Fognini: “Foi a melhor despedida de Wimbledon e, talvez, do tênis”

Foto: Simon Bruty/AELTC

Londres (Inglaterra) – A emocionante batalha de cinco sets e 4h37 contra Carlos Alcaraz nesta segunda-feira marcou a despedida de Fabio Fognini de Wimbledon. Aos 38 anos e já tendo anunciado que esta será sua última temporada no circuito profissional, o ex-número 9 do mundo valorizou a atmosfera da Quadra Central e não descartou que o duelo possa ter sido o último da carreira.

“Provavelmente foi a melhor maneira de dizer adeus a Wimbledon e, talvez, ao tênis”, afirmou Fognini após a derrota por 7/5, 6/7(5), 7/5, 2/6 e 6/1 para Alcaraz. “É isso que estou pensando agora. Muitas emoções vieram à tona. A atmosfera estava incrível. Aproveitei muito. Não haveria maneira melhor de encerrar essa história do que jogando nessa quadra, contra um grande campeão. Tenho muito respeito por ele, assim como pela equipe dele, que conheço muito bem”.

Ao final do jogo, o italiano pediu a camisa de Alcaraz como presente justamente para o filho, Federico, fã declarado do espanhol. Em sua despedida da grama sagrada, deixou a quadra ovacionado e com a sensação de missão cumprida. “Tenho que ser honesto: chorei no vestiário. Chorei mesmo. Não esperava jogar cinco sets contra ele. Sinceramente, pela forma como cheguei aqui, sem expectativa nenhuma, depois da lesão e de começar o ano jogando muito mal… não venci muitos jogos”.

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Apesar da despedida digna, Fognini admitiu um gosto amargo por ter desperdiçado oportunidades. “Claro que fica algo salgado na boca, porque tive minhas chances, se falarmos apenas de tênis. No começo do quinto set, ainda estava no jogo. Mas tudo bem, ele é um campeão e já venceu aqui duas vezes. No momento, provavelmente é o melhor jogador do mundo. Jogou uma final incrível contra o Jannik [Sinner] há um mês. Todo o respeito a ele”.

A partida também teve um peso simbólico para o ex-top 10, que chegou a Londres com uma sequência de dez derrotas seguidas em nível ATP. A atuação o fez provar, para si mesmo e para os outros, que ainda poderia competir em alto nível. “Estava me sentindo bem. Se formos analisar o jogo, acho que não merecia perder o primeiro set. Estava atrás no segundo e consegui virar. Ele levou o terceiro, mas voltei a liderar no quarto set. No último set, fui muito mal. Não merecia estar perdendo por 4/0. Estava 40-15 em dois games e perdi ambos. Mas eu estava jogando contra o Carlos, não contra um amigo ou meu filho, Federico”.

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Luis
Luis
7 horas atrás

Esse é nosso Carlitos
Eu vi na semana passada um entrevistador perguntando a um jogador de tênis. Quem era mais difícil de enfrentar Alcaraz ou Sinner ? Ele respondeu Alcaraz , porque com o Sinner eu consigo jogar tênis. Agora com o Alcaraz não dá pra jogar vc fica perdido na quadra , não tem o que fazer

Pedro Batista
Pedro Batista
1 hora atrás

Apesar dos seus constantes “pitis”, o italiano sempre foi um jogador muito agradável de ver jogar. Com certeza tinha talento para se destacar mais ainda, porém, também com certeza, seu belo tênis fará falta no circuito.

Tenista
Tenista
1 hora atrás

Eu acho que foi combinado, só p agradar o italiano, se o Alcaraz pegasse sério seria em 3 sets.

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