantos anos ele esteve no top 10, top 15. Eu costumava vê-lo jogar o tempo todo. Eu olhei seus resultados. Ele venceu em Nottingham. Qualquer um que vence um Challenger na grama antes de chegar aqui está se sentindo bem na grama. Acho que venceu por sets diretos (na estreia de Wimbledon). Então será um desafio muito difícil, estou pronto para isso. Tenho muito respeito por ele. Acho que será um adversário muito perigoso. Terei que jogar muito, muito bem se quiser ter uma chance”, completou.

Cilic derrotou o belga Raphael Collignon por 3 a 0, com parciais de 6/3, 6/4 e 6/3, em sua partida de primeira rodada.

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